Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA
Talvez, se tivesse sorte, pudesse comprar o cachorro de seus verdadeiros donos. E então, Boris seria deles para sempre.
Quando uma voz feminina soou do outro lado da linha Anahi pensou em desligar. Mas não o fez.
— Boa tarde. Eu vi o seu anúncio a respeito de um husky siberiano perdido.
— O cachorro? Você o achou?
— A mulher parecia realmente feliz. — Que maravilha!
Tentando adivinhar se a pessoa do outro lado da linha era mesmo a dona de Boris, Anahi forçou-se a continuar:
— Sim. O encontramos há mais ou menos dois meses. Dois longos meses.
— Mas essa é uma excelente notícia!
— exclamou a mulher do outro lado da linha.
— Minha sobrinha vai ficar muito feliz!
Anahi jogou sua única cartada.
— Eu e o meu marido gostaríamos de comprá-lo.
— Ah, eu sei que a minha sobrinha não vai querer vendê-lo. Tenho certeza. Mas ela lhe dará uma boa recompensa. De onde você está falando?
O coração de Anahi começou a bater com mais força. A dona de Boris não iria vendê-lo. Ela pensou em Alfonso separando-se do cachorro.
"Perda."
Ele não sabia lidar com ela.
— Ei, você ainda está na linha? — perguntou a mulher.
— Acho que não peguei o seu nome. Como se chama?
Com as mãos trêmulas Anahi recolocou o fone no gancho.
Poncho só voltou de seu passeio às seis horas da tarde. Do terraço da frente, Anahi observou-o se aproximar, o cachorro feliz ao lado dele. Poncho estava bronzeado e muito sexy, mas ela não conseguia encará-lo de frente. Não devia ter feito aquela ligação. Cometera um grande erro.
Ele a tomou nos braços e a abraçou com força.
— Sinto muito por ter gritado com você, meu amor. Aquele telefonema infeliz fizera com que ela se esquecesse da cena da cozinha.
— E eu sinto muito por ter estragado sua carreira de ator.
Poncho afastou-se para poder olhar dentro de seus olhos.
— Você não estragou minha carreira.
Eu sempre serei um ator. Só quero agora fazer as coisas de maneira um pouco diferente.
— Ele levantou a mão e acariciou-lhe os cabelos com muita suavidade.
— Anahi, eu gostaria de fazer-lhe uma pergunta.
Ela levantou uma sobrancelha.
— Pergunta?
— Sim.
— Claro, pode fazer.
— Anahi... Você gostaria de transformar essa casa num hotel? Anahi abriu a boca, mas nenhum som saiu de sua garganta.
— Você gostaria Anahi?
— Eu... Eu... É claro que sim!
Era o que ela mais queria na vida.
— Então é exatamente isso que vamos fazer. Eu adoro essa casa. Detestaria ter de deixá-la.
Será que Poncho estaria desistindo de sua tão amada carreira?
— Mas, e seu empresário, Poncho? Eu sei que ele tem lhe mandado alguns roteiros para você estudar.
Ainda abraçados, ambos entraram em casa. E Poncho comentou:
— Talvez eu continue a fazer propaganda, mas não gostaria de participar de nenhum filme agora. A psicoterapia vai ser algo muito importante na minha vida. Assim como nosso casamento, é claro.
Anahi teve a impressão de que estava sonhando. Seu coração batia com uma força descomunal, mas ela sabia que aquilo não se devia somente ao fato de Poncho ter lhe dito tudo aquilo. Estava daquele jeito porque fizera uma coisa horrível.
Telefonara para a dona do cachorro. E aquilo era imperdoável.
— Mal posso esperar para transformar a casa num hotel
— ela continuou a falar. — Venho pensando nisso há um certo tempo. Já pensou que maravilha recebermos turistas durante o ano todo? Já imaginou que divertido?
Poncho acariciava-lhe as costas agora. Um sinal sutil. Agora com certeza ele iria tomar um banho... e convidá-la a entrar junto no boxe do chuveiro. Daí fariam amor embaixo do jato de água quente, depois jantariam a assistiriam um pouco de televisão. Ele era uma companhia muito agradável.
Seu melhor amigo.
E ela o traíra da forma mais cruel possível. Como tivera coragem?
— O que você acha de construirmos a piscina nos fundos?
— ele perguntou. — Talvez pudéssemos também fazer um quiosque e...
— Eu tenho uma coisa para lhe dizer, Poncho
— ela o interrompeu.
Ele parou de andar e olhou para ela.
— O que foi?
— Eu... Encontrei a dona do Boris.
— O quê?
— Eu vi uma faixa na rua, perto do supermercado.
— E Anahi repetiu-lhe a mensagem contida.
