Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA
Como o primeiro helicóptero estivesse lotado, um segundo desceu para apanhar Anahi em Range Canyon vinte minutos depois. Em pouco tempo, ela desembarcava no aeroporto de Moab, onde Diana a esperava de carro para levá-la a Grand Junction, Colorado. Para o hospital. Para Poncho. Sua irmã lhe fizera uma mala contendo roupas e objetos de uso pessoal e agora ambas percorriam os cem quilômetros da estrada deserta e empoeirada que ligava os dois Estados. Na metade do caminho, Anahi contou a Diana tudo o que tinha acontecido no rio... e em Nova York.
Ela sentia como se estivesse à beira de um abismo emocional. Parte disso se devia à exaustão física. Seus músculos estavam doloridos, seu corpo moído, mas eram as lembranças de Poncho que a deixavam mais abalada.
Fechava os olhos e o via à sua frente, aquele rosto estranho e doentio assombrando-o como um fantasma. Alfonso Herrera, seu marido, estava louco. Era um pesadelo além da conta.
Porém, o que lhe doía era seu coração arrebentado. Percebia agora como era imenso seu amor por ele, como queria ter o verdadeiro Alfonso de volta. E como sentia vontade de abraçá-lo, de beijá-lo, de lhe dizer que tudo acabaria bem. Mesmo que aquilo não fosse verdade.
Ah, como se sentia sozinho sem ele.
Alfonso era sua vida. Sem a sua presença reconfortante ao lado dela, Anahi jamais voltaria a ser uma pessoa inteira. Não era nada sem ele.
"Poncho, fique bom de novo, por favor..."
Depois de ouvir o relato todo, Diana comentou os olhos arregalados de susto:
— Meu Deus, Anahi, que coisa horrível! Jamais imaginei que uma desgraça dessas fosse acontecer com Poncho. Ouvi dizer que esse tipo de doença mental não tem cura. Vi um programa na televisão outro dia a esse respeito. As pessoas ficam doentes e jamais se recuperam.
Anahi sentiu um arrepio de horror.
Poncho daquele jeito... Para sempre?
Diana olhou para a irmã sentada a seu lado.
— Ah, meu Deus do céu, eu sinto muito...
— Parou o carro no acostamento e a abraçou com força.
— Sinto muito mesmo, Anahi. Tudo vai acabar dando certo, você verá.
Foi só aí que Anahi conseguiu chorar, dizendo coisas que vinham do fundo de seu coração.
— Eu amo Poncho, Diana. Jamais vou abandoná-lo. Jamais! Mas, através das lágrimas, viu o rosto de Diana e
imaginou o que a irmã teria visto no tal programa de televisão. Coisas de arrepiar, com certeza. Coisas que fariam qualquer pessoa partir. As vezes, era preciso ir embora.
O sol começava a se pôr, quando ambas chegaram ao hospital. Anahi sentia-se suja e exausta. Embora tivesse vestido roupas limpas no banheiro do aeroporto, o limo do Colorado parecia grudado em sua pele e em seus cabelos. Pretendia procurar um hotel nas proximidades, tomar um bom banho e dormir... depois de visitar Poncho, era evidente.
No momento em que Diana parou o carro no estacionamento, Anahi percebeu o quanto seria difícil entrar naquele hospital. Havia sido ali que seu pai morrera.
Havia sido ali que sua irmã e Nick Colter tinham lhe dado a funesta notícia. Desejado protegê-la das lembranças, Anahi virou-se para ela e pediu:
— Será que você poderia procurar um hotel nas proximidades para mim?
Diana abriu a porta do carro.
— Claro.
Entraram juntas no hospital.
Uma recepcionista lhes indicou a ala de emergência. Lá, uma enfermeira informou que Poncho tinha sido levado a uma "parte especial" do hospital.
A parte destinada aos casos psiquiátricos.
Anahi ouviu as indicações de como se chegava até lá e virou-se para Diana. Sua irmã estava muito pálida. Certamente aquela visita a estava deixando nervosa.
Ao chegarem ao hall, Anahi lhe disse:
— Olhe, Diana, eu acho que os médicos não vão deixá-la entrar nessa ala. Eu realmente agradeceria muito se você pudesse ir agora e reservar um quarto naquele hotel para mim.
Dizendo isso, abriu a bolsa a fim de apanhar seu cartão de crédito.
Diana recusou-o com um aceno de mão.
— Tudo bem, eu vou. Depois, volto para cá e fico esperando na recepção.
— Ótimo.
