Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA

Poncho passou o resto da peça excitado, pensando em sexo. Pensando em chegar logo em casa e tirar as roupas de Anahi. Pensando em fazer amor com ela até não poder mais. Assim que as cortinas fecharam, ambos deixaram o teatro rapidamente e foram ao estacionamento. Ali, ajudando-a a entrar no Austin-Healey, ele curvou a cabeça para beijá-la, sua língua prometendo-lhe um mundo de prazeres sensuais. Queria estar dentro dela, mas queria outras coisas também. Tê-la em seus braços a noite inteira. Acordar a seu lado. Ficar a seu lado a vida inteira.
Entraram em casa de mãos dadas e foram direto para o quarto de Anahi. A emoção era muito grande, não dava para esperar um minuto sequer.
Ele desabotoou sua camisa, seus olhos nunca deixando os dela. Anahi o observava.
— Agora tire o seu vestido, Anahi.

Ela ficou vermelha. De prazer, não de vergonha. Desceu o zíper e deixou que o vestido caísse no chão.
Poncho olhou para a lingerie que ela usava. Era um conjunto preto de renda francesa, que ambos havia comprado juntos em Nova York. Era o seu favorito e Anahi sabia daquilo.
Ele deu um sorriso.
— Aposto como você planejou isto.
Ela olhou bem dentro de seus olhos.
— Exatamente. Desde o primeiro instante em que o vi. Ele olhou para seu corpo bonito, bronzeado pelo sol de
Moab. Ela era a mulher mais fascinante que já conhecera.
— Anahi, como eu te quero...
Não dava mais para agüentar. Ela desceu o zíper de seu jeans. Ele desabotoou-lhe o sutiã. Ansiosos e ofegantes, ambos se abraçavam.
Anahi sentiu velhas emoções dentro de si. Já tinha vivido aquilo antes. E havia pensado que nunca mais fosse viver nada parecido. Mas estava enganada. Poncho estava ali, à sua frente. Era como se fosse um milagre. Era mesmo um milagre.
Ela se afastou dele.
— Espere um minuto.
Foi até o armário, apanhou a caixinha de música e apertou um botão. Os acordes da música Love is here to stay encheram o ar.
O amor de ambos. Estava ali para ficar. Para sempre.
Segundos depois estavam na cama, beijando-se, tocando-se, reconhecendo-se. Era um ritual que ambos já tinham experimentado centenas de vezes, de todas as maneiras que conheciam, e agora Anahi tremia inteira, chamando o nome dele, e ouvia Alfonso responder na mesma língua, gritos sem sentido que nada mais eram do que as mais precisas palavras de amor.
Então ela se deitou a seu lado, o corpo imóvel, o rosto contra sua pele. Ele a abraçou, seus beijos cobriram-lhe as faces. Emoção e palavras sussurradas: "Eu te amo".
Ele lhe deu outro beijo na boca e Anahi ficou um longo tempo olhando para aquele belo rosto a seu lado. Seu melhor amigo. Seu amante. Seu marido. Jamais o deixaria de novo. Pretendia segui-lo até as profundezas da Terra.
Ou até a lugares ainda mais escuros e distantes.
Então, observando-o fechar os olhos e mergulhar num sono profundo, pensamentos estranhos vieram-lhe à mente. Começou a imaginar coisas que não queria imaginar. Coisas que pareciam inimagináveis.
Alfonso nu, na saída de emergência do teatro. Alfonso cavando um buraco na parede do apartamento de Nova York. Alfonso, seu amante, seu marido, dormindo nas ruas ao lado de mendigos e prostitutas.
Alfonso Herrera.
Louco.
Tentando esquecer tudo aquilo, deitou a cabeça em seu peito, sentindo seu perfume, sentindo a vida nele. A força.
"Ele está bem agora. Tenho certeza. O que aconteceu nunca mais vai se repetir."
O despertador tocou às seis da manhã e Anahi, sonolenta, esticou o braço a fim de desligá-lo.
— Bom dia, Anahi.
Ela olhou para o lado e viu que Poncho já estava acordado. Havia um sorriso em seus lábios e ele parecia se possível ainda mais bonito e sensual do que na noite anterior.
— Bom dia, Poncho. Dormiu bem?
Fora a melhor noite de sua vida. Uma noite de promessas. Amor. Carinho. Como costumava ser no passado. Mas com muito mais intensidade.
Sua resposta foi um longo beijo na boca e ela agarrou-se a ele novamente, o mundo parecendo girar à sua volta. Fizeram amor mais uma vez, os embates amorosos eram tão violentos que tiraram a cama do lugar.
Mais tarde, enquanto Anahi tomava um banho, Poncho foi levar o cachorro para dar uma volta. O dia estava nublado e o ar úmido trazia consigo mais uma nuvem de mosquitos.
Anahi era dele de novo. Eles não iam mais se divorciar. Mas... E se aquilo tudo acontecesse mais uma vez? Ela não iria suportar. E mesmo que suportasse...
"Ela não sabe como o negócio foi grave."
Claro, havia lhe contado tudo. Mas contar era uma coisa. Presenciar as cenas era outra.
Resolveu se distrair com seus planos para o futuro.