Fanfic: O Príncipe dos Canalhas - Adaptada | Tema: Christopher & Dulce
Capítulo Seis - Parte I
Na tarde seguinte à festa de madame Vraisses, um Roland Vawtry infeliz pagou 200 libras a Francis Beaumont.
– Vi com meus próprios olhos – disse Vawtry, balançando a cabeça negativamente. – Pela janela. Mesmo assim, eu não teria acreditado se os outros presentes não houvessem visto também. Ele saiu pela porta e a seguiu pela rua. Para tentar assustá-la, suponho. Ouso dizer que ela está fazendo as malas neste exato momento.
– Ela estava no evento ontem à noite – disse Beaumont, sorrindo. – Calma e suave, administrando seu séquito de admiradores ofegantes com uma tranquilidade inigualável. Quando a Srta. Saviñon decidir fazer as malas, será o seu enxoval de noiva. E os lençóis estarão bordados com um “U” de Ucker – Vawtry bufou.
– Não é bem assim. Eu sei o que aconteceu. Ucker não gosta de interrupções. Não gosta de pessoas que não tenham sido convidadas. E, quando não gosta de alguém, faz com que ele vá embora. Ou o esmaga. Se a Srta. Saviñon fosse um homem, ele a teria esmagado com as próprias mãos. Como não era, simplesmente a fez ir embora.
– Trezentas libras – disse Beaumont. – Aposto 300 libras que ela será a marquesa de Ucker antes do aniversário do rei. – Vawtry reprimiu o próprio sorriso. Não importava o que Ucker fizesse ou deixasse de fazer com a Srta. Dulce Saviñon, com certeza ele não se casaria com ela. Isso não queria dizer que Ucker nunca se casaria. O possível casamento serviria apenas para trazer mais vergonha, choque e asco para a família dele, tanto os poucos que ainda viviam – um punhado de primos distantes – quanto a legião que já estava morta. A noiva, sem sombra de dúvida, seria a amante, viúva ou filha de algum notório traidor ou assassino. Seria uma prostituta renomada. A candidata ideal seria uma judia mulata de ascendência irlandesa, dona de um cabaré cujo último amante fora condenado à forca por sodomizar e estrangular a única filha legítima do duque de Kent, Alexandrina Victoria, de 9 anos. Uma marquesa virgem bem-nascida de uma família respeitável – embora excêntrica – estava fora de questão. A ideia de que Ucker se casaria – com qualquer pessoa – em apenas dois meses estava tão fora de questão que podia pertencer a outra galáxia. Vawtry aceitou a aposta. E não foi a única em Paris naquela semana – e certamente não a maior envolvendo os nomes Ucker e Saviñon. As prostitutas que viram tanto a Srta. Saviñon irromper na sala de estar de Ucker quanto a perseguição que ele empreendeu em seguida contaram aos amigos e clientes. Os homens que lá se encontravam também repetiram a história, com as adições costumeiras, a quem estivesse disposto a ouvir – e isso incluía todo mundo. E todo mundo, é claro, tinha uma opinião. Muitos decidiram respaldar suas opiniões com dinheiro. Em uma semana, Paris fervilhava incansável, quase como uma turba romana no Coliseu, esperando impaciente que os dois mais poderosos gladiadores se enfrentassem até a morte. O problema era conseguir levar os combatentes até a mesma arena. A Srta. Saviñon caminhava entre a sociedade respeitável. Lorde Ucker vagava pelo submundo. Os dois evitavam se encontrar. Ninguém conseguia que falassem um do outro. Lady Wallingdon, que morava em Paris havia dezoito meses e passara boa parte desse tempo tentando, sem sucesso, se tornar a mais importante anfitriã da cidade, enxergou uma oportunidade única naquela situação e rapidamente se lançou sobre ela. Marcou um baile no mesmo dia em que uma das rivais ofereceria um baile de máscaras, exatamente duas semanas após o episódio em que Ucker perseguira a Srta. Saviñon. Embora Lady Pembury e seus dois netos não fossem considerados parte do crème de la crème da sociedade parisiense ou londrina, e embora Lady Wallingdon não tivesse motivos para se incomodar com aquela família em quaisquer outras circunstâncias, ela os convocou para o baile. E também convidou lorde Ucker. Em seguida, contou a todos o que havia feito. Embora, como metade de Paris, ela acreditasse que Ucker já estava escravizado pela Srta. Saviñon, Lady Wallingdon duvidava que ele comparecesse. Todos sabiam que o marquês de Ucker tinha a mesma probabilidade de ir a um evento social respeitável quanto de convidar o carrasco para testar a lâmina da guilhotina em seu próprio pescoço. Por outro lado, Ucker já se comportava de maneira diferente em relação à Srta. Saviñon, o que indicava uma possibilidade. E onde havia possibilidade para que o impossível se realizasse, sempre haveria pessoas querendo testemunhar. No caso de Lady Wallingdon, estas acabaram sendo seus convidados. Nem uma única nota de recusa lhe chegou às mãos. Nem mesmo, para sua inquietação, uma nota de lorde Ucker. De qualquer forma, ele também não aceitara o convite. Assim, ela não precisaria fingir que não sabia se ele compareceria ao baile ou não ou preocupar-se em ser apanhada em alguma mentira. Podia manter seus outros convidados no suspense com a consciência limpa. Enquanto isso, apenas por precaução, contratou uma dúzia de lacaios franceses corpulentos para aumentar o número de criados. Enquanto isso, Dulce reconhecia o sabor da derrota. Depois