Fanfic: Vingança & Liberdade | Tema: Rebelde, Vondy.
CAPÍTULO 1
Christopher Uckermann acelerou o carro esporte, subiu a rampa e parou diante da entrada do Grande Hotel Rio. Graças a mais um telefonema do irmão, Ari, estava atrasado para o evento beneficente. Ele saiu do carro e sentiu o calor úmido da noite do Rio de Janeiro. Sorriu, jogou as chaves para o manobrista, entrou no elegante hotel cinco estrelas e o seu sorriso desapareceu. O piso de mármore brilhava sob seus pés. As luzes estrategicamente distribuídas acentuavam o luxo e transformavam o design premiado do ambiente em um verdadeiro oásis. O hotel era o melhor dos melhores, e Christopher sabia que fora escolhido por seus anfitriões para impressioná-lo. Resolveu entrar no jogo, até que chegasse a hora de acabar com ele. E seria logo. Uma loura escultural, usando um vestido de grife, coberta de diamantes e se equilibrando sobre os saltos, veio recebê-lo com um sorriso acolhedor que exalava feminilidade e algo mais.
– Boa noite, sr. Uckermann. Sua presença é uma honra.
Ele deu o sorriso que costumava dar para se livrar de situações difíceis desde os 18 anos, ajudando-o a esconder o que não queria mostrar.
– Obrigado. Como convidado de honra, seria uma grosseria não aparecer, não acha?
– Sim... Não... A maioria dos convidados já chegou e está tomando aperitivos no salão. Se precisar de alguma coisa, o meu nome é Carolina. – Ela lhe lançou um olhar insinuante, sugerindo que estaria disposta a fazer qualquer coisa para agradá-lo.
– Obrigado – respondeu ele em um perfeito português. Dedicara-se ao estudo do idioma com o mesmo afinco que se dedicara à preparação dos acontecimentos que o fariam atingir seu objetivo. Em seus planos não havia lugar para mal-entendidos ou falhas. –
Fernando Saviñón e sua família já chegaram?
O sorriso da loura fraquejou. Christopher sabia por quê. A família Savinón tinha uma reputação notória. Principalmente Fernando, que incutia medo nas pessoas comuns. Felizmente, ele não era uma pessoa comum.
– Sim, eles chegaram há meia hora – disse a loura.
– Você foi muito gentil – agradeceu ele, disfarçando sua agitação.
Dirigiu-se à porta do salão, sentindo o sangue latejar de excitação, como acontecia desde que obtivera a certeza de que Fernando era o homem que procurava. O caminho que percorrera até chegar ali fora longo, difícil, cheio de armadilhas e ameaçado pelo perigo de que deixasse as emoções superarem sua objetividade. Mas ele sempre fora meticuloso e, por isso, tornara-se especialista em gestão de riscos corporativos, em identificar e resolver problemas da empresa multinacional da família, a Uckermann Inc. Apesar de não acreditar em destino, Christopher tinha certeza de que sua escolha profissional o levara até o Rio e ao homem que destruíra o que restara da sua inocência, há 12 anos. Seus instintos exigiam que ele levasse seu plano até o fim, que se despisse da camada de urbanidade e de sofisticação sob a qual fora obrigado a se esconder, que clamasse por vingança ali mesmo, naquele momento.
Em breve...
Ele sorriu ao recordar o telefonema do irmão. Ari começava a desconfiar de seus motivos para ficar no Rio. Apesar da pressão que exerciam, nem Ari nem Sakis, seus irmãos mais velhos, teriam coragem de detê-lo. Ele era independente e controlava a própria vida. Claro, se soubesse o que estava acontecendo, Ari tentaria dissuadi-lo do seu intento porque encarava seriamente o papel que precisara assumir como chefe da família, depois que esta fora cruel e subitamente implodida, quando o pai os traíra da pior maneira possível. Felizmente, Ari estava muito ocupado com a felicidade que desfrutava com a noiva, Perla, e com o filho que iria nascer. Não, o irmão não viria detê-lo. Mas, Ari... era Ari.
Christopher esqueceu a família, respirou profundamente, relaxou e abriu a porta do salão. A primeira coisa que viu foi ela, e teve vontade de rir da sua percepção previsível, mas logo notou que ela fizera de propósito. O convite exigia trajes em branco e preto. Ela usava vermelho, e não um vermelho qualquer. Seu vestido era cor de sangue, provocante, e se amoldava às suas curvas de uma maneira que fazia com que qualquer homem parasse para admirá-la.
