Fanfic: O lobo [+16] | Tema: Suspense, romance, fantasia

- Procuro um homem. – Falei para o Barmem que limpava alguns copos.

- Geralmente é o contrario.

- Deve ter passado aqui há uma semana... – Eu comecei a falar.

- Docinho nem me lembro de quem esteve aqui ontem. – Ele falou, me sentei na banqueta a sua frente.

- Ele não é alguém fácil de esquecer.  1,88, cabelo preto ondulado, olhos castanhos, temperamento calmo, deve ter pedido algo fraco estranho para o porte dele.

- Ninguém que me lembre. – Ele falou depois de pensar um pouco.

- Tente fazer um esforço. - Eu falei colocando uma nota de cinquenta em cima do balcão.

- Vou perguntar a algumas garçonetes, quer algo para beber? – Ele falou recolhendo a nota.

- Não. O que aconteceu com a mesa de sinuca. – Falei percebendo que uma das pernas tinha sido remendada e a madeira de cima estava rachada, podia ser apenas intuição mas algo me dizia que Andrik tinha vindo aqui arranjar confusão.

- Aqui é um bar dona, essas mesas nunca duram muito nas mãos de brutamontes como aqueles caras. - Ele falou apontando com a cabeça para a mesa do fundo, três homens conversavam, depois que ele saiu me dirigi a mesa dos caras.

- Poderiam me dar uma informação. – Eu falei mantendo uma certa distancia da mesa.

- Que tal você se sentar e agente conversar um pouco. – Um deles falou os outros o seguiram em gargalhadas.

- Que tal você me responder. – Falei pegando meu distintivo no casaco, logo que o mostrei as risadas cessaram imediatamente, eles ficaram sérios e começaram a trocar olhares.

- Se foi pela briga acabei de ganhar minha condicional e... – Um deles começou a falar.

- A culpa não foi nossa, o outro cara ele tinha uma força sobre humana só tentamos ajudar nosso companheiro.

- E ele meteu a surra em você todos.  Esse cara como ele era? – Eu perguntei colocando as mãos na cintura.

- Alto, moreno, estava carregando uma mochila. Parecia ser um ex soldado pela maneira como brigou.

- Ele disse alguma coisa? Tipo para onde ia? – Eu perguntei.

- Não. Se aquele cara não tivesse drogado eu não sei o que dizer os olhos dele estavam amarelos. Foi muita doidera. – Ele falou franzindo a testa enquanto olhava para os outros, esse idiota não tinha a menor idéia de com o que tinha brigado, caipiras estúpidos.

- Obrigada pelas informações. – Falei assim que vi o Barman retornar, com uma garçonete.

- E então? – Falei voltando a me sentar.

- Eu conversei com ele, ele está encrencado ou algo do tipo, me pareceu ser tão boa pessoa. – Ela falou parecendo estar preocupada. Idiota.

- Não, ainda não estou atrás dele antes que ele faça alguma besteira, somos amigos. – Eu falei vendo que se disse se a verdade ela poderia acabar não me contando nada.

- Quando encontrar ele, pode o agradecer. – Ela falou enchendo os olhos de água, percebi que ela recuava o olhar em direção a mesa dos caras e depois a mim.

- O que aconteceu? – Eu falei baixando minha voz.

- O cara loiro sentado naquela mesa, o nome dele é Carlo, o seu amigo deu uma surra nele depois que ele tentou me agarrar à força. Mas seu amigo saiu antes que pudesse dizer algo, ele disse que estava de passagem ia recomeçar na cidade grande, espero que isso possa ajudá-la a encontrá-lo.

- Bem... Garanto de agradecê-lo quando encontrá-lo, obrigada. – Eu falei e comecei a andar até a porta.

 Na minha concepção Andrik era quem atacava moças indefesas e não quem as ajudava. Sai daquele bar bem confusa. O tempo estava frio, provavelmente iria chover, era mais sensato arranjar um quarto e continuar minha busca pela manha. Já fazia cinco meses desde que ele fingiu sua morte por mais que eu anda-se sempre em seu encalço ele parecia dar um grande salto e me despistar. A noticia de que ele estaria indo para uma cidade grande era desanimadora. Mas eu tinha tempo e um grande passatempo enquanto não o encontrava por mais que eu “tivesse” deixado meu posto de caçadora oficial. Alguns bicos serviam para me manter afiada principalmente agora de que fui alertada sobre uma espécie de Verture, algo que ainda tenho de descobrir o que é.