Fanfics Brasil - 4 Mini-Web ♥♥Amor Materno♥♥

Fanfic: Mini-Web ♥♥Amor Materno♥♥ | Tema: Alma Rey e Roberta Pardo


Capítulo: 4

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No dia seguinte quando acordei ela não estava mais lá. Procurei por todo canto. Mas me disseram que ela havia ido embora. Sem se despedir...também...o que eu queria? Claro que não se despediu, afinal eu não merecia. Só sabia maltrata-la. Andei sem rumo por alguns minutos até que uma senhora faxineira me parou e me entregou um bilhete dizendo ser de minha mãe, eu agradeci e o li.


Roberta,


Tive que ir, não quero mais te incomodar. Eu sinto muito por nossas brigas e principalmente pelo tapa de ontem. É que você me machucou muito dizendo aquilo, mesmo assim sei que não é desculpa. Já estou com saudades...te amo...


Mamãe. 
//



Pov`s Alma



Cheguei em casa desestruturada. O coração em frangalhos, tudo que queria era voltar e gritar pra ela o quanto a amava. Mas se me desprezava tanto mesmo sem saber...imagina se soubesse. Nem me olharia mais, não falaria comigo. Pensar nisso era tão insuportável. 
...... 
Semanas se passaram e eu pouco via Roberta, ela sempre ia pra casa mas mal me olhava e no ultimo fim de semana nem veio. Aquilo me machucava muito. "Talvez ela tenha um namoradinho"– pensei. -"Será? Deus, será que ainda é virgem? E se não for? Não quero nem imaginá-la nos braços de outra pessoa, se entregando a alguém que não sou eu. Mas isso acontecerá, cedo ou tarde. Ela terá um namorado e com o tempo se apaixonará e se entregará a ele." Torcia pra que isso demorasse o máximo possível. 
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Pov`s Roberta



O tempo passava depressa mas pra mim era uma eternidade. Já fazia pouco mais de um mês que eu estava naquela prisão. Lugarzinho irritante. A únicas pessoas legais que conheci fora Josy, Luppita e Miguel. Fora eles, eram todos uns filhinhos de papai idiotas. Principalmente a tal de Mia Colucci e um outro idiota o Diego Bustamante. Eu passava os dias forçada e dava graças a Deus quando chegava o fim de semana e eu podia ver minha mãezinha.



Apesar de ter autorização pra sair provavelmente ela não estaria me esperando, pois brigávamos com muita frequência. E justamente por isso resolvi ir, adorava ver seu sorriso de felicidade quando eu chegava de repente em casa. Parecia o olhar de uma mulher apaixonada vendo a pessoa que ama chegar. Gostava de me iludir e ficar imaginando que era isso mesmo. 
Quando cheguei logo estranhei, nenhum empregado, nada, nem a Pepa estava. Um silencio monstruoso pairava pela casa. Joguei a mochila sobre o sofá e subi as escadas para ir ao quarto de minha mãe. Quanto mais me aproximava mais ficava nítido os sons vindos detrás da porta. Era gemidos e gritinhos e eu poderia jurar que era a voz de minha mãe. Ao chegar empurrei a porta lentamente e lá estava ela deitada sobre os lençóis de seda. Uma das mãos segurava forte o travesseiro e a outra puxava os cabelos da mulher sob a qual ela se abrira. Meu coração se despedaçou, lagrimas escorreram do meu rosto. Estava magoada, enciumada, decepcionada. Bati a porta com força e saí correndo pra sala. Peguei a mochila de qualquer jeito e sai dali correndo, tomei o primeiro taxi que vi e fui ate um bairro próximo. Sente-me numa calçada qualquer e chorei desesperadamente. 
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Pov`s Alma 


Uma amiga minha, veio ate minha casa naquele fim de semana, Roberta certamente não viria.



Estávamos sentada no sofá, ela começou a dizer coisas, ter atitudes estranhas, estava acostumada a ver tais características, nos homens que queriam seduzir-me. E então depois de alguns minutos ela me disse que de uns tempos pra cá só se relacionava com mulheres e que eu a interessava muito. Confesso que aquilo mexeu comigo, tanto que após alguns minutos estávamos na minha cama numa transa sensacional. A cada beijo e cada caricia eu via Roberta em seu lugar. Eu me entreguei porque o desejo me consumia mas principalmente porque ouvia Roberta me chamando, me olhando com os olhos repletos de desejo.



Estava quase chegando ao ápice, me controlei para não gritar o nome de minha filha e tentava inutilmente lembrar o nome da moça entre minhas pernas, quando a porta bateu bruscamente. Eu estava de olhos fechados, nem a vi se abrindo, a principio, achei que poderia ser o vento. Mas ouvi passos na escada, "será a Roberta?"– pensei. Pedi desculpas a minha amiga e me cobri somente com um Robe. Quando cheguei na sala não havia ninguém mas quando olhei pro chão...lá estava o diário de Roberta. Sabia que era seu pois eu mesma a havia dado. Peguei-o do chão e o abracei. 
Deveria ler? Certamente era confidencial, o que fazer? Ignorar sua privacidade? 
Resolvi guardá-lo ate achar que deveria ler ou devolvê-lo.


