Fanfics Brasil - 5 Mini-Web ♥♥Amor Materno♥♥

Fanfic: Mini-Web ♥♥Amor Materno♥♥ | Tema: Alma Rey e Roberta Pardo


Capítulo: 5

607 visualizações Denunciar


Pov`s Alma




Rosa foi embora...pois é...havia me lembrado do nome da minha amiga. Sentei-me em minha cama com o diário de Roberta em mãos, já havia me decidido por lê-lo, mas precisava tomar coragem afinal não sabia o que me esperava. Talvez lá falasse do quanto me odiava, talvez sobre algum...garoto. Mas não conseguia entender porque Roberta se chocou tanto a ponto de sair correndo de casa assim. Sempre pensei que numa situação dessas ela faria um escandalo e ficaria por isso mesmo, aquela reação me surpreendeu, mas não importava, afinal aquilo era o de menos. Eu não sabia onde ela estava, não iria atrás, a conhecia melhor que ninguém (ou pelo menos achava isso), sabia que ela precisava de um tempo. Mais tarde ligaria para o colégio e ela com certeza estaria lá. 
Os minutos passavam e eu não conseguia abrir o diário. Meu coração batia acelerado, em pensamento tentava prever o que leria, então por fim pensei: “vou deixar de enrolação e ler logo...” 
Abri lentamente a primeira pagina e lá estava a tão conhecida letra de Roberta. 

“17/02/03


Hoje é meu aniversario, minha mãe como sempre me encheu de presentes, eu adorei todos, quase não consegui disfarçar a felicidade, mas por fim disfarcei.” – me surpreendi, me lembrava o quanto ela ficou aparentemente decepcionada com os presentes, brigou comigo por causa disso. Continuei a leitura – “Mas em particular, o presente que mais gostei foi esse diário, eu já tenho um, então decidi que esse ficará só pra escrever sobre minha mãezinha...” – fiquei ainda mais curiosa pra saber o conteúdo do diário. – “Hoje de manha, ela me fez uma surpresa, me acordou com o café na cama, fingi que estava irada por ela me acordar. Mas por dentro queria pular nela de tanta felicidade, parece exagero...eu sei. É que adoro quando ela me acorda, é sempre a mesma coisa, ela chega perto e beija o topo da minha cabeça, depois beija meu rosto, afaga meus cabelos e me chama carinhosamente até que eu desperte. Eu sei disso porque a maioria das vezes finjo dormir. Hoje ela fez meu café, sei que foi ela porque...estava horrível. Mas não importa, não importa se é a pior cozinheira que conheço, se é a pessoa mais estabanada da face da terra...é minha mãe...é mais que isso: A MULHER QUE AMO” – não conseguia acreditar no que estava lendo, tinha a sensação de que meu coração pararia a qualquer momento... seria possível? Precisava continuar lendo pra crer... 

“22/02/03 
Estou sozinha, minha mãe acaba de sair, eu estava em seu quarto, só fui pegar um cd emprestado, ela estava tomando banho, quando a vi sair me escondi atrás da poltrona. Ela estava nua, senti-me uma criança pois seu corpo é milhões de vezes mais lindo que o meu. Por outro lado estou excitada até agora, a imagem dela não sai de minha cabeça, tive que me segurar para não agarrá-la, isso com certeza seria uma péssima ideia, decidi que a partir de hoje ficarei ainda mais distante dela. Será melhor pras duas.” – então era verdade, meu coração faltava saltar do peito de tanta alegria. Avancei algumas paginas e li o que estava escrito: 


“04/03/03 
Se eu pudesse te dizer o que sinto, mamãe, se eu pudesse olhar em seus olhos e dizer cada palavra que guardo em meu coração, o sentimento magnifico e intenso que pulsa dentro de mim. Quem sabe você entenderia. Não sei se é somente devaneio mas as vezes vejo em seu olhar um “algo mais”, quem dera isso fosse real, meu maior sonho se realizaria, afinal: ter o amor da mulher que amo, tê-la em meus braços, tê-la mais que em pensamentos.” – pulei pras ultimas paginas e lá estava todo o ocorrido de um mês atrás e os mais recentes também. Inclusive o dia no Vacance Club. Confirmei minhas suspeitas de que fora Roberta que me tocara naquele dia. 
O primeiro registro do diário datava de quase um ano atrás e ainda tinha varias paginas em branco, haviam relatos até dessa semana. Ela falava de nossas brigas e do quanto ficava triste quando ocorriam, mas sempre dizia a si mesma que era necessário. Parecia que ela queria se punir por me amar. Eu devorei metade do diário em cerca de 1 hora. Não sabia se ria ou se chorava, estava lendo quase um ano de sofrimento do ser que mais amava na face da Terra, saber que causei esse sofrimento me matava. Queria voltar no tempo e não ser tão covarde...dizer a ela o que sentia. Protegê-la, amá-la, cuidá-la. Eu deixei ela se afastar, deixei ela se esvair entre meus dedos. Mas não adiantava lamentar, o que tinha que fazer era me levantar e procurá-la. Percorreria a cidade toda se preciso fosse. 
Sequei as lágrimas, me vesti com a roupa que agora sabia que ela mais gostava (ela a havia citado no diário), era um vestido azul, bem justo como a maioria de minhas roupas, o grande decote realçava o que ela mais gostava no meu corpo: meus seios. Coloquei um salto agulha e procurei as chaves do carro. Havia dado folga a todos os empregados da casa precisava ficar sozinha (mas não saiu como planejado). Quando achei as chaves me dirigi até a porta mas antes mesmo que eu tocasse a maçaneta o telefone tocou. – “Quem será agora?” – pensei irritada. 

