Pov  Maite

No intervalo peguei meu almoço e logo vi o garoto da medicina me observando, sempre ele faz isso, mas nunca chega. Eu até já pensei em sentar-me à mesa com ele, mas se ele sempre fica sozinho é porque não gosta de ninguém o incomodando.

- Você gosta dele? – Fuzz quis saber.

- Não, só o acho atraente. – respondi me sentando e ela fez o mesmo.

- É, ele é um gato mesmo, mas é muito estranho! – comentou ela.

E assim começamos a almoçar e eu ficava indecisa se ia ou não ia juntar-me a ele.

- Eu vou lá! – exclamei a Fuzz me levantando e levando a bandeja junto a mim.

Me aproximei e sentei-me de frente para ele.

- Oi! – o cumprimentei com um sorriso. – Como está?

Ele me fitou surpreso. – Oi, estou bem e você?

- Bem também! – sorri. – Muito ocupada com os trabalhos da faculdade?

- Nossa, nem imagina o quanto e você? – perguntei.

- Um pouquinho, essa faculdade toma muito meu tempo, eu nem saio fico o dia todo dentro de casa!

- Nossa! – exclamei. – Bom, eu tento conciliar as coisas, saio com minhas amigas.  – pausei. – Mas medicina é muito mais puxado!

 - É! – ele concordou rindo.

Seu sorriso era um dos mais lindo que já vi em toda a minha vida.

Conversamos o intervalo inteiro sobre a faculdade, a família, coisas que gostávamos e tudo mais, nos conhecemos bastante. Logo o sinal tocou.

- Qual é o seu nome? – ele perguntou antes de entrarmos em nossas devidas salas de aula.

Eu sorri. – Maite, mas tudo mundo me chama de Mai e o seu?

- Alfonso, mas pode me chamar de Poncho! – respondeu ele. – Temos que conversar mais vezes! – ele disse e em seguida entrou em sua sala.

Minhas aulas seguinte não parei de pensar nele, como era educado, gentil, tinha bom papo, era inteligente...

Bonito, forte e extremamente atraente.

No final das aulas, eu e Fuzz estávamos conversando.

- Você vai sair com ele? – ela me perguntou.

- Ainda não, está muito cedo, mas quem sabe mais pra frente?! – eu disse sorrindo.

- É, ele é muito lindo, mas como eu já disse é estranho! – comentou ela.

- Estranho como? – perguntei.

- Não sei te explicar, mas ele é. – respondeu ela