Fanfic: A Noiva Enganada Finalizada | Tema: AyA

Um homem que ainda fazia seus joelhos tremerem cada vez que o via. Com o rosto colado ao dela, ele repetiu, com voz suave:
— Eu perguntei se você queria se casar comigo. Quer se casar comigo, Anahi Portilla?
Ela começou a rir.
— Ora, Poncho, mas nós já somos casados. Posso saber do que você está falando?
Ele tocou-lhe os lábios com as pontas dos dedos.
— Eu me casei com você por causa do visto de permanência. Agora, quero me casar por amor.
Anahi deitou a cabeça em seu ombro. Aquele era o momento mais feliz da sua vida. Poncho continuou:
— Eu te amo muito. Sempre te amei, mas acho que realmente devemos consertar as coisas. Por isso, estou perguntando. Quer se casar comigo? Por amor?
Anahi fez que sim com a cabeça.
— Eu me casaria com você uma centena de vezes, Poncho. Seja lá qual fosse o motivo. Até mesmo apenas para que você obtivesse o visto de permanência.
Eles se beijaram, o desejo aquecendo seus corpos como o sol e, durante alguns momentos, comportaram-se como se fossem os dois únicos habitantes da Terra.
Ao se levantarem e vestirem novamente as suas roupas, Poncho sugeriu:
— Uma vez que já somos casados e não podemos nos casar novamente, que tal celebrarmos nossa união numa cerimônia particular, só nossa, à beira do rio?
— Eu acho uma ótima idéia.
Ainda estavam fazendo planos, quando entraram em casa. Então Anahi foi para a cozinha preparar o café da manhã, enquanto Poncho sentara-se ao piano, que finalmente fora afinado, e começava a tocar a música de ambos, Love is here to stay.
Estava quase terminando quando o telefone tocou.
Anahi atendeu-o rapidamente, a fim de que o som estridente não atrapalhasse a música.
— Alô?
Era uma mulher do outro da linha e Anahi ouviu o que ela dizia com cuidado, o coração batendo com força.
Olhou para a sala enquanto falava. Poncho ainda estava ao piano.
— Sim... ah, é claro... Claro, será maravilhoso... Não, não tem problema nenhum. Talvez nós dois possamos ir até aí... Você poderia me dar seu telefone? Eu ligo assim que resolvermos o dia. Certo. Muito obrigada.
Anahi anotou um número, prometeu ligar logo e recolocou o fone no gancho. Então, correu em direção à sala. Um milagre havia acontecido.
Poncho terminara de tocar Love is here to stay e começava uma polonaise, quando Anahi apareceu a seu lado. Havia uma expressão estranha em seu rosto.
— Oi, Anahi. O que foi? Ela deu um sorriso.
— Olhe, Poncho, eu estive pensando numa coisa... Já que vamos nos casar, você não acha que deveríamos ter urna lua-de-mel?
Poncho sorriu, virou o banquinho do piano e fez com que ela se sentasse em seu colo.
— Claro que sim. Para onde você gostaria de ir? Europa? Talvez pudéssemos dar uma passada pela Inglaterra, assim você iria conhecer a casa de campo onde eu costumava passar as férias. Que tal irmos depois paia Roma? Veneza também, é claro. Veneza no verão é o lugar mais lindo do mundo.
Anahi não conhecia a Europa. E estava louca de vontade de conhecer. Mas a hora ainda não havia chegado. Ela deu um suspiro.
— Olhe Poncho, na verdade, eu estava pensando em outro lugar... Um lugar mais fresco... Afinal, o calor está tão forte, não é?
A voz dela estava muito misteriosa. Ele levantou uma sobrancelha.
— Um lugar mais fresco? Para onde você está querendo ir, Anahi?
— Hum... Estive pensando num lugar diferente. Que tal irmos para o... Alasca?
E, dizendo isso, olhou com ternura. Percebeu que ele ficara tenso. Sabia que Poncho estava com medo. Ele franziu a testa, intrigado.
— Por que o Alasca, Anahi?
— Então acrescentou, com voz suave. — Quem era ao telefone?
— Uma certa criadora de cachorros de corrida chamada Melissa Jackson. Lembra-se dela?
Poncho mal conseguia acreditar no que ouvia.
— Anahi...
Ela começou a rir e a chorar ao mesmo tempo.
— E isso mesmo, meu amor! Melissa quer nos devolver Boris! Disse que ele sente muita falta sua! Ela queria colocá-lo num avião e mandá-lo para cá, mas eu lhe disse que sempre sonhei em visitar o Alasca. E já que pretendemos nos casar logo...
Poncho a abraçou.
— Sabe de uma coisa? Eu sempre sonhei em passar minha lua-de-mel num lugar bem frio. Você é tudo o que eu quero e preciso para me aquecer.