Fanfic: O Príncipe dos Canalhas - Adaptada | Tema: Christopher & Dulce

Ei minhas coisas cutes *-*. Advinha quem conseguiu internet? Não fui eu, foi meu avô. ELE DESCOBRIU O QUE É INTERNET! CADÊ AS PALMAS PRA AQUELE SINHÔ SEDUÇÃO? Agora vou poder postar pra vocês o fim de semana inteiro. (Me amem, obrigado). Fiquem com mais um pedacinho de P.D.C.

Dulce finalmente havia economizado o bastante para alugar a própria loja e começar a enchê-la de mercadorias. Seria elegante e exclusiva, dedicada a uma clientela de elite. Depois de muito tempo lidando com a alta sociedade, ela passara a compreender a natureza dos ricos e indolentes – não somente o que gostavam, mas também os métodos mais eficientes de atraí-los. Pretendia colocar o plano em prática quando conseguisse arrancar seu irmão da confusão em que havia se metido. Em seguida, garantiria que os problemas dele nunca mais perturbassem a vida regrada e ordenada que Dulce tinha. Chris era um palerma irresponsável, um desmiolado indigno de confiança. Ela estremecia ao imaginar o que o futuro lhe reservava se continuasse a depender dele para qualquer coisa.

– Você sabe muito bem que eu não preciso me casar por dinheiro – disse ela. – Apenas preciso abrir a loja. Já escolhi o lugar e economizei o bastante para...

– Aquela ideia maluca de montar uma loja de quinquilharias? – gritou ele.

– Não é uma loja de quinquilharias – disse ela, calmamente. – Como já lhe expliquei uma dúzia de vezes...

– Não vou deixar que você abra uma loja. – Chris se levantou. – Nenhuma irmã minha vai entrar no comércio.

– Eu adoraria saber o que você vai fazer para me impedir – respondeu ela.

Ele contorceu o rosto em uma careta ameaçadora.

Dulce se recostou na cadeira e o observou com um olhar contemplativo.

– Ora, Chris, você parece um porco, apertando os olhos desse jeito. De fato, você engordou como um desde a última vez que o vi. Pelo menos 12 quilos. Talvez uns 15 ou mais. – Ela baixou o olhar. – E está tudo na sua barriga, pelo que parece. Você me faz lembrar o rei.

– Aquela baleia?! – gritou ele. – Não, nada disso. Retire o que disse Dul.

– Ou o quê? Vai se sentar em cima de mim? – Ela riu.

Chris deu as costas para ela e jogou-se no sofá.

– Se eu fosse você – disse ela –, me preocuparia menos com o que minha irmã diz e faz e pensaria no meu próprio futuro. Sei cuidar de mim mesma, Chris. Mas você... Bem, acho que você é que devia se casar com alguém com os bolsos gordos.

– O casamento é para covardes, tolos e mulheres – respondeu ele.

Ela sorriu.

– Isso parece o tipo de coisa que um imbecil bêbado anunciaria para outros logo antes de cair de cara na vasilha de ponche, em meio às costumeiras galhofas masculinas sobre fornicação e processos excretórios. Dulce não esperou que Christian revirasse o cérebro tentando encontrar as definições daquelas palavras.

– Eu sei muito bem o que os homens acham engraçado – disse ela. – Já morei com você e ajudei a criar dez primos homens. Bêbados ou sóbrios, eles gostam de piadas sobre o que fazem, ou o que têm vontade de fazer, com as mulheres, e possuem verdadeira fascinação por atos como soltar gases, mijar e...

– Mulheres não têm senso de humor – disse Christian. – Não precisam disso. O Todo-Poderoso as criou como um gracejo para os homens. Daí é possível deduzir logicamente que o Todo-Poderoso é uma mulher. Ele pronunciou as palavras de maneira lenta e cuidadosa, refletindo o esforço que precisou fazer para memorizá-las.

– De onde veio esse pendor para a profundidade filosófica, Chris?

– Como é?

– Quem lhe falou tudo isso?

– Não foi um imbecil bêbado, Srta. Irônica Zombeteira – disse ele, amuado. – Posso não ter o melhor cérebro do mundo, mas acho que ainda consigo identificar um imbecil. E não é o caso de Ucker.

– Com certeza, não. Parece um homem muito esperto. O que mais ele tem a dizer, querido?

Houve uma longa pausa enquanto Bertie tentava decidir se a irmã estava sendo irônica ou não. Como sempre, ele errou em seu julgamento.

– Bem, ele é inteligente, Dulce. Eu devia ter imaginado que você reconheceria isso. O que ele diz... Ora, o cérebro dele está sempre funcionando, a quilômetros por hora. Não sei como ele consegue. Ele não come muito peixe, então não pode ser por isso.

– Imagino que ele use gim como combustível – resmungou Dulce.

– Como é?

– Eu disse que suponho que o cérebro dele seja imbatível.

