Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA

Uma linda garota de uns dezessete ou dezoito anos se levantara e gritara: "Eu quero ter um filho seu!" Uma outra exclamara: "Poncho, meu amor, vou dar um jeito de levá-lo para cama!" As outras não paravam de dizer: "Lindo! Lindo!"
Seu marido Alfonso Herrera era um ator. Um astro que despertava as mais incríveis fantasia nas fãs. Anahi nunca tinha se dado conta que era uma mulher tão ciumenta.
Agora, no palco, JoAnn chegava bem perto dele, com um sorriso malicioso nos lábios.
— Poncho, será que você se importaria de... Ah, eu detesto ter de lhe pedir isso...
— Olhou para a platéia, deu uma piscadela cheia de cumplicidade, então virou-se novamente para seu entrevistado. — Você se importaria de tirar sua camisa?
As mulheres se levantaram, gritando e assobiando. Anahi sentiu medo de ser a única pessoa sentada no auditório. Tinha certeza de que a câmera a focalizava e não sabia como estava a expressão de seu rosto.
Alfonso sorriu e respondeu:
— Não. Eu não me importo de jeito nenhum.
Os aplausos soaram tão fortes que Anahi sentiu vontade de tapar os ouvidos. Poncho levantou-se e começou a desabotoar sua camisa azul. Seu charme e bom humor haviam cativado toda a platéia. Ainda assim, Anahi sabia que no fundo ele era um homem tímido. Por isso, distraiu-se tentando adivinhar se ele estaria um pouco envergonhado.
Quando a camisa foi retirada, JoAnn deu uma voltinha em torno de seu corpo, examinando-o atentamente, trocando olhares cúmplices com a platéia. Após uma considerável pausa, ela perguntou:
— Humm... Maravilhoso. Agora será que você se importaria em tirar...
— Sim. Eu me importaria. A audiência caiu na risada. JoAnn piscou para a platéia e disse:
— Bem, agora vamos fazer um pequeno intervalo e já, já, voltaremos com mais perguntas a nosso convidado Alfonso Herrera.
Logo após os comerciais, Anahi ficou ali em seu lugar, impassível, ouvindo um interrogatório digno de qualquer agente da polícia federal.
Quais eram suas fantasias sexuais. O que vestia para dormir. Quais eram seus pratos preferidos. Nenhuma das perguntas chegou a passar dos limites, mas algumas eram um pouco embaraçosas. Finalmente, quando JoAnn Caroll lhe pediu para descrever a mulher ideal, ele respondeu sem um segundo de hesitação:
— Minha mulher, Anahi Portilla.
Anahi sorriu para o caso de alguma câmera estar focalizando seu rosto. Mas todos os seus pensamentos estavam voltados para uma entrevista que lera havia pouco tempo, na qual o jornalista fizera aquela mesma pergunta a um famoso ator e obtivera a mesma resposta dada por Poncho.
Um mês depois, o ator em questão abandonava a mulher com a qual estava casado havia vinte anos e ia viver com uma jovem da idade de sua filha.
O resto do tempo em Nova York passou voando. Na quinta-feira à noite, Anahi e Poncho voltaram para Moab e, na manhã seguinte, quando ele se dirigiu para o alojamento, ficou sabendo que aquela fatídica cena ao lado de Ingrid Haggman seria filmada às quatro da tarde.
Norton Stills passou por ele no corredor e, encostando a mão em seu ombro, deu-lhe um sorriso cheio de malícia.
— Bem que eu gostaria de estar na sua pele hoje, cara. Imagino que o corpo de Ingrid seja uma parada.
A única coisa que Poncho queria imaginar era a reação de Anahi ao vê-lo nu ao lado da bela atriz escandinava.
Ao meio-dia, ele deixou o alojamento e foi para Rapid Riggers. O dia estava claro e ensolarado, o sol brilhando num céu muito azul. Ao chegar à empresa de turismo, avistou Anahi e Diana conversando no terraço. Boris estava deitado aos pés de Anahi, mas se levantou imediatamente ao ver o Austin-Healey se aproximando. As duas mulheres acenaram, Diana entrou no escritório e Anahi foi a seu encontro. Poncho a abraçou.
— Venha para casa comigo. Tenho de estar no alojamento as quatro e pode ser que as filmagens durem até
a noite.
Anahi sorriu para ele.
— Deixe-me avisar Diana.