– Alô, espero que seja importante, não estou com tempo. – disse sem muita paciência. 
– Sra. Alma Rey? – a voz irritante de um senhor soou em meu ouvido. 
– Sim sou eu, quem é? 
– Temo que terá que arrumar algum tempo, senhora. 
– A é e por que? 
– Estou ligando do hospital, lamento informar que sua filha sofreu um acidente. 
– Qual hospital?? – alguém lá em cima estava brincando comigo. 
– Hospital de Jesús Nazareno, senho...- pi-pi-pi-pi – bati o telefone, não esperei nenhum minuto a mais, peguei o carro e fui a toda velocidade ao hospital...


Pov’s Alma

Cheguei ao hospital, estacionei o carro em um lugar qualquer, sem me importar com a multa que certamente viria.
Entrei na recepção e me dirigi a uma moça que parecia nova demais para trabalhar ali.

– Roberta Alexandra Maria Pardo Rey. – disse me encostando ao balcão.
– Sra. Alma Rey?
– Sim!
– Juan! – gritou a moça a um jovem senhor.
– Sim. – respondeu o homem se aproximando.
– Leve essa senhora ao centro cirúrgico, ela é mãe daquela garota. – “porque não gostei do tom de voz que ela usou?”
– Sim senhorita. – confirmou – Acompanhe-me. – dirigiu-se a mim.
– Juan. – chamou a moça novamente.
– Sim.
– Peça a um dos internos que mantenha a Sra. Alma informada do estado da filha.
– Pode deixar. – saímos.


Aquele hospital parecia grande demais, corredores e mais corredores e nunca chegávamos.
Ao fim do que pareceu uma eternidade chegamos a antessala do centro cirúrgico. O senhor entrou e logo depois me disse para ficar a vontade que logo viria alguém falar comigo.

– Ok. – respondi.

Quando me sentei na poltrona e olhei ao redor...acho que a ficha caiu. Todas aquelas pessoas...algumas chorando desesperadamente, outras felizes, comemorando. Parecia que até aquele momento eu estava...anestesiada, neutra a tudo a minha volta. Então meu emocional desabou e o desespero me tomou, não sabia o que havia acontecido. E se ela não sobrevivesse? Como iria viver sem ela? Como viveria sabendo que ela me amava e eu nunca percebi?
Queria abraçá-la, queria eu poder cuidar dela. Depois de uns 20 minutos, uma moça veio falar comigo.
– Sra. Alma Rey?
– Sim, sou eu. – respondi prontamente me levantando.
– Sou a Dra. Paloma e estou encarregada de deixá-la a par de todo o ocorrido.
– Ah sim, por favor.
– Sabe como foi o acidente? – perguntou gentilmente.
– Não.
– Ela foi...atropelada por um carro. O motorista não pôde frear a tempo, vinha em alta velocidade. O sinal estava aberto pra ele. Sua filha se chocou contra o para-brisa.
– Oh Deus! E quais foram as consequências disso?
– Fizemos uma tomografia e um raio-x que detectaram uma hemorragia interna, que estamos tentando a todo custo conter. Fraturou algumas costelas e uma delas lacerou o pulmão direito, também está com uma luxação no braço esquerdo.
– Não! Roberta! – senti as grossas lagrimas escorrerem por meu rosto.
– Eu sinto muito. – tocou meu ombro – Estamos fazendo todo o possível. Sua filha é uma garota forte. Resistiu até aqui, tenha fé que continuará melhorando.
– Obrigada. – tentei sorrir.

Cerca de 2 horas se passaram, chamei Pepa para cuidar da parte administrativa, não estava com cabeça pra isso. Levantei-me somente para ir ao banheiro e no espelho pude ver o quanto meu rosto estava vermelho e meus olhos levemente inchados. Quando voltei a mesma moça estava me esperando, corri até ela.