Poncho ouviu tudo, em silêncio.
— Havia um número de telefone — completou ela.
— Eu liguei.
Ele sentiu uma certa diferença em sua respiração. Não sabia como reagir à notícia.
— E aí?
Anahi lhe contou a conversa que tivera com a mulher desconhecida. E acrescentou:
— Sinto muito. Jamais deveria ter ligado.
— Você fez a coisa certa. Mas devia ter me contado. Por que não me falou nada?
Mas Poncho sabia muito bem a resposta. Anahi não lhe contara nada porque ele era doente. Porque queria protegê-lo. Porque tivera medo de sua reação.
Porque precisava tomar conta dele.
O cachorro aproximava-se de ambos, o rabo abanando.
— Vou ligar para a dona de Boris — avisou Poncho.
— É a melhor coisa a ser feita.
— Mas ela não vai vender-nos o cachorro. Ele deu um sorriso.
— É claro que vai. Tudo o que precisamos fazer é oferecer uma quantia bem generosa.
Anahi, porém, não estava muito convencida.
— Tem certeza de que quer mesmo fazer isso?
— Tenho. Pode ficar tranqüila. Boris vai ser nosso. Legalmente.
Alfonso Herrera revelou-se mau profeta. Anahi, sentada à mesa da cozinha, ouvia a conversa que ele tinha ao telefone. Pelo que pôde deduzir, a mulher de Moab era a tia da dona, que morava em outro lugar.
Minutos depois, ela via o rosto de Poncho mudar subitamente e ele engolia em seco, como se tivesse ouvido algo muito desagradável.
Quando finalmente desligou, ficou olhando para Anahi durante alguns instantes, antes de dizer:
— Tenho uma boa e uma má notícia. O que você quer ouvir primeiro?
Anahi forçou um sorriso.
— Quero ouvir primeiro a boa notícia.
— Então lá vai ela. A dona do Boris mora no Alasca e não poderá vir buscá-lo imediatamente.
— Ele fez uma pausa.
— E a má notícia é que ela cria cachorros de corrida. E o quer de volta de qualquer jeito.
Dois meses se passaram. Poncho e Anahi trabalhavam na casa durante o dia e faziam amor à noite. Ele recebera um convite para fazer uma propaganda de água de colônia masculina e agora seu rosto podia ser visto em todas as revistas do país. Anahi ia de vez em quando à Rapid Riggers, a fim de ajudar Nick e Diana no que fosse preciso.
Era exatamente lá que ela estava no dia em que um jipe verde Wagoneer estacionou em frente à sua casa. Poncho estava no andar de cima, trabalhando juntamente com um pedreiro na ampliação de um dos quartos da ala leste. Ao ouvir o som do carro, Boris foi ao terraço ver quem estava chegando. Poncho seguiu-o.
A primeira coisa que ele viu foi uma bicicleta no bagageiro do veículo. A segunda foi a placa do Alasca, GTMUSHY. Foi como se Poncho tivesse levado um soco no estômago. Passara o verão inteiro temendo essa visita.
A porta do passageiro se abriu e uma moça forte robusta desceu. Era ruiva, usava um rabo-de-cavalo e sua pele bronzeada do sol começava a descascar de seu nariz.
Autor(a): Mika
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Devia ter uns trinta e poucos anos, a mesma idade do motorista que também abria a porta e descia. Ele era alto, moreno e tinha cabelos bem crespos.A moça olhou para o terraço e disse:— Oi. Acho que esse é mesmo o meu cachorro. Poncho sentiu que o mundo girava à sua volta.— Já vou descer.Era só lhe oferecer uma boa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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queren_fortunato Postado em 16/12/2015 - 15:09:02
Que lindooooo
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hadassa04 Postado em 02/10/2015 - 00:35:35
Sem palavras texto muito bem escrito, enredo envolvente, fiquei totalmente apaixonada.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 17:59:39
Ai gente tadinho do Poncho surtou de vez.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:44:53
Tadinho do Poncho... ele surtou por amor....
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:25:38
Pq agora eu sei que aconteceu alguma coisa. Então vou parar de comentar e ler um pouco mais.
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:24:45
Vontade de dar umas porradas na Annie por ter deixado as coisas como estavam
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:59
Vontade de matar o Poncho por não ter dado sinal de vida por 14 meses
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 15:23:19
Mikaella essa fic é bárbara, estou lendo sem conseguir parar
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hadassa04 Postado em 01/10/2015 - 14:08:23
Mikaella sei que ja finalizou mas agora que estou começando... Então vou comentando de acordo com a leitura.
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franmarmentini♥ Postado em 02/08/2015 - 00:34:03
Foi intensa essa fic*