Dulce Maria Saviñón.
Filha mais nova de Fernando. Vinte e quatro anos, socialite... Sedutora. Christopher perdeu o fôlego enquanto deixava o olhar percorrer a maravilhosa curva de seus seios, sua cintura fina e seus quadris arredondados. Ele sabia tudo a respeito dos Savinón. Para que seu plano desse certo, precisara cavar fundo e extrair as últimas gotas de informação, até poder recitar, mesmo dormindo, cada linha do extenso dossiê.
Dulce Saviñón não era melhor que o pai e o irmão. Mas onde eles usavam a força bruta, a chantagem e o roubo, ela usava a voluptuosidade do seu corpo e a sedução. Enquanto Christopher entrava na sala, ela se virou para falar com um convidado. A curva de suas nádegas entrou na linha de visão de Christopher, e ele resmungou uma praga ao sentir o calor atingir sua virilha. Diabos, não! Ele tentou se controlar e recuperar o equilíbrio. Fazia tempo que não se permitia ter um relacionamento irracional e sem restrições, mas não era hora para se lembrar disso. Além do mais, a mulher que lhe provocara tamanha reação não era a melhor escolha para acabar com seu período de seca.
Enquanto se juntava aos convidados, a certeza de estar no lugar certo, no momento adequado, atingiu o auge. Se o amor por extravagâncias de Pietro Saviñón não o tivesse levado a encomendar o iate mais luxuoso produzido pelos Uckermann – e que ele
jamais teria condições de pagar –, Christopher não teria vindo ao Rio para investigar as finanças dos Saviñón há três anos. Não teria tido acesso à trilha financeira cuidadosamente encoberta que levava diretamente de volta a Atenas e às obscuras transações de seu próprio pai há mais de 15 anos, e não teria descoberto as consequências daquelas negociatas para sua família. E para ele. Christopher endureceu o queixo e conteve as emoções venenosas que há muito o exauriam e as lembranças desencadeadoras de ansiedade. Não era mais um garoto assustado, incapaz de dominar seus medos e de dispersar os pesadelos apavorantes que o perseguiam. Aprendera a considerá-los como parte da sua vida, a incluí-los no tecido da sua existência e, com isso, venceraos. Isso não queria dizer que ele tivesse desistido de fazer com que aqueles que o tinham mantido temporariamente sob seu poder pagassem caro pelo seu erro. Aquela era uma missão que ele pretendia cumprir. Christopher localizou Fernando e seu filho
do outro lado do salão, cercados por personagens ilustres e influentes do Rio, e imaginou qual seria a melhor maneira de abordá-los. Apesar da roupa elegante e da aparência civilizada, Fernando jamais conseguiria disfarçar seu caráter escorregadio. Seu rosto anguloso e seus olhos de réptil escondiam uma crueldade instintivamente percebida pelos que o conheciam, e Christopher sabia que Fernando usava aquelas características com um tremendo efeito quando lhe convinha. Quando seu charme falhava, ele recorria à coerção: metade dos convidados deveria ter vindo ao evento simplesmente para agradá-lo.
Há cinco anos, Fernando revelara ter aspirações políticas e, desde então, abria caminho para sua ascensão ao poder por meios nada ortodoxos. Os mesmos que o pai de Christopher utilizara para levar a vergonha e a destruição à sua família. Christopher pegou uma taça de champanhe e se misturou aos convidados, cumprimentando ministros e autoridades. Percebeu exatamente o momento em que Fernando e Pietro se deram conta da sua presença, ajeitaram as gravatas, aprumaram as costas e sorriram. Ele conteve o riso, virou-se e caminhou na direção de Dulce Saviñón, que sorria para Alfonso Herrera, milionário brasileiro, filantropo e sua última presa.
– Se quer que eu organize o baile, basta pedir, Alfonso. Eu herdei o talento da minha mãe, que organizava festas como esta de olhos fechados. Você duvida? – Ela inclinou a cabeça sedutoramente. Christopher não teria ficado impressionado se, com isso, não tivesse visto sua nuca.
Alfonso riu e olhou-a com adoração.
– Ninguém duvida do seu talento. Talvez possamos falar sobre o assunto esta semana, durante um jantar?
Ela abriu os lábios num sorriso que fez o sangue de Christopher ferver.
