Fanfics Brasil - capitulo 71 A Noiva Enganada Finalizada

Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: capitulo 71

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— Tirem essas porcarias de cima de mim! Por favor! Tentou se livrar deles com as mãos, mas o problema
era que não conseguia vê-los.
— Por favor! Alguém me ajude! Meu corpo está cheio de insetos!
Mas ninguém apareceu para ajudá-lo.
Anahi não compareceu à audiência com o juiz na manhã seguinte. Ficou esperando na recepção, lendo um romance policial. Comprara-o na lojinha de presentes, mas agora se arrependia da escolha.
Era a história de um perigoso psicopata que atacava mocinhas indefesas numa pequena cidade do meio-oeste americano.
Um perigoso psicopata.
Durante toda a sua vida, Anahi tremera só de ouvir essa palavra. Psicose. Norman. Bates atrás da cortina do chuveiro.
Mas Poncho não era assim. Ele estava com medo, apenas. Jamais faria mal a alguém. Ela sabia daquilo.
Ninguém a deixara ver Poncho sem a aprovação do Dr. Holyoak, e o médico havia ido a uma audiência. Porém, às onze da manhã, ela viu o psiquiatra se aproximar segurando uma pasta na mão.
— Bom dia, Sra. Herrera.
— Bom dia, doutor.
— Nós conseguimos.
Era a ordem judicial para que Poncho fosse medicado.
— Vamos ver como ele reage aos remédios — continuou o médico.
— Na minha opinião, quanto antes ele começar o tratamento, melhor.
Ah, como Anahi queria que ele estivesse correto...
Prometendo que voltaria logo para conversar com eles o psiquiatra pediu licença e se afastou.
Para medicar Poncho. Para tentar fazê-lo voltar a ser o que era.
Quase que uma hora depois, ele voltou à recepção c a conduziu a uma outra sala, onde pudessem ficar a sós
— Sente-se, por favor, Sra. Herrera. Ela se sentou.
— O senhor já sabe o que há de errado com Poncho? O psiquiatra fez que não com a cabeça.


