Fanfic: Stolen Heart | Tema: Magia
Olá de novo :3 Bom, eu vi que bastante gente leu mas não vi nenhum comentário apareceu :(
Vamos lá gente, eu deixo vocês comentarem, comentar é bom e da vontade de escrever mais :D
De qualquer forma, o segundo capitulo ta ai :3
Boa leitura à todos ;)
...
Darkness
– Uau, então é assim que é a cidade de Valkyrian?
Riki saiu correndo dando um giro e olhando para cima, vendo todos aqueles carros voando e os prédios altos.
– Nossa, eu nunca tinha visto uma cidade assim.
– Vocês não são daqui né? – perguntou Fuyuki.
– Não. – abaixei o olhar – Como construiram essas coisas?
– Bom, tudo nesta cidade, sem exceções, é movido a base de magia.
– Então o uso da magia aqui é bem comum.
– Na verdade não, só o governo, militares, e alguns trabalhadores tem permissão para usar magia na cidade.
– Então como?
– Os governadores só permitem aqueles que trabalham para ele usarem magia, e, só quando estão trabalhando. Por exemplo – ele apontou para um carro que passava sobre nossas cabeças – dentro daquele carro, tem um trabalhador usando um simples feitiço de movimento, porém, quando seu horário de serviço acaba, seu meio de usar magia é retirado, então ele fica fraco e não pode usar magia por seu artefato magico estar longe dele.
– Como assim meio de usar magia? Este artefato?
– Bom, quando se usa pela primeira vez a magia, a magia olha seu coração, transformando seu sentimento mais precioso em um tipo de artefato conjurador, como uma varinha ou um bastão, depende do sentimento. Mas claro, pode-se usar magia com as mãos livremente, desde que este artefato esteja perto de você, pois ele é sua fonte de magia, ao mesmo que, sendo quebrado, você perde o dom da vida, ou seja, você morre.
– Nossa. Então não tem quase nada de bom em usar magia, porque você pode até morrer por conta dela.
– Se você a usá-la para lutar sim, mas se for para trabalhar ou para qualquer outra coisa, não acho que morrerá.
– Como sabe tanto sobre magia sendo que nem a usa?
– Tenho amigos magos, e, tem a biblioteca central. Lá é um lugar mágico, que ao falar, pedir, ou até sussurrar o nome de algum livro ou partes dele, o livro vem até você, é ótimo para se fazer pesquisas. Chegamos.
Estávamos parados em frente à uma taberna, conversamos tanto que nem havia percebido que tinha andado tanto.
– Entrem.
– Fuyuki! – o lugar todo gritou levantando suas canecas pra cima.
– Fuyuki, é bom te ver de novo! – uma garota se aproximou e o abraçou – Quem são eles?
– Esses são Kyoichi e Riki. Eles estavam presos na casa do barão e resolvi ajudá-los, acabou que ele era mesmo um mago das trevas.
– Você precisa parar de trabalhar um pouco Fuyuki! – então ele é mesmo um policial – Oi garotos, meu nome é Kaoru, é um prazer. E ai, como foi lá?
– Tudo correu bem. E, quem fez o trabalho foi o Kyoichi, ele que matou o barão.
– Nossa garoto, não é fácil matar um mago, principalmente um mago antigo como aquele.
– Acho que foi sorte. – sorri amarelo.
– Não foi não! Não existe sorte com um cara daquele!
– Ta Kaoru! Vem vamos comer.
– Vê se aparece mais! – grunhiu a garota.
– Tá, tá! – disse Fuyiki dando um tchauzinho.
Ele pegou um papel pendurado numa espécie de tela, e saímos dali.
– Quem era ela?
– Uma amiga do trabalho.
– Daquele tamanho?
– Sim, ela é nova, mas perigosa. Se eu fosse você ficaria bem longe dela.
– Tudo bem então. – o que ela tem de tão assustador?
– Vamos comer aqui. – ele apontou para uma lojinha, algo como um restaurante.
Entramos no lugar, e era bem humilde. Não havia quase ninguém ali, apenas algumas pessoas comendo e uma senhora no balcão.
– Fuyuki, que saudade de você meu filho.
– Mãe! – mãe?
– A quanto tempo não nos vemos. O que estava fazendo?
– Era trabalho.
– Que tipo de trabalho deixa o filho longe da mãe por sete meses?
– Mãe! – ele a repreendeu.
– Quem são eles?
