Fanfic: Mini-Web ♥♥Amor Materno♥♥ | Tema: Alma Rey e Roberta Pardo

Pov`s Roberta

– Filhinha, vou sentir tanto sua falta! 
– Ai, mamãe, não precisa ficar me sufocando. - disse irritada. 
– Ah, meu bebe, mas a mamãe agora vai passar tanto tempo longe de você. Tenho que aproveitar que agora posso te abraçar, querida. - ignorou meus protestos. 
– Mamãe, me faça um favor, se quer mesmo me queimar basta jogar gasolina em mim e acender um fosforo. - seu rosto se entristeceu e tive que me controlar nessa hora. 
– Mas, minha filha só quero te fazer um carinho. - fez biquinho. 
– Ah, mãezinha, relaxa, ninguém vai nos separar. - olhei-a carinhosamente e ela me acariciou o rosto. As vezes...só as vezes sentia que era correspondida no que sentia. 
E então ela foi embora me deixando naquela prisão...hospício...bom nem sei como chamar este lugar

Sou Roberta Alexandra Maria Pardo Rey, ou apenas "Roberta Pardo" que é mais fácil de lembrar. Acabo de entrar pra Elite Way School, Deus, como odeio este lugar. Mas fui obrigada pelo idiota do meu pai a estudar aqui, ou ele me tiraria de minha mãe. Pra mim isso seria o pior pesadelo. Apesar de não demonstrar, o amor que sinto por ela é incondicional. Eu sei o que você está pensando:"ah também amo minha mãe incondicionalmente". Mas acredite, é diferente, eu tento afastá-la, não consigo ficar muito tempo perto dela, já faz algum tempo que não a vejo apenas como "mãe", estou ferrada, eu sei. De uns tempos pra cá tenho sido muito ríspida com ela, não poderia ser de outra forma, se a cada vez que chega perto de mim, sinto meu coração disparar, seu cheiro me envolve e tudo o que quero é tê-la em meus braços. Meu desejo é intenso e com apenas um abraço ela desperta em mim toda perversidade do meu ser e é nessa hora que me sinto um lixo por desejá-la. Desde os 14 anos não fico sozinha com ela, saio de perto quando esta com roupas muito insinuantes e a repilo quando tenta me abraçar. Ela percebeu minha mudança e tenta entender, sei que sofre vejo em seus olhos. Mas é melhor assim.

Pov`s Alma

Deixar minha filha naquele colégio era como arrancar um pedaço de mim. Mas era necessário, eu não suportaria vê-la ser arrancada de meus braços por aquele ordinário. "Velho decrépito", como ela mesma havia dito, a pouco. Sorri ao me lembrar disso. Torcia para o fim de semana chegar logo, assim poderia finalmente ir buscar minha pequena. Eu sabia que tinha que manter distancia mas como poderia? Comigo o coração falava sempre mais alto que a razão. O único motivo pra eu refrear meus"instintos" ate hoje era a reação de Roberta. Se soubesse que o que sentia por ela sobressaia o amor materno....Eu a perderia, isso é um fato, e isso não poderia suportar nunca. Se a única forma de tê-la era como filha....então era assim que a teria. 

– Pepa, Pepa, - gritei - preciso que cancele meu show de hoje a noite. - joguei minha bolsa sobre a enorme cama vendo-a se aproximar. 
– Mas, Alma, é um show muito importante. - disse aflita. 
– Eu sei, Pepa, mas não estou em condições. - me joguei na cama. 
– Mas, como assim não esta em condições? Não pode ficar assim, Alma, a Roberta está bem. 
– Eu sei que não está. Sei que está triste. Eu vejo em seus olhos e mesmo assim me vejo obrigada a tranca-la naquele lugar. Não quero e nem vou fazer nenhum show por hoje. Pouco me importa o quão importante é. Cancele e ponto final. - já estava perdendo a paciência. 
– Ok, tudo bem, ligo agora mesmo pro Juarez. 
– Que bom. Pepa, pode me deixar um pouco sozinha? 
– Sim, se precisar me ligue. 
– Ok. - sorri forçadamente. 
"Roberta, Roberta."– suspirei. Peguei um álbum dentro da gaveta e me pus a olhar aquela fotografias. Aquele álbum mostrava Roberta em varias fazes de sua vida. Desde bebê até uma foto tirada na semana passada, no auge de seus 16 aninhos. Como era linda minha filhota. Não conseguia parar de pensar nela e no quanto seria ruim ficar longe.