— Tudo o que eu posso lhe dizer agora é que seu marido está tendo um surto psicótico. Os exames ficaram prontos, e, fisicamente, ele está perfeitamente normal. Poderia ser um episódio isolado, uma reação ao que aconteceu à senhora no rio. Mas já que o fato já havia acontecido no passado, somos obrigados a olhar para outras possibilidades.
— Ele apanhou um bloquinho. — Gostaria de lhe fazer algumas perguntas.
Conversaram durante quinze minutos e, finalmente, ele sugeriu que ela fosse ao seu consultório no dia seguinte.
— Quanto mais eu souber a respeito de Poncho, mais poderei ajudá-lo.
Ela se levantou.
— Combinado. Agora, antes de ir, será que eu posso dar uma olhada nele?
— Deixe-me ver como ele está agora. Poncho já começou a ser medicado, mas os remédios levam algum tempo para fazer efeito.
Quinze minutos depois, o gigante Jason Smith apareceu na sala e acompanhou-a até a ala de segurança máxima do hospital. Ela correu para ver Poncho atrás da janela
Ele estava sentado no chão, recostado na parede. Novamente, usava apenas a calça do pijama.
Anahi olhou fixamente em sua direção, torcendo p que ele olhasse de volta. Ele não olhou.
Poncho parecia não ver nada.
Ela se sentiu tão impotente, que teve que fazer força para conter os gritos em sua garganta.
"Volte Poncho! Volte a ser o que era, pelo amor de Deus!"
Anahi voltou para o hotel às duas da tarde. Ligou para o empresário de Poncho e lhe explicou o que estava acontecendo. Falou também com Norton Stills e Claude Marshall. Embora ansiosos para que ele voltasse logo ao set, o produtor e o diretor se mostraram compreensivos.
— Nós daremos um jeito. Avise-me se eu puder ajudar em alguma coisa.
Agora, Anahi sabia que havia mais um único telefonema para dar e temia o momento de fazê-lo. Ainda se lembrava de sua última tentativa de falar com os pais de Poncho. Um mordomo de voz antipática lhe dissera:
— Lorde Herrera está viajando e lady Herrera não pode atender. Passar bem senhorita.
E desligara na sua cara.
Sentada na cama do hotel, Anahi tirou a agenda da bolsa. Olhou para o relógio. Era uma hora conveniente na Inglaterra.
"Seja o que Deus quiser", pensou.
O telefone começou a tocar e ela prendeu a respiração. Embora Poncho costumasse falar com os pais na época em que morava em Nova York, Anahi conversara com eles apenas uma ou duas vezes. Haviam se mostrado gentis, mas era evidente que não conseguiam entender a troco de que seu filho tão perfeito e amado tinha escolhido uma americana plebéia de origem modesta para ser a nova lady Herrera. Duvidava que Poncho tivesse lhes dito a verdade. Que se casara apenas para conseguir o visto de permanência.
— Alô? Herrera falando.
O coração de Anahi disparou. O sotaque do conde era muito mais pronunciado que o de Alfonso e ela lembrou-se de que tivera dificuldades para entendê-lo quando f Iara com ele pela primeira vez.
— Lorde Herrera, aqui é Anahi. Sua nora.
— Quem? Quem está falando?
— Anahi, Lorde Herrera. Anahi Portilla Herrera. A mulher d Alfonso. Estou chamando do Estados Unidos.
— Ah, sim, a moça que se casou com Poncho... O que você quer?
Ela havia esperado um tratamento um pouco mai afetuoso.
— Lorde Herrera, infelizmente, não tenho boas notícia para o senhor. Alfonso está internado num hospital. El está tendo... problemas mentais.
Naquele momento, Anahi se perguntou se realment fizera bem em ter ligado para os Herrera. Não sabia com eram as relações de Poncho com sua família. Seu pai, o cond amigo da família real britânica. Sua mãe depressiva. Se irmão, John, dez anos mais velho que ele. Anahi imagi nava que ambos fossem amigos, apesar da grande difr rença de idade. Mas, agora, havia um oceano entre ei
A voz pomposa do conde interrompeu-lhe os pensamento
— Muito obrigado por ter me ligado, Anahi. Gostari que me contasse o que aconteceu.
Uma mulher murmurou qualquer coisa ao lado dele e o pai de Poncho respondeu:
— É Anahi. Ligando dos Estados Unidos para nos falar a respeito de Poncho. Parece que ele está tendo... Algumas dificuldades.
— Anahi? Que Anahi?
— A moça que se casou com Poncho. — O conde voltou à linha. — Pode falar. Estou ouvindo.
Da forma mais coerente que conseguiu, ela explicou o que vinha acontecendo. A mãe dele também pegou o telefone e Anahi pensou de novo no que Poncho lhe contara a respeito de sua depressão. Mas lady Herrera parecia bem agora. O casal agradeceu a gentileza de ter ligado e pediu vários números de telefone: o dela, o do hospital e o do médico de Poncho.
Então Lorde Herrera perguntou, um pouco sem jeito:
— Vocês estão... Juntos de novo?
Como num filme, ela viu toda a história de seu casamento passar diante de seus olhos. Nada importava agora, exceto o imenso amor que sentia por Poncho. "Na saúde e na doença". Aquela palavras tinham um significado muito grande agora. Ela havia prometido que estaria sempre a seu lado. Porque o amava mais do que a sua própria vida. Sem ele, ela não existia.
— Sim. Nós... Conseguimos resolver nossos problemas. Está tudo bem agora.
O conde limpou a garganta.
— Ótimo.
E voltou a falar somente sobre o estado de saúde de Poncho. Graças a Deus, os ingleses tinham o abençoado hábito de evitar assuntos pessoais e constrangedores.
Desligaram pouco depois e, ao recolocar o fone no gancho, Anahi se sentia bem mais tranqüila e aliviada.
Como havia uma pequena cozinha em seu quarto de hotel, Anahi resolveu preparar uma sobremesa para Poncho. Deu uma passada pelo supermercado, fez as compras necessárias e, arregaçando as mangas, começou o trabalho. Ele adorava torta de limão.
Enquanto misturava a farinha e o açúcar, ela pensava em Poncho trancado naquele quarto. E no Poncho que amava, fazendo cooper. Rindo. Deixando bilhetinhos espalhados pela casa. Consertando sua casa. Tocando piano. Recolhendo cachorros abandonados. Fazendo amor.
Ele vai voltar a ser o que era, pensou ela. Tem de voltar.
Enquanto a torta assava no forno, ela telefonou para o hospital.
Jason Smith lhe disse que Poncho estava um pouco melhor.
— Acabamos de lhe dar outra injeção — acrescentou o gigante.
Anahi perguntou se Poncho poderia comer uma torta de limão que ela estava preparando.
— Vou perguntar ao Dr. Holyoak, mas acho que não tem problema.
Após desligar, Anahi abriu um livro que comprara numa livraria ao lado do supermercado. Tudo o que Você Sempre Quis Saber Sobre Doenças Mentais, mas Teve Medo de Perguntar. Era um livro simples, claro, escrito para leigos. Anahi surpreendeu-se com o que leu. Ficou sabendo que, na atualidade, vinte por cento da população dos Estados Unidos sofria de algum tipo de problema mental. Porém, a porcentagem dos que procuravam ajuda era muito menor, em parte por causa do estigma e de desinformação. Anahi assustou-se com as estatísticas. Exceto Poncho, jamais conhecera alguém que tivesse problemas daquele tipo. Pelo menos, era o que imaginava. As vezes, por vergonha, as pessoas escondiam sua real condição. A lista dessas disfunções mentais era enorme: esquizofrenia, paranóia, depressão...
Depressão. Quando Poncho lhe falara a respeito do problema de sua mãe, ela não o considerara uma doença. Afinal, todo mundo ficava um pouco deprimido de vez
em quando.
Muito interessada, Anahi continuou a ler. E teve a confirmação do que já desconfiava, que a mente de Poncho vinha lhe pregando truques cruéis, criando um mundo fantasioso cheio de demônios e de horror.
Leu sobre alucinações de todos os tipos. As vozes ouvidas pelo psicótico não vinham em forma de pensamento. O doente realmente ouvia sons, como se uma ou mais pessoas estivessem conversando com ele.