– Como ela está? – perguntei aflita.
– Conseguimos controlar a hemorragia. Vamos levá-la a um quarto, ela vai ficar na UTI por enquanto, já que infelizmente ainda não está fora de perigo.
– Mas então o pior já passou?!
– Temo que não, Sra. Vamos esperar um período de 12 horas para ter certeza.
– Posso vê-la?
– Sim, mas terá que ser breve.
– Ok – ela me levou até o quarto e Roberta estava lá, desacordada – Ela vai dormir por quanto tempo?
– Em cerca de 2 minutos ela deve despertar. Vou deixá-las a sós por um momento. – sorriu e se retirou.

Me aproximei da cama e puxei uma cadeira que estava a seu lado, sentei-me e afaguei seus cabelos.

– Filha! Graças a Deus que está bem. 
– Mamãe. – ela disse baixinho.
– Sim, meu amor. Estou aqui, meu bebê. – sorri e chorei ao mesmo tempo.
– Tudo dói, mãe. – gemeu.
– Vai passar meu amor. Quase me matou de preocupação.
– Estou bem, não vai se livrar de mim assim tão fácil. – tossiu.

Beijei seu rosto, seus cabelos e ela tentou me afastar, eu insisti e por fim ela se deu por vencida e ficamos as duas rindo.

– Mamãe eu... – ela parou repentinamente.
– O que foi meu amor?
– Acho que não estou me sentindo muito bem.
– O que você tá sentindo meu amor?
– Eu não sei.
– Calma – corri atrás de Paloma e esbarrei com ela e outro rapaz no corredor. – A Roberta não está bem. – disse exasperada e corremos para o quarto.

Entramos correndo. Paloma olhava as maquinas.

– Tenho que controlar o ritmo cardíaco dela. – disse. – vamos fazer 300 miligramas de amiodarona. – disse para a enfermeira que entrava no quarto.
– O que ouve? – disse um Sr. entrando também.
– Fibrilação atrial, o coração tá batendo muito rápido. Se a gente não desacelerar...
– Vai parar de bater. – completou o rapaz.

Parar de bater...o coração da minha filha...que pesadelo.

– Vamos tentar cardioversão sincronizada. Apliquem 5 miligramas de morfina. – esperaram alguns instantes – Roberta, vamos fazer uma serie de descargas elétricas no seu coração. Seu ritmo cardíaco deve voltar ao normal e se estabilizar.
– Vai doer muito? – ela perguntou.
– Não é uma boa sensação. – ele respondeu.
– Posso operar as pás? – o rapaz perguntou.
– A vontade. – o Sr. respondeu.

Colocaram um gel nas pás e o rapaz as colocou no peito de Roberta.

– Pronta? – Paloma perguntou.
– Vai lá. – ela disse simplesmente.
– Afasta! - o rapaz disse e desferiu uma descarga.

Roberta gritou agoniada e eu quase fui até ela mas Paloma me conteve.

– Nada ainda, tente com 100. – o Sr. ordenou.
– Afasta! – o rapaz repetiu e desferiu outra descarga.
– Ahhhhhhh!!!! – Roberta gritou novamente. As lágrimas escorriam por seu rosto livremente.
– O ritmo se estabilizou. Roberta, você é uma garota de sorte, é muito forte também mocinha. – o médico mais velho bagunçou o cabelo dela num carinho mal sucedido.

Paloma aplicou-lhe uma medicação venosa.

– Em alguns minutos ela voltará a dormir, deixarei você ficar até lá. Por favor saia quando ela adormecer.
– Tudo bem, obrigada. – voltei a ficar a seu lado, enxuguei suas lagrimas.
– Mamãe...
– Shiiii – interrompi, colocando o dedo sobre seus lábios – Não fale mais. Descanse, meu amor. Quando acordar estará melhor.
//


As horas passavam lentamente, eu não comi nada. Fui pra casa só pra tomar banho e voltei logo em seguida. Maurice me levou, Pepa o havia chamado, prevendo que eu não estaria em condições de dirigir.

As 12 horas se passaram e a médica retornou.

– Sra., levaremos Roberta para outro quarto e você poderá vê-la em alguns minutos.
– Então ela está bem?
– Sim, ela evoluiu sem mais intercorrências, logo estará completamente recuperada. Em alguns dias poderá voltar para casa.
– Graças a Deus! – não me contive e a abracei – E a vocês, claro. Muito obrigada.
– Por nada. É nosso trabalho e é sempre um prazer poder ajudar. – sorriu.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): mariiportinon

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Pov’s Roberta Passaram-se os dias e em menos de 2 semanas eu finalmente recebi alta. Graças a Deus pois não aguentava mais ficar naquela cama. Quando chegamos em casa minha mãe me ajudou a entrar. – Cuidado com o degrau, filhinha. – Calma, mamãe, eu já tô bem. – fingi irritação. – Ok, ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • licia.pereshotmail.com Postado em 31/05/2015 - 01:18:37

    posta outras

  • licia.pereshotmail.com Postado em 31/05/2015 - 01:16:22

    muito boa .... adorei


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais