Fanfics Brasil - capitulo 4 A Noiva Enganada Finalizada

Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: capitulo 4

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Ele e Anahi sorriam para a câmera. Mas... Será que aquele homem era mesmo ele? Por que não se reconhecia?
E por que tudo por ali fazia aquele barulho?
"Meu pai faleceu.."
Os ruídos agora eram insuportáveis. O ventilador do teto, os carros na rua, um bebê chorando no andar de baixo, o motor na geladeira. Como nunca havia reparado que aquele prédio era tão barulhento?
De repente, lembrou-se de que tinha uma apresentação logo mais à noite, mas então o pensamento desapareceu de sua cabeça tão depressa quanto surgiu. Havia algo mais importante para fazer. Algo de extrema urgência.
Só que não sabia o que era.
Sentiu-se desorientado, assustado, confuso. Tudo mudara sem a presença de Anahi. Tudo adquirira um novo significado. Tudo parecia... Muito estranho.
Anahi repôs o fone no gancho, tentando adivinhar por que seu coração batia com tanta força. "Porque ainda o ama, sua idiota." Mas não era só por aquilo.
Ele nunca retornava suas chamadas. E se... Estivesse morto? E se... Tivesse sido assassinado? Nova York era uma cidade tão violenta... Abriu uma lata de cerveja e tomou um longo gole. Talvez pudesse ligar para algum vizinho. "Por favor, o senhor tem visto meu marido ultimamente?"
Seu plano não deixava de ser um pouco humilhante, mas fazia sentido. E se algo tivesse mesmo acontecido? Pior do que aquilo, só o fato de ele estar ignorando suas chamadas deliberadamente.
Por que Poncho nunca ligava de volta? Ficara magoado porque ela o deixara? Será que ele... a amava?
"Será que eu cometi um erro?"
O telefone tocou, interrompendo-lhe os pensamentos. Com o coração batendo ainda mais intensamente, tirou o fone do gancho.
— Rapid Riggers Turismo, bom dia. Anahi falando.
— Oi. Sou eu.
Anahi teve de fazer uma força enorme para se controlar.
— Alfonso?
O refinado sotaque inglês que ela tanto amava soou em seus ouvidos.
— Sinto muito a respeito de seu pai, Anahi.
Ela ficou calada, esperando que ele dissesse algo mais. Não disse.
Finalmente, ela continuou a voz carregada de emoção.
— Obrigada.
A pausa que se seguiu pareceu durar uma eternidade e Anahi tentou adivinhar o que ele estava fazendo, no que estaria pensando. Na morte de seu pai? Ou nela? Será que ela devia quebrar o gelo entre ambos? Não. Poncho era o único que poderia fazer aquilo. Por que ele não dizia algo como: "Eu te amo. Nem estava pensando no visto de permanência quando a conheci. Era você quem eu queria durante o tempo todo."
Em vez daquilo, porém, Poncho limitou-se a perguntar:
— Está ouvindo?
— Ouvindo o quê?
— Esse barulho horrível na linha. Está muito alto.
— Engraçado. Não ouço nada.
Outra pausa, ainda mais longa que a anterior.
— Talvez meu telefone esteja grampeado. Anahi sentiu vontade de chorar.
— Não acredito, Poncho. Meu pai morreu e você fica aí, preocupado com o fato de os agentes da polícia federal terem grampeado seu telefone.
— Não grite, Anahi.
— Eu não estou gritando. E não estava mesmo.
— Para mim, é como se estivesse berrando. Talvez seja o telefone. Olhe, eu vou dar um jeito de ir para aí assim que for possível, está bem?
Ela sentiu um friozinho na barriga.
— Está bem.
— Ótimo. Até mais, Anahi.
A ligação foi cortada. Anahi ficou um longo tempo olhando para o fone em sua mão. Poncho lhe parecera muito estranho.
O que estava acontecendo?
Poncho Herrera desligou a secretária eletrônica e ficou ali, sozinho na sala, até que escurecesse. O telefone tocou várias vezes, mas ele o ignorou. Alguém bateu na porta e a visita em questão foi igualmente ignorada.
As sete em ponto, saiu do apartamento, deixando a porta aberta atrás de si.
Desceu os quatro andares, atravessou o hall que cheirava a repolho fervido e alcançou a rua.
Foi assaltado por uma sinfonia de cores e barulhos. O anúncio luminoso na outra calçada lhe doía na vista e ele teve de levar as mãos aos ouvidos para se proteger dos ruídos dos carros que passavam, arranhando os pneus no asfalto. Não tinha para onde ir, apenas sentia um enorme desejo de sair do apartamento. Não usava casaco, apesar do inverno, não sentia frio.
As horas se passaram como se fossem minutos e ele foi seguindo seu caminho pelas ruas do centro de Nova York, muito perigosas àquela hora. Mas não havia medo em sua alma. Apenas um maravilhoso sentimento de euforia que tomara conta de seu ser. Ele era invencível.
Uma porção de pessoas tentaram vender-lhe drogas e alguns homens ofereceram-lhe dinheiro em troca de sexo. Poncho os ignorou. Quando um garoto surgiu à sua frente com uma faca nas mãos, ele limitou-se a dizer:
— Não me aborreça.
E o atacante sumiu de vista.
Era evidente que seus poderes eram mais do que físicos, mais do que humanos.
Ele era o escolhido.
Ele era especial.
Nada nesse mundo poderia atingi-lo.



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Autor(a): Mika

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • queren_fortunato Postado em 16/12/2015 - 15:09:02

    Que lindooooo

  • hadassa04 Postado em 02/10/2015 - 00:35:35

    Sem palavras texto muito bem escrito, enredo envolvente, fiquei totalmente apaixonada.

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 17:59:39

    Ai gente tadinho do Poncho surtou de vez.

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:44:53

    Tadinho do Poncho... ele surtou por amor....

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:25:38

    Pq agora eu sei que aconteceu alguma coisa. Então vou parar de comentar e ler um pouco mais.

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:24:45

    Vontade de dar umas porradas na Annie por ter deixado as coisas como estavam

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:59

    Vontade de matar o Poncho por não ter dado sinal de vida por 14 meses

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:19

    Mikaella essa fic é bárbara, estou lendo sem conseguir parar

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 14:08:23

    Mikaella sei que ja finalizou mas agora que estou começando... Então vou comentando de acordo com a leitura.

  • franmarmentini♥ Postado em 02/08/2015 - 00:34:03

    Foi intensa essa fic*


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