– Deve ser – disse Christian. – E não digo isso só por dizer. Ele tem um cérebro focado no dinheiro, também. Sabe fazer a Bolsa de Valores dançar conforme a música dele, é o que dizem por aí. Mas a única música que Ucker toca é o barulho das moedas. E estou falando de um barulhão, Dul. – Ela não tinha por que duvidar. Pelo que sabia, o marquês de Uckermann era um dos homens mais ricos da Inglaterra. Podia desfrutar de qualquer extravagância irresponsável. E o pobre Christian, que não tinha condições de bancar nem as modestas, estava tomado por um desejo incontrolável de imitar o ídolo. Pois certamente se tratava de idolatria, como Withers tinha afirmado de maneira quase incoerente na carta que enviara. O fato de Christian ter forçado suas parcas faculdades mentais a ponto de memorizar o que Ucker dizia era uma prova inabalável de que o criado não havia exagerado. Lorde Uckermann tinha se tornado o senhor do universo de Christian... E o estava levando direto para o inferno.

Lorde Uckermann não ergueu os olhos quando a sineta do balcão da loja tocou. Não se importava com quem seria o novo cliente, e Champtois, seu fornecedor de antiguidades e curiosidades artísticas, não deveria se importar também, porque o cliente mais importante de Paris já havia entrado em sua loja. Como era o mais importante, Ucker esperava e recebia a atenção exclusiva do proprietário. Champtois não somente não olhou para a porta, como também não fez qualquer menção de ver, ouvir ou pensar em qualquer coisa que não estivesse relacionada ao marquês de Uckermann. Ser indiferente, infelizmente, não é o mesmo que ser surdo. A sineta ainda não havia parado de retinir quando Ucker ouviu uma voz masculina familiar resmungando com sotaque inglês e uma feminina que não conhecia murmurando em resposta. Não conseguiu identificar as palavras. Pelo menos uma vez Christian Saviñon conseguiu manter a voz abaixo do seu suposto “sussurro” – que podia ser ouvido do outro lado de um campo de futebol. Ainda assim, era Christian Saviñon, o maior bobalhão do planeta, o que significava que lorde Uckermann precisaria adiar sua própria transação. Não tinha qualquer intenção de conduzir uma negociação enquanto Saviñon estivesse por perto, dizendo, fazendo e observando tudo o que era calculado para elevar o preço enquanto delirava sob a impressão de que estava ajudando a baixá-lo.

– E eu digo que... – veio à voz grave. – Aquele ali não é... Ora, por Júpiter, é sim.

Tum. Tum. Tum. Passos pesados se aproximavam.

Lorde Uckermann reprimiu um suspiro, virou-se e olhou duramente para aquele que o infortunava. Saviñon parou onde estava.

– Bem, não quis interromper, especialmente quando um companheiro está regateando com Champtois – disse ele, fazendo um movimento com a cabeça na direção do proprietário. – Como eu estava contando a Dulce há pouco: deve-se manter a cabeça fria e cuidar para que não ofereça mais da metade do que está disposto a pagar. E não se deve esquecer-se do que significa “metade” e “dobro” quando tudo está em francos e soldos, ou seja lá como se chamam essas moedas francesas, e multiplicar e dividir outra vez para encontrar o valor em libras, xelins e pence. Não entendo por que não fazem logo as coisas de forma apropriada, exceto talvez por quererem exasperar um homem.

– Acho que já falei antes, Saviñon: você poderia se exasperar menos se não perturbasse o equilíbrio da sua delicada constituição exercendo o ato de calcular – disse Ucker. Ele ouviu um farfalhar e um som abafado em algum lugar acima à esquerda. Desviou o olhar até lá. A mulher que murmurava estava curvada sobre o mostruário de joias. 

Respondendo Comentários

Gaby Marques: Hey! Desculpa flor, eu fui ver agora. Não, o Uckermann se ACHA feio, - olha o spoiler - mas é um delicinha. Continuando...

Cá Ferreira: Mar menina, me identifiquei. Sou coisada também. Coisada do verbo louca. (EU SEI QUE LOUCA NÃO É VERBO, OBRIGADO). Ah que pena, já tô noiva da Anny. (Pode ser minha amanty). EU! EU ESTOU ACORDADA DESDE 04H30MIN. Meus pais me fizeram viajar de madrugada e eu não durmo em viajem. Vou poder continuar, (meu avô é a oitava maravilha do mundo, né?). Pronto, não morra dando ataques, perder um leitor é perder um membro do corpo. Tá aí mais um capítulo fofa. 

Gente, comentem bastante que eu posto mais. Sério, só vou postar com uns comentários porque aqui tá parecendo uma réplica mal feita do Alaska e eu estou com os dedos congelando. Não quero postar só para os fantasmas, até porque eu tenho medo deles. Beijos!

Ps: De novo palmas pro meu avô gente. Tô orgulhosa dele, descobriu o que é internet sozinho. Que lindo! 

Agora sim, beijão minhas coisas maravilhosas!