– São os garotos que eu ajudei. Eles eram reféns do Barão.
– Nossa, então eles devem ter sofrido.
– Não, o mais baixo, Kyoichi, o matou.
– Então aquele canalha morreu? Finalmente. Bom, vamos comer.
– Vamos, estou morrendo de fome. Venham.
Entramos na cozinha e sentamos em uma mesa ao canto da parede que dava para a geladeira. Então a senhora veio com três pratos e colocou sobre a mesa, junto com outras coisas. E finalmente, colocou a comida, que por sinal, cheirava bem.
– O que querem fazer depois de sair daqui?
– Mas você mal chegou e já quer sair filho?
– Tudo bem mãe, eu vou voltar!
– Eu estava pensando em ir naquela biblioteca que você falou.
– Ah, a biblioteca central. É um bom lugar para se passar o tempo.
– O que acha Riki?
– Ah, sei lá, pra mim tanto faz.
– Então está resolvido, vamos à biblioteca.
Terminamos de comer, Fuyuki se despediu de sua mãe, e fomos para a tal biblioteca.
– Vem, vamos pegar um táxi.
Ele parou acima de alguma coisa, e um carro voador apareceu alguns segundos depois. Entramos na cabine, e o carro começou a voar. O condutor usava algo como um pedaço de galho de uma árvore para usar um feitiço de movimento. Olhei pela janela e vi a cidade quase inteira. Era completamente de um tom cobre em praticamente todos os prédios, e árvores bem verdes invadiam sua estrutura, deixando algo lindo de se ver.
Finalmente chegamos. A biblioteca era um prédio enorme, com várias pessoas entrando e saindo do lugar. Quando adentramos, eram livros voando para todos os lados, uns aparecendo do nada, outros repousando em estantes maiores do que as portas. O lugar era imenso, e, parecia que continha uma vasta fonte de informações.
– Sobre o que você quer ler?
– Sobre magia.
– Você se interessou mesmo não é? Acho bom você começar com o livro da origem, é um livro infantil, mais como um conto de fadas, mas é ótimo para descobrir como tudo começou. Livro da Origem. – Fuyuki pronunciou em voz alta o nome do livro, e um livro de capa dourada e fino veio voando em sua direção – Toma, pode começar a ler.
– Há muito tempo atrás – quando pronunciei as primeiras palavras, uma espécie de pó magico se formou entre as páginas do livro, mostrando vários animais – os animais reinavam na terra, onde tudo e todos conviviam em harmonia. – e o filme continuava entre suas páginas – Um dia, um meteoro caiu na terra, devastando o lugar onde atingiu. Quando os animais sobreviventes foram ver o que era, viram uma pedra brilhando bem no fundo da cratera que a mesma havia formado. Os animais então desceram e tocaram na pedra, recebendo poderes mágicos. Depois de muito tempo, quando os animais já eram sábios, descobriram que a pedra poderia realizar um desejo, mas como os animais não queriam nada além da paz, a guardaram em segurança daqueles que só queriam para o seu próprio bem. Um dia – a história que até então se passava em nossos olhos, começara a ficar sombria – um humano apareceu, esperou que todos os animais estivessem dormindo, e roubou a pedra dos desejos. Esse humano sabia do que a pedra era capaz, e então fugiu para bem longe, para que mais ninguém se apoderasse dela. O humano então, fez o seu desejo, de se tornar imortal. Depois de muitos anos, o humano já não tinha mais vontade de ser imortal, e então pediu à pedra que voltasse a ser um mero mortal. Foi então que descobriu que a pedra só realizava um desejo, então a quebrou em sete partes e voltou para a cratera dos animais. Os animais o receberam de bom grado, como se fosse um velho amigo. O humano pediu aos animais que o ajudassem a proteger as partes da pedra, para que nenhum tolo fizesse a mesma besteira que o mesmo fez. Então seis feras apareceram em sua frente. Elas eram, um Dragão, uma Hydra, um Demônio com aparência feminina, uma Quimera, um Golem e um Trol. Esses animais foram escolhidos por demostrarem semelhança ao poder contido nas pedras quebradas que o humano trouxe. E por último, o animal portador da primeira magia, aquele quem tocou primeiro a pedra, tocou a cabeça do humano com sua pata, e viu que ele continha um sentimento semelhante a uma das pedras. As pedras foram chamadas de as pedras dos pecadores e espalhadas pelo mundo para serem guardadas e protegidas por estes sete seres. Só que uma coisa aconteceu quando o humano que roubara a pedra não sabia quando a havia quebrado, ele havia liberado os poderes dela no mundo, tornando tudo e todos a quem a magia escolhia, portador de seus poderes. – a história havia acabado, e o filme que se passava agora era nada menos que um pó mágico voltando ao livro.