Pov`s Roberta



– “Por que?” – essa era a pergunta que latejava no meu cérebro desde a hora que saí de casa. Já haviam se passado 2 horas e eu ainda estava sentada no mesmo lugar. Já não chorava mais, acho que as lagrimas secaram. – “Como ela pôde? Transar com uma mulher qualquer. Será que não pensava em mim?...Hã...claro que não, sou só a filha idiota”– SÓ A PORCARIA DA FILHA! – me irritei tanto que nem vi quando as palavras saíram de minha boca em tom audível pra qualquer um que passasse por perto. 
– Por que isso tá acontecendo comigo? – disse pra mim mesma massageando as têmporas. Minha cabeça já começava a doer por conta do choro. O pior era sentir ciúme, me sentir traída...ela nem era minha e eu ainda ficava com essa idiotice de traição na cabeça. 
– Ela é livre pra fazer o que quiser - acho que as pessoas que passavam já estavam pensando que era louca porque estava falando sozinha, mas no momento nem liguei. - inclusive ir pra cama com aquela...mulher. “Ordinária! Mulherzinha horrorosa!"– suspirei - "A quem quero enganar? Aquela mulher só não é mais linda que minha mãe. Mesmo que eu não fosse sua filha, ela é tão linda e perfeita...nem sei se olharia pra mim.” – completei em pensamento. 

Me levantei da calçada, decidi que voltaria pro colégio andando, era longe mas assim teria um tempo pra pensar, mais 1 hora pra digerir a cena que ainda estava vivida demais em minha mente. O pior é que não pude deixar de observar todos os detalhes da cena. Inclusive o corpo escultural de minha mãe se contorcendo num quase orgasmo, o suor escorrendo por seu rosto e as faces coradas. A respiração ofegante e os constantes sons que ela emitia...apesar da raiva lembrar dela dessa forma estava começando a me excitar. E então por um momento me imaginei sendo aquela mulher, me imaginei no lugar dela. Só conseguia pensar que poderia tanto ser eu lá, se ela me desse uma chance, só uma e assim eu poderia mostrá-la o quanto a amava, o quanto eu seria melhor que aquela ordinária a quem ela resolveu se entregar. 

Eu andava lentamente pela rua, distraída, de cabeça baixa, sem ligar pra nada a minha volta. O movimento de motoristas, pedestres, motociclistas; estava alheia a tudo. Estava em meu mundinho particular, um mundo de fantasia, onde eu tinha o amor de minha mãe, onde ela me desejava. Me lembrei de quando descobri que a amava. Desde muito nova eu estava sempre muito grudada a ela, tinha ciúmes de qualquer um que chegasse perto, principalmente se fosse algum cara. Dava graças a Deus pelo idiota do meu “pai” não estar conosco, não suportaria vê-la com alguém assim todo dia. Casada...que pesadelo. Me aborrecia quando ela arrumava algum namorado, tanto que eu mesma tratava de sempre dar um jeito dos “relacionamentos” não durarem mais que 1 semana. Sorri ao meu lembrar disso. Quando descobri o que sentia verdadeiramente, neguei a mim mesma, pensei que talvez fosse uma fase. Quem dera, isso nunca passou e nunca iria. Eu teria que aprender a conviver com isso pro resto da vida. Viver sem seu amor, viver somente como sua filha...teria que vê-la com outras pessoas. Pessoas que não dariam a ela nem de longe o valor que ela realmente merecia e mesmo se dessem, seu amor por ela nao chegaria ao pés do meu. 

Como eu disse...estava alheia a tudo a minha volta. Tão alheia que ao atravessar a rua nem vi um carro se aproximando em alta velocidade. Ouvi o barulho dos pneus tentando frear, olhei pro lado num impulso e aí era tarde demais. Só senti a dor lancinante me tomando, me choquei contra o para-brisa do carro. Bati a cabeça com uma força descomunal e apaguei...



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Autor(a): mariiportinon

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Pov`s Alma Rosa foi embora...pois é...havia me lembrado do nome da minha amiga. Sentei-me em minha cama com o diário de Roberta em mãos, já havia me decidido por lê-lo, mas precisava tomar coragem afinal não sabia o que me esperava. Talvez lá falasse do quanto me odiava, talvez sobre algum...garoto. Mas não conseguia ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • licia.pereshotmail.com Postado em 31/05/2015 - 01:18:37

    posta outras

  • licia.pereshotmail.com Postado em 31/05/2015 - 01:16:22

    muito boa .... adorei


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