Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA

A temperatura pareceu subir dez graus centígrados em menos de um segundo.
Anahi sentiu que o sangue lhe fugia do rosto.
— Hã... Oi, Poncho.
— Oi, Anahi.
— Você ainda não conhecia Diana, não? Quero dizer, pessoalmente.
— Nós já nos apresentamos.
Fora uma apresentação esquisita. Diana não se mostrara muito entusiasmada em conhecê-lo. Não podia culpá-la afinal das contas, ele ferira Anahi.
Diana estava dizendo algo:
— Bem, vou levar Bronco Bob até a cidade para que ele renove sua carteira de piloto. — Vendo o espanto no rosto de Poncho, ela explicou: — Nossos guias têm nomes especiais, como os índios que aqui moravam no passado. Bronco Bob, Loira Susan. Lindo Nick. — Fez um pausa. — Incrível e maravilhosa Anahi.
O comentário não passou despercebido. Poncho abaixou a cabeça, um tanto embaraçado.
Diana deixou o escritório e fechou a porta atrás de si. Anahi e Poncho estavam sozinhos.
Ele olhou em volta. Computadores de última geração conviviam pacificamente com rústicos remos de madeira. Sem dúvida, uma sala muito simpática.
Anahi o encarava com aqueles lindos olhos castanhos. Ela era uma mulher bonita. O corpo, porém, era deslumbrante. Principalmente as pernas e os seios. Seios fartos e firmes que Poncho procurava enxergar através do tecido fino da camiseta que ela usava. Ah, que saudade daquelas noites alucinantes quando ele a fazia deitar-se na cama, abria-lhe a blusa e...
— Por que você veio, Poncho? Ele deu um sorriso tímido.
— Para convidá-la para jantar mais uma vez. Por favor, Anahi. Diga que sim.
Ela não teve forças para recusar.
— Está certo.
Poncho pareceu aliviado.
— Obrigado.
Ficaram em silêncio durante alguns segundos, então Anahi olhou para o relógio.
— Meio-dia, Poncho. Se não me apressar, os turistas vão ficar sem almoço.
— Almoço? — ele perguntou a testa franzida. — Você abriu um restaurante?
— Não. Mas é que quando o passeio de barco termina, os turistas estão sempre com fome e eu lhes ofereço um prato típico da região. Geralmente algo a base de peixe e frutos do mar. Eles adoram. Nick e o pessoal devem estar chegando a qualquer momento.
Nick, um dos funcionários da empresa. Lindo Nick, segundo Diana. Poncho sentiu vontade de socá-lo sem ao menos conhecê-lo.
— Ah, eu sei.
— Você me ajuda?
Ele se lembrou das tardes que passavam juntos na cozinha do pequeno apartamento de Nova York, inventando pratos e sanduíches diferentes.
— Claro.
— Então vamos lá.
Anahi preparava uma salada, enquanto Poncho cuidava da sobremesa. O prato principal, peixe com molho de camarão, dourava ao forno.
— Todas as empresas de turismo da região oferecem almoço depois do passeio?
— Não — respondeu Anahi, temperando os tomates.
— É que eu adoro cozinhar... e, além disso, qualquer coisa é válida para atrair clientes e driblar a concorrência.
— Há muitas outras empresas aqui em Moab?
— Algumas. E a maioria tem equipamentos bem mais modernos que os nossos. Infelizmente, meu pai não nos deixou numa boa situação financeira.
— Você e sua irmã nunca pensaram em vender Rapid Riggers e começar a vida em outro lugar?
— Não. Vender essa empresa seria como vender a memória de meu pai.