Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA

Ela sentiu que o sangue lhe fugia do rosto. Aquilo mais parecia um pesadelo.
— Poncho... Você vai ter coragem de mostrar seu corpo para o mundo todo ver? Será que não tem um pouco de vergonha?
Ele recostou-se na cadeira.
— Sou um ator, Anahi. Meu corpo é público. Não sexualmente, é claro. Mas a nível visual.
Ela estava louca da vida.
— Não estou gostando nada dessa história. Por mim, você nem participava desse maldito filme!
Poncho forçou um sorriso. Estava tão confuso quanto a própria Anahi.
— Você sabe o quanto eu preciso desse trabalho, Anahi. Além disso, tudo não passa de representação. Pura representação. O que acontece não é real. Se quiser ficar no estúdio durante a filmagem da cena, sinta-se à vontade.
Ela sentiu vontade de gritar.
"Ah, sim, que maravilha. Sempre quis ver você na cama ao lado de outra mulher."
Lembrou-se do que ambos costumavam fazer na hora do amor. As carícias, os beijos sem pudor, as posições diferentes.
Não. Anahi não queria estar no estúdio na hora da filmagem da maldita cena.
Ainda o amava. E como amava... Era um amor profundo, desesperado, que vinha do fundo de seu coração. Olhou para o sorvete que derretia na taça.
— Vamos conversar sobre isso depois, está bem? Poncho deu um sorriso maravilhoso.
— Está bem.
Terminada a sobremesa, eles tomaram café com chantilly e um delicioso licor de menta, cortesia da casa. Depois, sentindo-se plenamente satisfeitos, foram dar uma volta pelas ruas de Moab. Acabaram parando no Robber`s Roost Tavern, uma réplica perfeita de um saloon do século passado. Lá dentro, uma banda tocava baladas românticas. Tomaram cerveja, dançaram e riram. Quando Grace olhou para o relógio, já era meia-noite.
Pediu licença para ir ao toalete e quando voltou, Poncho lia uns cartazes presos à parede, que anunciavam os próximos eventos da cidade: um concerto, um musical de primavera, shows variados. Ao vê-la, ele apontou para o cartaz que anunciava a peça Oklahoma, e convidou:
— Vamos assistir?
Outro programa. Anahi sentiu-se subitamente feliz.
— Claro.
Deixaram o bar. Ao voltarem para o hotel, de mãos dadas, ele perguntou:
— Você está bem para dirigir?
— Estou. — Após um instante, ela acrescentou:
— Muito obrigada pelo jantar. Eu... Adorei,
— Que bom. Então eu posso continuar?
— Continuar o quê? Ele deu um sorriso.
— Minhas tentativas para voltar a ganhar seu coração.