– Claro, eu adoraria. Também poderíamos discutir sua contribuição para a campanha do meu pai...?
Autor(a): Thaaaay
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Christopher se aproximou, esbarrando deliberadamente nos dois. Alfonso olhou para ele, surpreso, mas logo lhe ofereceu um sorriso de boas-vindas.– Amigo, eu não sabia que você tinha voltado ao meu país. Estou vendo que não conseguimos mantê-lo longe.– Considerando o que eu preciso fazer no Rio, nem ca ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 32
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stellabarcelos Postado em 21/09/2015 - 17:57:45
Que fanfic linda! Amei muito! Parabéns
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kelly Postado em 18/08/2015 - 16:07:06
ai que ódio desse fernando!! e fiquei muito p da vida com a dul por ela ter ido embora! como pôde? Ainda bem que ee persistiu e foi atras dela!!!! amei essa história tanto qnt amei noite com o inimigo!
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kelly Postado em 18/08/2015 - 15:07:02
Thaaaay, minha amada! foi pura coincidência! Eu nem sabia que vc estava postando esse livro. Eu conheço essa história desde o inicio do ano passado. Tenho ele no meu pc. E uma leitora minha - Yasmim - me pediu pra postar quando eu terminasse de postar where i need to be-wanted-anything like me. Eu não entro lá no yoble desde que você encerrou 'noite com inimigo'! Eu já vinha adaptando desde que a yasmim me pediu, e já tenho a obra toda adaptada, apenas a formatação do capítulo é que faço quando vou postar. E só comecei a postar agora, pq eu só queria postar depois que encerrasse a outra. Então, só posso dizer que todas nós temos mentes brilhantes! por pensar nessa história e postá-la ao mesmo tempo. Seu banner ficou muito lindo! Parabéns! - sei fazer isso não! kkkkkkkkkkkkkkkkkk! beijos amada, sucesso!
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kelly Postado em 06/08/2015 - 11:01:19
AI MEU DEUSS!!! como ela diz que não h´futuro pra eles? ainda bem que ele não vai acatar a decisão dela! continua logo flor!!!!
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kelly Postado em 24/07/2015 - 09:01:59
Ai meu Deus!!!! Ai que ódio desse fernando! A vontade que to de dar umas facadas nesse pai monstro da dul!!!! Quando ele vai perceber que a ama meu Deus! Ele precisa dela, só se sente bem com ela, quer estar com ela!!!! E a Dul? Como vai ficar qnd essa história toda terminar? Ai ai ai.... continua logo thayyyyy
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kelly Postado em 24/07/2015 - 08:56:35
Ai minina eu terminei de ler!!!!!! Amei!!!!!! Muito lindaaaaaa - só não consegui comentar! Lesadinha eu..... o link da que eu posto aqui é: http://fanfics.com.br/fanfic/45380/where-i-need-to-be-wanted-anything-like-me-vo ndy
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Thaaaay Postado em 22/07/2015 - 19:43:12
Kelly: Eu acabei aquela lá já, comecei outra. Tu posta web né? me manda o link para poder ler. Se tu quiser tbm, cria um tópico lá na WNV e faz parte da familia também, se precisa de ajuda em algo as meninas são umas fofas elas te ajudam. Até fazer banner se você quiser. Vou postar mais tarde pra ti.
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kelly Postado em 20/07/2015 - 16:41:17
Ai meu Deus!!!!!!!!!!!!!!! eles ficaram juntos!!!!! agora eu quero ver como ela vai se sentir quando souber o q o pai dela fez a ele! eu to meio perdida lá na movimentação na outra. mas to lendo e amando! esse fds nem li, mas vou voltar a ler agora. bj
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Thaaaay Postado em 17/07/2015 - 14:49:26
kelly: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bem assim mesmo, jamais desistira dele. Ta louca kkkkkkkkkkkkkkkk Kelly te pedir uma coisa, lá no yoble aquela comunidade é a dos perdidos, ai só posto lá os comentarios e no topico mesmo lá na vondy. Pode deixar que eu vou continuar postando aqui pra você, fico feliz que esteja gostando amo essa historia demais. Obrigadaaaa!!!
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kelly Postado em 16/07/2015 - 22:45:21
Ai meu Deus!!!!! Ele realmente acha que em meia hora ela vai desistir de ficar com ele? Só se for muito burra!!!!! Kkkkkkkkk continua flor!!!!