– Interessante não acha?
– Isso aconteceu mesmo? Ou é só uma história para crianças onde viveram todos felizes para sempre?
– Uns dizem que é real, e que aconteceu mesmo. Outros dizem que é só um conto de fadas. – enquanto ele falava eu virei o livro para ver a capa de trás, e umas letras apareceram, elas diziam: In mediis tenebris lux regnavit descenderunt in tenebris cordis pacis. Seria uma magia?
– E quanto a essa pedra? Existe?
– Muitos já foram em busca da pedra, mas nenhum voltou. Dizem que ficaram loucos e não souberam voltar para casa.
– Gente... – Riki segurou no meu braço e caiu.
– Riki! RIKI! Me responda! – Riki havia desmaiado.
Riki do nada se levantou, ele estava quieto, sombrio. Seus olhos estavam tristes.
– Porque não me protegeu?
E saiu correndo.
– Riki!
Fuyuki saiu correndo atrás dele, e eu, fui também. Ele estava correndo muito rápido, mais que o normal, e o perdemos de vista.
– E agora, cade ele? O que houve com ele?
– Acho que ele esta sendo controlado!
– Porque? Por quem?
– Você viu os olhos dele? Estavam negros.
– Sim, eu vi.
Alguma coisa queimou em minhas costas, como se estivessem me olhando, fiquei espantado e olhei para trás, e lá estava Riki. Começamos a correr atras dele de novo. Ele correu para as redondezas pobres da cidade, e então, parou de correr. Ficou apenas de cabeça baixa.
– Porque não me protegeu? – de novo? Como assim não o protegi? Do que ele esta falando?
Riki veio em minha direção com a mão fechada, querendo me dar um soco. Fuyiki se jogou em mim, me atirando no chão junto com ele.
– Você esta bem? – perguntou Fuyuki,
– Sim...
Novamente Riki estava vindo atrás de nós, e Fuyuki apontou uma arma para ele.
– Não, – bati em sua mão – assim pode feri-lo!
– E o que pensa em fazer?
– Lutar mano a mano!
Riki estava chegando próximo, ele veio me dar um soco, então desviei dando um soco de leve em sua barriga.
– Porque não me protegeu?
– PORQUE ESTÁ FALANDO ISSO? – gritei.
– Para te provocar! – a feição triste deu lugar à uma expressão maliciosa, maligna.
– Quem é você? E O QUE FEZ COM MEU IRMÃO?
– Ah, seu irmãozinho querido ainda está aqui, só está dormindo! Eu sou aquilo que você chama de escuridão. Sou o medo, a tristeza, tudo aquilo que o homem sente negativamente! E quando seu irmãozinho estava pensando na tristeza, eu não resisti! Tive que me apoderar do corpinho intocado dele.
– Triste? Porque meu irmão estaria triste?
– Horas, porque você não pode protegê-lo quando ele estava com fome!
– Mentira! Eu o salvei!
– Salvou mesmo? Ele estava tão quietinho ultimamente né? – estava mas – É porque ele entrou numa espécie de depressão! Ele estava triste com você, porque você não cuidou dele direito, e deixou que aquele homem o tocasse.
– Mas ele é mais forte que eu, e só foi tocado porque foi envenenado!
– Foi mesmo? Ou foi porque você não estava lá para protegê-lo?
– Não ouça ele Kyoichi! Ele está tentando confundir você! Ele é o demônio das trevas, Tenebrarum! – disse Fuyuki.
– Então você me conhece?!
– Sim, e sei como te tirar dai!
– NÃO!
– Qui facit peccatum, ex diabolo est – quando Fuyuki começou a falar, a cabeça de meu irmão começou a se remexer bruscamente, como se estivesse sendo exorcizado – quoniam ab initio diabolus peccat. In hoc apparuit Filius Dei, ut dissolvat opera diaboli.
Os olhos de Riki voltaram ao normal, e ele abriu a boca para falar algo, mas não conseguiu. Depois de algumas tentativas, ele disse:
– Me... mate...
Os olhos de Riki ficarão negros novamente.