 



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Autor(a): Mika

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Conforme ia avançando na leitura, Anahi ficava cada vez mais preocupada. O que Poncho tinha era muito grave.Talvez Diana estivesse certa quando dissera que, em certos casos, o psicótico nunca mais voltava ao normal."Deus do céu, o que vai ser da minha vida se Poncho ficar assim para sempre?"Poncho estava deitado em seu colchão no chão. Jas ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • queren_fortunato Postado em 16/12/2015 - 15:09:02

    Que lindooooo

  • hadassa04 Postado em 02/10/2015 - 00:35:35

    Sem palavras texto muito bem escrito, enredo envolvente, fiquei totalmente apaixonada.

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 17:59:39

    Ai gente tadinho do Poncho surtou de vez.

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:44:53

    Tadinho do Poncho... ele surtou por amor....

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:25:38

    Pq agora eu sei que aconteceu alguma coisa. Então vou parar de comentar e ler um pouco mais.

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:24:45

    Vontade de dar umas porradas na Annie por ter deixado as coisas como estavam

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:59

    Vontade de matar o Poncho por não ter dado sinal de vida por 14 meses

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:19

    Mikaella essa fic é bárbara, estou lendo sem conseguir parar

  • hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 14:08:23

    Mikaella sei que ja finalizou mas agora que estou começando... Então vou comentando de acordo com a leitura.

  • franmarmentini♥ Postado em 02/08/2015 - 00:34:03

    Foi intensa essa fic*


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