de apenas três meros encontros com Ucker, uma simples atração animalesca havia se transformado numa paixão arrebatadora. Os sintomas não somente se espalharam, como também se tornaram perceptíveis. Na festa de madame Vraisses, o Sr. Beaumont fizera alguns comentários maliciosos sobre Ucker. Dulce, que ainda estremecia ao se lembrar daquele abraço tempestuoso, respondera de maneira brusca demais. O sorriso malandro que Beaumont tinha lhe dado a denunciou, e Dulce sabia que ele acabaria contando a Ucker. Mas o casal Beaumont deixou Paris de repente uma semana após a festa, e nem a sombra de Ucker chegou perto dela desde o beijo devastador sob a chuva torrencial. Mesmo assim, se ele tivesse sido informado de que Dulce Saviñon estava apaixonada por ele, lorde Ucker não daria a mínima. E ela preferia que tudo se mantivesse dessa forma, insistia consigo mesma. Porque só havia uma única maneira pela qual o marquês poderia se importar com uma mulher, e isso envolveria o tempo necessário para jogá-la na cama – ou na mesa de uma taberna –, desabotoar suas calças, fazer o que quisesse com ela e voltar a fechar as calças. Apaixonada ou não, ela sabia que não era prudente brincar com o Destino arriscando-se a encontrá-lo outra vez, dando a Ucker a chance de perceber por si mesmo a condição mortificante em que ela se encontrava... e ele poderia ter suas próprias ideias de mostrar a ela o que significava se importar. Mal havia se convencido que o mais inteligente a fazer seria sair de Paris imediatamente quando o convite de Lady Wallingdon chegou. Em 24 horas, Dulce já sabia – e toda a Paris – que Ucker também fora convidado. Não era preciso ser um gênio para descobrir o porquê: todos esperavam que ela e Ucker se tornassem o principal entretenimento da festa. Dulce sabia também que haveria muitas apostas em torno do que ela fizesse – ou deixasse de fazer – com o marquês. E decidiu que não faria parte daquilo. Genevieve decidiu-se pelo oposto.
– Se ele for e você não estiver lá, acabará se sentindo humilhado – disse ela. – Mesmo que ele simplesmente deseje ir, por qualquer motivo, e souber que você não participará do baile, ele sentirá o mesmo. Sei que é irracional e injusto, mas os homens são assim, principalmente quando a situação envolve orgulho. É melhor que você vá ao baile, a menos que prefira que ele venha bufando atrás de você para aliviar a dor dos sentimentos feridos. – Embora Dulce duvidasse que Ucker tivesse qualquer sentimento que pudesse ser ferido, ela também sabia que Genevieve tinha muito mais décadas de experiência com homens. Com muitos, muitos homens.
O convite foi aceito.
Ei coisas cutes! Sei que estou devendo a vocês, mas não deixarei de postar. Provavelmente amanhã eu consiga postar mais uns dois. Beijos e comentem!
Ah! Agora eu tenho contato. Caso queiram falar comigo chamem whatsapp: 22992385122.
Autor(a): Demolidora| Fulaninha Qualquer
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo Seis - Parte II Ucker não sabia o que fazer com o convite de Lady Wallingdon. Uma parte da sua mente recomendava que o queimasse. Outra parte sugeria que urinasse no envelope. Uma terceira o aconselhava a enfiá-lo pela goela daquela senhora. Ele acabou jogando o convite num baú que continha, além de lembranças de suas viage ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 257
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stellabarcelos Postado em 23/05/2016 - 15:12:52
Volta a postar linda! Tô louca pra saber o final disso tudo
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Anny Lemos Postado em 05/01/2016 - 09:54:32
COLOQUE SEU BEBE PRA SER VONDY TBM -q
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Anny Lemos Postado em 05/01/2016 - 09:50:29
ISSO AÍ É VACILO! Abandonou? Poxa vida 11/2015 Mia?! :c
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stellabarcelos Postado em 13/11/2015 - 12:40:03
Oh continua! Uma pena você ficar tanto tempo sem postar mas eu vou estar aqui esperando!
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stellabarcelos Postado em 05/11/2015 - 02:49:54
Postaaaaaa
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DaízaVon Postado em 28/10/2015 - 01:41:12
Meu coração pulou quando vi que tinha um novo capítulo. Céus, eu me tornei tão dependente desta fanfic que alguns espinhos furaram minha alma todas as vezes que eu recarreguei a página kkkk não demore desta vez flor, estou anciosa para a vingança da Dul <3
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vondyfforever Postado em 23/10/2015 - 15:12:19
Você voltooooou uhuuuuul! Nao acredito que ele fes isso com a Dul! Postaaa maaaais *-*-**-*-*-*-*-
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stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 22:34:38
Demorou mas voltou . Por essa reação dele eu não esperava! Continuaaa
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stellabarcelos Postado em 10/10/2015 - 10:04:43
Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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stellabarcelos Postado em 12/09/2015 - 10:33:44
Você precisa voltar a postar! Por favor! Já faz um mês! Estou muito curiosa pro resto da história!