Fanfic: Noiva do desejo - Adaptada - TERMINADA

Estavam voando sobre o mar.
Será que só tinha mar na Grécia?
Dulce fechou os olhos e tentou visualizar a terra. Procurou controlar o pânico que a assaltava.
— Pode abrir os olhos. Vamos aterrissar em cinco minutos e você está perdendo a melhor vista da Grécia — disse Christopher, em tom divertido.
Dulce manteve os olhos fechados, não estava interessada no programa. Só pensava naquela água toda embaixo dela. Naquele oceano imenso, pronto para dragar os incautos...
—Theos mou, você está pálida — reparou ele, preocupado. — É por causa de ontem à noite?
Ela não conseguia falar, tentando controlar o terror que sentia.
Christopher n ficou em silêncio e segurou suas mãos frias.
— Lembro que você ficou deste mesmo jeito na primeira vez que nos encontramos. Eu não sabia que você tinha medo de voar. Desculpe. Da próxima vez, usaremos o barco. A viagem é mais longa, mas será mais confortável.
Seus olhos se arregalaram. A preocupação dele a surpreendeu.
Por que ele se importaria?
Talvez temesse que ela estivesse doente. Os homens não suportavam mulheres passando mal. Ela deveria confessar que o problema era a água, e não o vôo?
Que de barco seria bem pior?
— Não precisa me olhar deste jeito. Todos nós temos fraquezas. Ainda bem que a sua não é só a ganância. Relaxe. Já aterrissamos. Bem-vinda ao meu esconderijo secreto.
Lembrando de como a pista era perto do mar, Dulce se esforçou para manter os olhos abertos para chegar até a vila.
O mar não se levantaria para agarrá-la, pensou; quando desceu do helicóptero. Ela tinha que superar este medo irracional.
— Você continua pálida. É melhor descansar um pouco antes do jantar. Ou será que você prefere nadar um pouco?
Será que ela devia confessar que nunca havia nadado?
Será que devia contar...
Ela umedeceu os lábios, o coração disparado.
— Talvez mais tarde.

— Normalmente, as pessoas ficam ansiosas para mergulhar no mar depois de alguns dias em Atenas — comentou ele, descontraído. — Mas não vai faltar oportunidade. Não tenho planos de voltar rápido para a cidade.
Dulce escondeu seu desapontamento. Quanto tempo será que ele planejava ficar? Seria mais difícil para ela telefonar para a mãe dali e ela poderia ficar preocupada.
— Você está tensa demais e esta viagem é para você se descontrair. Relaxe. Você deve estar cansada por causa de ontem à noite.
Ele parecia preocupado com o estado dela. Dulce estranhou. Por que ele estaria sendo tão atencioso de repente?
Dulce sorriu.
— Você tem razão. Estou cansada.
— Deite um pouco antes do jantar...
Eles entraram na vila e Dulce se surpreendeu com o que viu. Da outra vez que estivera ali, não tinha entrado na casa.
A casa era ampla e clara, pintada de azul e branco, com o chão de mármore bege. Plantas exóticas preenchiam o ambiente e cortinas de tecido leve completavam a decoração.
— Que lindo...
— Foi minha prima que fez — disse ele, ao lado dela. — Ela tem um escritório de decoração de interiores. Foi ela também que pintou os quadros.
— Ela tem muito talento.
Um piano grande que estava num canto da sala chamou a atenção dela.
— Oh! Um piano!
— Você sabe tocar?
— Sei sim — respondeu ela, acariciando a madeira.
— Então, esteja à vontade.
— Não, obrigada. Eu... não...
— Você não... o quê? — insistiu ele — Você não quer que eu saiba quem você realmente é? O que foi que seu avô lhe disse, Dulce? Para você se esconder?
Ela olhou para ele consternada.
— Eu...

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bjix da Naty