Fanfic: Vingança & Liberdade | Tema: Rebelde, Vondy.

CAPÍTULO 4

– UM AMERICANO duplo, por favor. – Dulce sorriu, enquanto pagava o café. Ainda não eram 9 horas, mas o calor já se tornara mais opressivo do que o habitual para uma manhã de fevereiro. Normalmente, ela teria optado por uma bebida gelada, mas estava precisando da energia extra da cafeína. Dormira muito pouco depois do evento da noite anterior. E durante o pouco que dormira, seu sono fora perturbado por imagens do homem com quem jamais deveria sonhar. O rosto de Christopher Uckermann ainda a perseguia. Da última vez que o vira, ele estava no terraço, falando no celular e olhando fixamente para ela. Apesar da distância, ela percebera que ele estava tenso e que tinha um brilho ameaçador no olhar, um misto de raiva, de desejo e de algo mais, que ela não conseguira decifrar e que a afligira. Dulce pegou o copo de café e saiu da cafeteria. Estava adiantada para a aula que costumava dar para crianças carentes, mas não conseguira mais aguentar a tensão do café da manhã em família. Recebera uma descompostura de Pietro por causa de Alfonso Herrera. Em contraste, seu pai se mostrara estranhamente frio e distante. E, quando ele deixara a mesa bruscamente, ela aproveitara para fugir, sem sequer discutir o fato de Pietro ter lhe dito que tinham um compromisso para o jantar, que ela não se lembrava de ter marcado.
– Bom dia, anjo. – O cumprimento feito em voz baixa a fez parar abruptamente.
Christopher estava encostado em um carro esporte. Apesar de não poder ver seus olhos através dos óculos escuros, pelo arrepio que sentiu, Dulce sabia que ele estava apreciando seu corpo.
– O que está fazendo aqui? Além da reação perturbadora que ele lhe provocara, quando Dulce pensou que Christopher poderia ter descoberto seu destino nas manhãs de terça e quinta-feira, começou a suar frio. A partir daquele dia, ele iria se tornar sócio da empresa de seu pai e estaria em constante contato com a família. Poderia fazer comentários sobre uma parte da sua vida que ela não estava preparada para revelar ao irmão e ao pai.
– Você está me seguindo? – Ela estava irritada e assustada com as possíveis consequências de ter sido
descoberta.
– Hoje, não. Vim pegar o casaco que deixei na lavanderia.
– Deixe-o lá. Com esse calor, você derreteria.
Ele riu.
– Estou percebendo um azedume na sua voz, anjo?
– O que você está percebendo é ceticismo. Você não está aqui por acaso: está me seguindo.
– Você me dá muito crédito, agape mou. Alguém me disse que essa é a melhor cafeteria da cidade. A não ser que você saia do seu caminho para tomar um café ruim, a informação estava correta...?
Ele agarrou a mão com que ela segurava o copo de café, ergueu-a e tomou um gole, e lambeu os lábios. Ela sentiu o calor lhe descer pelo corpo e atingir o meio das coxas.
– Delicioso. E surpreendente. Eu poderia jurar que você era mais do tipo café com leite.
– Isso mostra que você não me conhece – retorquiu.
Ele ergueu os óculos escuros e encarou-a com seus olhos sedutores. Apesar de ele estar sorrindo, havia uma tensão indefinida entre os dois. Um ar carregado, que dizia a Dulce que nem tudo era o que parecia. Ora, ela sabia disso. Christopher Uckermann exalava perigo. Brincar com ele era como brincar com fogo. Dependendo do seu humor, a pessoa poderia sair com uma pequena queimadura ou ser cremada. Ela não pretendia se arriscar a sofrer nenhum dos dois.
– Sim, eu não sei nada sobre você. Mas logo pretendo remediar essa falha.
– Você vai perder seu tempo. – Ela o viu sorrir e se voltar para o carro. – Pensei que você tinha vindo tomar café? – Ela logo se arrependeu por estar prolongando um encontro indesejável, mas, de alguma maneira, entristecia ao pensar que ele iria embora. Ele parou e olhou para ela. Dulce imediatamente se tornou consciente do short branco e da blusa azul-marinho que vestira apressadamente. Prendera o cabelo num rabo de cavalo para evitar que, durante a aula, eles lhe caíssem sobre os olhos. A não ser pelo gloss e pelo protetor solar, estava sem maquiagem. Resumindo: projetava uma imagem bem diferente da mulher sofisticada da noite passada, e não sabia se ele iria achá-la atraente ou não. Mas o que lhe importava o que Christopher achava...?
– Algo me diz que devo ir embora. Vejo você esta noite.
– Por que me veria esta noite?
Ele a analisou de cima a baixo, desta vez com um ar possessivo que fez com que ela se encolhesse. Pressionou o botão do chaveiro e a porta do carro deslizou para cima. Fascinada, ela o viu entrar no carro e ligar o motor.
– Porque eu quero vê-la. E eu sempre consigo o que quero, Dulce – disse enigmaticamente, em tom cortante. – Lembre-se disso.

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fifthuckermann: Aham, ela vai surpreender ele bastante

kelly001: Obrigada pelo comentariooo, nossa nem me diga eu já estava nos braços dele nessa hora kkkkkkkkkkkkkkkk