— Você gostaria que eu lhe arranjasse um quarto com uma cozinha? Pode ser que tenha que ficar aqui na cidade durante algum tempo.
— Eu... acho que sim. Obrigada. Diana sorriu.
— Diga a Poncho que o cachorro está morrendo de saudades dele. — Então, um pouco embaraçada, acrescentou:
— Bem, Boris também sente saudades suas.
Anahi não se importava em ser a segunda na preferência do cachorro. Boris pertencia a Poncho. Era a ele que devia obediência. Era só ouvir o barulho do motor do Austin-Healey e o animal já saía em disparada.
"Como eu", pensou Anahi. Apaixonada. Perdidamentc apaixonada.
Após a partida da irmã, ela se aproximou de uma en fermeira sentada atrás de um balcão.
— Boa tarde. Sou Anahi Portilla Herrera. Fui informada de que seu marido está aqui. Seu nome é Alfonso Herrera.
A enfermeira reconheceu o nome imediatamente... de um modo que fez com que Anahi tentasse adivinhar que tipo de comportamento ela estaria tendo,
— Eu acho que a senhora não poderá vê-lo agora, mas, em todo caso, deixe-me verificar. — Apanhou um telefone e, desligando momentos depois, informou: — O Dr. Holyoak já está vindo para cá. É o médico responsável por seu marido. Por que não se senta um pouco?
Anahi dirigiu-se para a sala de espera. Após cinco minutos que mais pareceram cinco horas, a porta se abriu e um homem entrou. Devia ter uns quarenta e poucos anos, era alto, barbudo e tinha cabelos castanhos fartos e brilhantes, que precisavam de um corte. Anahi gostou dele imediatamente. Era uma pessoa que irradiava confiança e tranqüilidade.
Ela se levantou e ele se aproximou, estendendo a mão.
— Sra. Herrera? Boa tarde. Sou o Dr. Michael Holyoak. Anahi retribuiu-lhe o cumprimento.
— Boa tarde, dr. Holyoak.
— Eu sei que a senhora está querendo ver seu marido, mas, antes disso, gostaria de lhe dar algumas informações. Depois de vê-lo, seria bom se pudéssemos nos sentar e termos uma longa conversa.
Louca de vontade de ver Poncho, mas tentando ser paciente, Anahi ouviu o médico dizer que ainda não sabia por que Alfonso vinha apresentando tal comportamento psicótico. Exames vinham sendo feitos para afastar a possibilidade de que algum problema orgânico ou uma batida na cabeça tivessem causado o problema. Ele estava recusando medicação, mas o hospital pretendia apresentar uma petição ao juiz, para que fosse medicado mesmo contra a vontade.
Franzindo a testa, Anahi perguntou:
— Não há possibilidade de ele melhorar sozinho?
— Acho que quanto antes Alfonso receber tratamento, melhor será para ele. — Antes que Anahi pudesse dizer alguma coisa, o médico soltou a outra bomba.
-— Seu marido está na ala de segurança máxima e não aconselhamos visitas nesses casos. Elas podem agitar os pacientes ainda mais. O que eu posso fazer é deixá-la olhar através da janela.
Autor(a): Mika
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Anahi não conseguiu reprimir um grito de desespero. Não queria ver Poncho através de uma janela. Queria estar no quarto dele. Queria tocá-lo. Beijá-lo dizer-lhe que tudo iria acabar bem. Que iria ficar a seu lado apesar de tudo.Mesmo que não tivesse certeza daquilo.— Mas por que não posso falar com ele? Sou sua mulher. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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queren_fortunato Postado em 16/12/2015 - 15:09:02
Que lindooooo
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hadassa04 Postado em 02/10/2015 - 00:35:35
Sem palavras texto muito bem escrito, enredo envolvente, fiquei totalmente apaixonada.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 17:59:39
Ai gente tadinho do Poncho surtou de vez.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:44:53
Tadinho do Poncho... ele surtou por amor....
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:25:38
Pq agora eu sei que aconteceu alguma coisa. Então vou parar de comentar e ler um pouco mais.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:24:45
Vontade de dar umas porradas na Annie por ter deixado as coisas como estavam
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:59
Vontade de matar o Poncho por não ter dado sinal de vida por 14 meses
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:19
Mikaella essa fic é bárbara, estou lendo sem conseguir parar
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 14:08:23
Mikaella sei que ja finalizou mas agora que estou começando... Então vou comentando de acordo com a leitura.
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franmarmentini♥ Postado em 02/08/2015 - 00:34:03
Foi intensa essa fic*