– Hahaha, você acha que umas palavrinhas em latim com o nome de meu pai funciona comigo? Acorda moleque!
– Deixa meu irmão em paz! – fui para cima dele, mas ele desapareceu na frente de meus olhos.
– Muito lento!
Fui de novo para cima dele, mas novamente, desapareceu.
– Vai ter que ser mais rápido par... – o peito dele começou a sangrar.
– Fui rápido o bastante pra você?
– Ga-garoto insolente.
Meu irmão se curvou para trás jogando os braços para o lado, e uma luz negra saiu de seu corpo. Meu irmão caiu no chão, e flutuando por cima do corpo, apareceu uma fera com chifres e um rabo.
– Olha o que você fez com o corpo dele, ele era tão especial!
O demônio bateu as mãos e uma luz negra saiu delas, jogando-o pra longe.
– Eu tenho que admitir, você é bom, mas não o bastante.
O demônio foi atrás de Fuyuki, e começaram a lutar.
O que será que eu faço? Será que posso ajudar?
Meus joelhos se chocaram contra o chão, e lágrimas corriam em meu rosto. Não sabia o que fazer, e foi então que lembrei do feitiço do livro, “In mediis tenebris lux regnavit descenderunt in tenebris cordis pacis”, o que será que quer dizer isso? Acho que não custa tentar!
– In mediis tenebris lux – quando comecei a pronunciar as palavras, o demônio me olhou com uma cara feia.
– O que pensa que esta fazendo garoto?
– Regnavit descenderunt – quando falei a segunda parte, algo começou a se formar em minhas mãos e, sentia que alguma coisa palpitava em meu coração, como se algo estivesse sendo retirado dele.
– Pare com isso seu moleque! – ordenou o demônio, que agora vinha em alta velocidade em minha direção.
– In tenebris cordis pacis! – um cajado se formou em minhas mãos, e então o choquei contra o chão.
– NÃO! – gritou o demônio.
Umas ondas de luz saíram da ponta do cajado que tocava a grama verde do chão, expulsando o demônio do lugar.
Soltei o cajado no chão e corri para meu irmão, que estava jogado no chão imóvel.
– Você está bem Riki! Vai ficar tudo bem!
– O-obri-gado! – pronunciou com dificuldade.
– NÃO RIKI! Não me deixe! – já não controlava minhas lágrimas – Não me deixe Riki!
– O-obriga-do Fu-Fuyu-ki!
– Me desculpe Riki. – Fuyuki agora chorava.
Meu irmão agora já não respirava mais.
– NÃO! RIKI!
Não conseguia parar de chorar.
– Temos que enterra-lo Kyoichi.
– Não! Porque você atirou nele? – tentei bater nele, mas estava fraco, e o mesmo só me abraçou – Porque?
– Vamos. – Fuyuki pegou o corpo de Riki no colo, e começou a andar.
Eu o segui pela floresta, até chegarmos perto de uma árvore bem grande com uma espécie de caverna, era apenas uma parte oca da árvore, e foi onde o colocamos.
– Adeus Riki! – e não parava de chorar.
– Vamos. – Fuyuki enrolou o braço sobre meu pescoço e me ajudou a caminhar.
Então fomos para sua casa.
...
Uma fumaça negra havia aparecido no lugar de onde viu a briga onde um humano matou seu irmão.
A fumaça materializou-se em uma forma humanoide bem diferente do demônio que acabara de ser morto.
– Ah Tenebrarum, você é tão tolo quando acha que pode brigar com um humano. Você era a escória de nossa raça, mas mesmo assim ainda foi tolo e se meteu com um humano.
O demônio olhou a sua volta mas não encontrou mais ninguém. Continuou vagando pela floresta até que avistou um corpo embaixo de uma árvore.
– Ah, então você ainda está ai? – pronunciou o demônio para o corpo oco abaixo da árvore – Você ainda está ai que eu sei! Vamos, apareça!
E uma luz branca, bem fraca, apareceu sobre o corpo.
– Ah, há quanto tempo eu não vejo uma assim?!
E com suas mãos, sugou a alma branca para si, aprisionando-a em sua forma, e entrou pelo buraco de bala no peito do garoto.
O garoto abriu seus olhos e disse:
– Fuyuki... é esse seu nome não é? Se não me engano. Aguarde-me, vingarei a morte de meu tolo irmão!
Continua...
Autor(a): choi
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).