Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA
Anahi procurou esquecer a conversa que tinham tido no carro.
E agora, ele encontrara um cachorro.
Determinada a não deixar que o pobre animalzinho amolecesse seu coração, ela limpou a garganta e perguntou:
—- Você vai levá-lo ao seu hotel?
Poncho olhava para o cão, o rosto escondido, mas Anahi sabia que havia um sorriso maroto em seus lábios. O sorriso que costumava dar quando queria convencê-la de algo. Aquilo fez com que ela se lembrasse dos velhos tempos. Bons tempos. Poncho levantou-se e caminhou em sua direção, o cachorro seguindo-o com o rabo entre as pernas. Anahi notou que ele mancava ligeiramente. E que seus ossos estavam todos aparentes. O pobrezinho devia ter passado muita fome.
— Vou colocar um anúncio no jornal a fim de acha seus donos. — Ele fitou-a intensamente. — Será que você poderia mantê-lo aqui durante alguns dias?
— Mas, e se você não conseguir encontrá-los?
Poncho olhou para o cachorro. Um par de lindos olhos, um azul, outro castanho, encararam-no de volta. Parte husky siberiano, parte outra raça indefinida.
— Alguém deve estar à procura desse animal. Entretanto, se ninguém aparecer, eu arranjarei um lar para ele.
Poncho já havia feito aquilo antes. Com a gata Chloe e com tantos outros, que Anahi até perdera a conta.
— Será que ele é um cachorro saudável?
— Não sei, mas saberemos em breve. Usei seu telefone para marcar uma consulta com o veterinário amanhã de manhã. — Ele fez uma pausa. — Por favor, Anahi, fique com ele durante alguns dias. O pobrezinho não vai dar trabalho algum.
O cachorro não, mas, e seu protetor? Ele estava abaixado de novo, acariciando a cabecinha do animal. Aquelas mãos... sua aliança...
— Tudo bem — ela ouviu sua própria voz dizer.
— Você está trabalhando na minha casa.
É o mínimo que eu posso fazer para lhe retribuir o favor. E por falar nisso, faço questão de reembolsá-lo. Quanto gastou com o material?
Ele balançou a cabeça.
— Nem pense numa coisa dessas.
Anahi abriu a boca para argumentar, mas os olhos de Poncho diziam que o assunto não estava aberto para discussões.
"Eu fui um bom marido."
Ela olhou em volta e viu que a cerca quebrada que protegia um canteiro de verduras já tinha sido consertada. Lembrou-se de como ele adorava arrumar o apartamento todo. Bom pedreiro, bom eletricista, bom encanador e muito bom marido.
— Bem, acho que já vou andando, Anahi.
— Ele acariciou o animal pela última vez.
— Nosso jantar está de pé, não está?
O coração de Anahi começou a bater com mais força.
— Claro. Claro que sim.
Será que ela iria perguntar novamente o porquê de ele ter perdido o papel na peça? Mais cedo ou mais tarde, teria de lhe contar.
Deus do céu. O que ela iria pensar?
A verdade. Que algo de muito estranho havia lhe acontecido. Algo que ele próprio não conseguia explicar.
Anahi forrou a casinha do cachorro com jornal e panos velhos e preparou-lhe um delicioso jantar. Deixou-o saboreando aquele verdadeiro manjar dos deuses e subiu para seu quarto, a fim de se arrumar. Abriu o chuveiro e ficou ali, parada, deixando que a água quente relaxasse seu corpo cansado. Poncho. Um homem complicado, que ela nunca conseguira compreender totalmente. O homem que lhe havia proporcionado os quatro meses mais felizes da sua vida. O homem que ainda amava de todo coração.
E se tudo o que ele tinha falado fosse mesmo verdade? E se ela realmente o tivesse ferido na hora da partida? Ele havia lhe dito no carro: "Eu estava mal por sua causa." Razão pela qual perdera o emprego, o empresário e o apartamento.
Mas mal como? Ela também estivera aborrecida. Mas mantivera o controle. Enterrara seu pai. Continuara a manter os negócios da família. Permanecera viva.
O que Poncho quisera dizer com aquilo? Não fazia idéia. Mas pretendia descobrir. Naquela mesma noite, se fosse possível.
Poncho Herrera estava quase terminando de fazer a barba quando ouviu uma batida discreta na porta de seu quarto do hotel. Deu mais duas passadas de navalha no queixo e, secando o rosto, foi ver quem era.
Provavelmente alguém do estúdio, trazendo algum recado. Ou talvez Norton Stills. O co-produtor vivia aparecendo em horas inconvenientes.
Ajeitou melhor a toalha presa à cintura e abriu a porta Estava enganado. Não era ninguém que imaginara.
Era Anahi. Sua mulher.
Autor(a): Mika
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Ela usava um vestido amarelo que ambos haviam comprado juntos em Nova York, poucos dias antes da separação. Fora caro, mas valera a pena. Era lindo.— Oi, Anahi. Entre.— Obrigada.Ela entrou e ele fechou a porta. Deu mais uma ajeitada na toalha em volta da cintura, um tanto embaraçado.— Vou me vestir. Sinto muito recebê-la assim, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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queren_fortunato Postado em 16/12/2015 - 15:09:02
Que lindooooo
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hadassa04 Postado em 02/10/2015 - 00:35:35
Sem palavras texto muito bem escrito, enredo envolvente, fiquei totalmente apaixonada.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 17:59:39
Ai gente tadinho do Poncho surtou de vez.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:44:53
Tadinho do Poncho... ele surtou por amor....
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:25:38
Pq agora eu sei que aconteceu alguma coisa. Então vou parar de comentar e ler um pouco mais.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:24:45
Vontade de dar umas porradas na Annie por ter deixado as coisas como estavam
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:59
Vontade de matar o Poncho por não ter dado sinal de vida por 14 meses
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:19
Mikaella essa fic é bárbara, estou lendo sem conseguir parar
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 14:08:23
Mikaella sei que ja finalizou mas agora que estou começando... Então vou comentando de acordo com a leitura.
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franmarmentini♥ Postado em 02/08/2015 - 00:34:03
Foi intensa essa fic*