Fanfic: Sailor Universe Moon | Tema: Sailor Moon
Acabei de acordar. Minha cabeça tá explodindo de dor. Eu estou completamente tonta e faminta. A minha cama nunca foi tão confortável. Minha irmã estava debruçada na minha mesa dormindo profundamente. Na minha cabeceira, havia meu café da manhã, rosas, quatro cartas e um envelope. Olhei para o meu relógio de bolso antigo, que era do meu bisavô e que minha mãe ganhou como herança de família e agora é meu, que ficava embaixo do meu travesseiro. 6 da manhã!!! Nunca acordei a essa hora!
Como eu passei muito tempo dormindo, minha vista estava embaçada, então, peguei meus óculos, que só usava quando estava com preguiça de ler com meus próprios olhos, e abri a primeira carta. Nela tinha um bilhete de minha prima que dizia: “Acorde logo. Quero lhe ver.”.
Comecei a rir da esperteza de Stella. Ela era doce mesmo sem querer. Mas de qualquer forma, ela não é importante. Peguei o pacote e abri. Dentro, tinha um broche em cima de um uniforme escolar junto com um lindo par de luvas brancas amarradas a um par de meias rendadas a mão. Embaixo de tudo isso tinha dois pares de sapatilhas. Uma escolar e outra tinha salto e era transparente (de cristal!). E por último, um vestido azul com luvas, na qual tinha um bilhete escrito com “vista-se”. Olhei para tudo aquilo e obedeci ao bilhete. Quando terminei, peguei a próxima carta. Era do meu pai. Abri-a com curiosidade e surpresa. Meu pai nunca me escreveu uma carta. A carta dizia o seguinte:
“Filha,
Feliz aniversário. Hoje você comemora seu aniversário de 16 anos. E acho que já está mais do que na hora de lhe contar. Querida você é mais do que especial para mim e para seu reino. Porém você nunca soube a verdade. Você é filha de uma nação. Um império maior e mais poderoso que seus mais belos sonhos. Todavia, sua mãe quis protegê-la disso tudo. Era coisa demais para uma criança. Era coisa demais até para um adulto. Sua mãe ficou no seu lugar e a protegeu até o último instante: o seu nascimento. Naquele momento eu achei que tinha te perdido para sempre. Graças a um feitiço, você tinha olhos vermelhos rubis, cabelos negros como o manto da noite e pele branca e gélida de um defunto. Você não tinha expressões, sentimentos. Então, sua irmã Daphne foi atrás de alguém que pudesse reverter aquilo. Então ela achou a última fada madrinha que existia. Esta se comoveu com as lágrimas de uma adolescente de 15 anos e resolveu ajudar. Nós a levamos para o Lago da Lua que fica em algum lugar perto do Canadá. Colocamos você lá no fundo do lago e ficamos observando você até o momento em que fechou os olhos. Não suportei ver essa cena. Já sua mãe aguentou firme até o nascer do sol, que foi a hora exata em que a lua cheia e o sol brilharam juntos e vossas luzes refletiram no lago. Você veio à tona. Quando chegou a superfície, seus cabelos eram loiros como a luz do Sol e seus olhos, azuis, como o resplendor da Lua. Sua pele ainda era alva como a neve e fria como as águas da manhã. Seu sorriso era acolhedor como o calor do Sol e sua presença, agradável como a beleza da Lua. Nunca havia visto ninguém tão perfeita e tão idêntica à mãe. Fiquei impressionado. Mas como tudo que é perfeito dura pouco, surgiu três belas fadas que disseram que se chamavam Ninfas do Destino e para que você ficasse assim para sempre você ao chegar aos dezesseis anos teria que partir para uma missão na qual Celeste lhe explicaria e a conduziria ao final da missão. Entretanto, você se apaixonaria e enfrentaria muitos perigos, tristezas e a própria morte. Eu tentei impedir isso, mas elas disseram: ‘ou isso, ou nada’. Não tive outra escolha senão aceitar. Dentro deste envelope se encontra sua passagem para o Japão, aonde vai morar a partir de agora. Não se preocupe. Celeste, Daphne e Thoren irão com você. Eu estou na sala de jantar esperando você vir se despedir. Se estiver com raiva de mim e não quiser me ver entenderei.
Um grande beijo de seu pai.
PS. O presente de sua mãe está embaixo do embrulho.”
Fiquei perplexa com o que li. Minha vontade agora era de ir até meu pai e dar-lhe um tapa. Ressuscitar minha mãe só para gritar com ela. Se não tenho chance de subir ao trono, então, por que estou viva? Minha vida não tinha mais sentido nem significado. Eu tinha que ir falar com ele. Mas antes eu queria ver o presente de minha mãe. Eu tinha esse direito. Enquanto abria a caixa azul marinho me veio à cabeça uma coisa que nunca mudara até hoje. As minhas certezas. E nesse momento eu tinha apenas três certezas:
Eu não vou ao Japão nem por todo dinheiro do mundo;
Eu jamais me apaixonaria;
Seria uma rainha. Custe o que custar;
Quando abri a caixa, minhas certezas foram diluídas a pó. Era o colar que tinha na pintura do aposento real da minha mãe. O mesmo que ela estava usando no dia em que morreu. O mesmo que ela pôs em meu pescoço antes de morrer. Ele era lindo e raro. Era de diamante e no centro havia uma safira de cinco centímetros em formato de coração. Minha vontade agora era de deitar no chão e chorar amargamente. Mas antes eu tinha de falar com ele.
Sai do meu quarto batendo a porta e trotando em cima de meus saltos na esperança de não quebrá-los. No final acabei acordando o castelo inteiro. Ao chegar à sala de jantar abri as portas com violência e segui pisando com raiva e determinação em direção ao homem que estava de frente a grande janela. Levantei a cabeça e os ombros ficando cada vez mais ereta a cada passo que dava. Isso me dava mais confiança. Cheguei nele e disse com firmeza:
-Não vou.
-Faça por sua mãe e não por mim.
-Não vou.
-Faça por você e não pela sua mãe, então.
-Eu não vou.
-Você faria isso pelo seu povo pelo menos? – disse virando-se para mim e me encarando com o olhar mais triste que conseguiu.
-Vou poder voltar?
-Sempre que quiser. Mas você não respondeu a minha pergunta.
Virei e comecei a sair da sala quando chamei:
-Alfred?
-Sim, Alteza?
-Prepare o carro e meus irmãos. Vamos para o Japão.
Ele conseguiu. Eu nunca negaria nada ao meu povo.
“Aqui estou eu, Japão é que me aguarde” pensei tristemente confiante.
*
Autor(a): emanuely
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
* -Bom dia,... – ela passa correndo – Serena. – completa Rei. -Para onde vai há essa hora com tanta pressa? – pergunta Ami. -Meninas desculpem, mas eu já estou muito atrasada, depois eu explico. – diz Serena, ofegante. -E aonde vai? – pergunta Mina, curiosa. -Ao aeroporto. – responde recomeçando ...
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