Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA

Quatro dias depois, Anahi e Poncho deixara Moab e seguiram para Nova York, onde ele iria participar do JoAnn Caroll Show.
Antes da partida, passaram pela casa de Diana e a deixaram o husky siberiano juntamente com vários p cotes de ração para cachorros, tigelas de água e de comida.
Petiscos e escovas. Poncho detestava ter de deixar o animal, mas não havia outro jeito. Ao menos tinha o consolo de saber que Diana faria o possível para tratá-lo bem. Ele não iria se sentir infeliz.
Agachada no chão usando um vestido de linho azul, meias de seda e sapatos de salto alto, ela acariciou os pêlos sedosos do cachorro e perguntou:
— Ele já tem nome? Anahi olhou para Poncho que por sua vez olhava para animal. Ele mordeu os lábios e respondeu, finalmente:
— Boris.
Após prolongadas despedidas, Anahi e Poncho entrara no Austin-Healey e seguiram para o aeroporto.
— Por que Boris? — perguntou ela, no meio do caminho. Ele deu de ombros.
— Porque é um nome russo, próprio para um husk siberiano.
Poncho vinha guardando aquele nome em sua mente por uma semana, mas mantivera-o para si mesmo, não chamando o cachorro de nada durante o tempo todo. Mas agora, duvidava que seus donos verdadeiros fossem aparecer. O animal tinha sido abandonado. E agora era dele. E de Anahi.
— Pensando bem, vou desistir daquela idéia de comprar um apartamento maior quando formos morar na Califórnia. Um husky siberiano precisa de espaço para correr. Que tal comprarmos uma casa com um jardim bem grande?
A idéia lhe era muito agradável.
— Será ótimo, Poncho.
— O veterinário sugeriu que lhe comprássemos uma coleira. Ele acha difícil que os donos ainda apareçam.
Anahi deu um sorriso.
— Que bom. Detestaria ter de me separar dele.

Poncho e Anahi tomaram um avião até Salt Lake City e voaram de primeira classe até Nova York. Ele não tinha nenhum compromisso marcado até o dia seguinte, quando apareceria no JoAnn Caroll Show, de modo que ambos poderiam passar uma noite tranqüila na cidade onde haviam se conhecido e se apaixonado.
Durante o vôo eles pediram licor Courvoisier, café e bombons, fizeram palavras cruzadas e conversaram. Grace comentou entre um gole e outro da bebida:
— Isto está parecendo uma lua-de-mel.
Eles não tinham tido uma. A peça em que Poncho atuava, na época, não permitira. Pensando no motivo pelo qual se casara com Anahi, ele olhou-a, vestida com um conjunto de calça e jaqueta jeans e botas de caubói. E lembrou-se da pergunta que ela lhe fizera naquela noite em que ele havia aparecido em sua casa.
Ele teria se casado com ela mesmo se não precisasse do visto de permanência? Ainda não tinha a resposta. Desde o princípio, o relacionamento de ambos havia sido... Explosivo. Maravilhoso. Forte.
Tão forte, que ele ficara louco quando ela partira.
Literalmente.
Pedindo uma caneta emprestada à aeromoça, ele escreveu num guardanapo de papel: Lua-de-mel. Lugar a escolher. Entregou-o a Anahi dizendo: