Fanfic: O Príncipe dos Canalhas - Adaptada | Tema: Christopher & Dulce
A partir do momento em que chegou a Eton, as únicas notícias que Christopher recebia de casa eram bilhetes com uma única frase que acompanhavam o dinheiro enviado a cada trimestre. O secretário do pai os escrevia. Quando estava quase no fim do período de estudos na escola, ele recebeu uma carta de dois parágrafos que descrevia os planos para seus estudos em Cambridge. Christopher sabia que Cambridge era uma boa universidade, considerada por muitos mais progressista que a monástica Oxford. Sabia também que não fora por esse motivo que seu pai havia escolhido Cambridge. Os Uckermann estudavam em Eton e Oxford praticamente desde a fundação dessas instituições. Mandar o filho para qualquer outro lugar era o ato mais próximo de deserdá-lo que lorde Uckermann podia cometer. Aquilo anunciava ao mundo que Christopher era uma mancha imunda no brasão da família. O que, quase certamente, ele era. Não apenas agia como um monstro – embora nunca o fizesse de maneira tão crassa diante de autoridades que podiam expulsá-lo da instituição –, como também se tornara um, fisicamente: já tinha bem mais de 1,80 metros de altura, e cada centímetro seu exalava uma brutalidade sombria. Passou a maior parte do tempo em Eton certificando-se de que seria lembrado como um monstro. Orgulhava-se de pessoas decentes terem-no apelidado de “o flagelo e a perdição dos Uckermann”. Até então, lorde Uckermann não dera qualquer indicação de que percebia ou se importava com o que o filho fazia. A carta sucinta provou o contrário. Sua senhoria desejava castigar e humilhar o filho, enxotando-o para uma universidade onde nenhum Uckermann jamais colocara os pés. Mas o castigo acabou chegando tarde demais. Christopher havia aprendido muitas formas de responder às tentativas de controlá-lo, puni-lo e constrangê-lo. Descobrira que o dinheiro, em muitos casos, era mais eficaz que a força física. Agindo de acordo com o lema de Horácio, ele duplicou, triplicou e quadruplicou sua mesada em jogos de azar e apostas. Gastava metade dos seus ganhos com mulheres, outros vícios e aulas particulares de italiano – porque não queria que ninguém imaginasse que sua mãe era um de seus pontos fracos. Além disso, tinha planejado comprar um cavalo de corrida com a outra metade do dinheiro. Christopher respondeu à carta, recomendando que o pai usasse o dinheiro para enviar um garoto que realmente precisasse de estudos a Cambridge, pois o conde de Blackmoor iria para Oxford e pagaria a universidade com o próprio dinheiro. Em seguida, apostou numa luta as economias destinadas à compra do cavalo de corrida. O dinheiro que ganhou com a aposta vencedora – e a influência exercida pelo tio de Wardell – levou Christopher a Oxford. Christopher estava com 24 anos quando recebeu as primeiras notícias de casa após o envio daquela carta. A mensagem de um parágrafo anunciava a morte do pai. Junto com o título, o novo marquês de Uckermann herdava uma enorme quantidade de terras, mansões – incluindo Athcourt, a magnífica e antiquíssima propriedade nas fronteiras de Dartmoor – e todas as hipotecas e dívidas que vieram com elas. Seu pai havia deixado as finanças da família em um estado deplorável, à beira da falência, e Christopher não tinha a menor dúvida quanto ao motivo. Incapaz de controlar o filho, o falecido marquês estava determinado a arruiná-lo. Mas, se o velho estava sorrindo do outro lado, esperando que o quarto marquês de Uckermann fosse arrastado até a prisão mais próxima, então ele esperaria por muito, muito tempo. Christopher já havia descoberto o mundo dos negócios e empenhou seu cérebro e sua coragem para dominá-lo. Faturava ou ganhava em apostas cada centavo de sua renda, o que lhe permitia viver confortavelmente. No processo, transformara mais de um empreendimento à beira da falência em um investimento lucrativo. Lidar com os problemas financeiros deixados pela mesquinhez do pai foi brincadeira de criança para ele. Vendeu tudo o que não fosse inalienável, quitou as dívidas, reorganizou o sistema financeiro defasado, dispensou o secretário, o administrador das propriedades e o representante legal da família, substituiu-os por funcionários inteligentes e disse-lhes exatamente o que esperava deles. Então, saiu para uma última cavalgada pelos charcos e pradarias que não via desde criança e partiu para Paris.
Autor(a): Demolidora| Fulaninha Qualquer
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Paris - Março de 1828. – Não. Não pode ser – sussurrou Sir Christian Saviñon, consternado. Com os olhos azuis arregalados pelo horror, ele pressionou a testa contra a janela que dava vista para a Rue de Provence. – Acredito que seja, senhor – disse o criado Withers. Sir Christian passou as mãos pelos cachos castan ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 257
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stellabarcelos Postado em 23/05/2016 - 15:12:52
Volta a postar linda! Tô louca pra saber o final disso tudo
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Anny Lemos Postado em 05/01/2016 - 09:54:32
COLOQUE SEU BEBE PRA SER VONDY TBM -q
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Anny Lemos Postado em 05/01/2016 - 09:50:29
ISSO AÍ É VACILO! Abandonou? Poxa vida 11/2015 Mia?! :c
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stellabarcelos Postado em 13/11/2015 - 12:40:03
Oh continua! Uma pena você ficar tanto tempo sem postar mas eu vou estar aqui esperando!
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stellabarcelos Postado em 05/11/2015 - 02:49:54
Postaaaaaa
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DaízaVon Postado em 28/10/2015 - 01:41:12
Meu coração pulou quando vi que tinha um novo capítulo. Céus, eu me tornei tão dependente desta fanfic que alguns espinhos furaram minha alma todas as vezes que eu recarreguei a página kkkk não demore desta vez flor, estou anciosa para a vingança da Dul <3
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vondyfforever Postado em 23/10/2015 - 15:12:19
Você voltooooou uhuuuuul! Nao acredito que ele fes isso com a Dul! Postaaa maaaais *-*-**-*-*-*-*-
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stellabarcelos Postado em 22/10/2015 - 22:34:38
Demorou mas voltou . Por essa reação dele eu não esperava! Continuaaa
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stellabarcelos Postado em 10/10/2015 - 10:04:43
Voltaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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stellabarcelos Postado em 12/09/2015 - 10:33:44
Você precisa voltar a postar! Por favor! Já faz um mês! Estou muito curiosa pro resto da história!