Fanfic: A Proposta (adaptada) Vondy | Tema: vondy

Vitor apareceu pensativo. Então ele se levantou.

- Venha, Dulce, há algo que eu gostaria que você e o bebê tenham. Ele estendeu a
mão, e Dulce sorriu, deslizando a dela na sua. Ucker viu quando ele a tirou da cadeira de
sala de jantar e levou-a pelo corredor. Ele sentou-se atordoado, ainda incrédulo com o
efeito que Dulce tinha em seu pai. Ucker não o tinha visto tão animado em meses. Era
como se ela tivesse trazido um pedaço dele que estava morto de volta à vida, algo que nem
mesmo ele ou suas irmãs tinha sido capazes de fazer.

A curiosidade levou-o a levantar-se da cadeira e procurá-los. Ele os encontrou no
quarto de seus pais. Dulce estava no meio do quarto, olhando fixamente para o closet.

Barulhos vinham lá de dentro, e Ucker ouviu o pai praguejar baixinho. Finalmente, Vitor
apareceu com uma caixa amarelada, desvanecida pelo tempo, e um sorriso radiante em seu
rosto.

- Para o meu neto - disse ele, entregando a Dulce a caixa. Ela passou a mão livre para
seu quadril e desafiou:

- E se for uma menina?

- Confie em mim. Quando Dulce bufou em protesto, Vitor riu.

- Tudo bem, tudo bem. Ele vai funionar para minha neta muito bem também.

Dulce abriu a tampa da caixa. Ucker se inclinou para a frente quando ela gentilmente
tirou para fora o papel de seda. Um pequeno grito escapou de seus lábios. Gentilmente, ela
tirou um vestido de bebê branco com rendas intrincadas e pérolas.

- É lindo.

- É a roupa de batismo de Ucker. - disse Vitor. Ucker respirou fundo. As palavras de
seu pai juntamente com Dulce segurando um pedaço do seu passado o fazia sentir como
se tivesse levado um soco no estômago.

Se havia alguma dúvida de como seu pai se sentia por Dulce e seu filho, foi
cimentada pela roupa minúscula em suas mãos. Ele tinha certeza absoluta, de que estava
pronto para este nível de emoção e comprometimento.

- Pai, Dulce nem é católica. - Ucker protestou.

Sem tirar os olhos de Dulce, Vitor balançou a cabeça.

- Ela poderia me fazer feliz e batizar o bebê
.
Dulce mordiscou o lábio inferior.

- A verdade é que eu sou Batista. - Com a ingestão aguda da respiração de Vitor, ela
ergueu a mão.

- Mas, considerando que você e Ucker são católicos e que o bebê vai ser meio católico,
eu suponho que eu possa fazer isto. Se isso o fizer feliz.

Um largo sorriso apareceu no rosto de Vitor.

- Com certeza me faria.

- Então, eu ficaria honrada.

- Obrigado, querida. - disse Vitor abraçando Dulce muito apertado.

- Obrigado acima de tudo por ser uma luz tão linda do mundo... e na vida do meu
filho.

Ucker olhou para seu pai em horror. Será que ele tinha perdido a cabeça? Dulce não
era uma luz em sua vida... ela era? Ele tentou ignorar as lágrimas deslizando nos olhos
verdes de Dulce quando ela saiu dos braços de Vitor. Ela beijou -o ternamente na
bochecha.

- Obrigada por querer ser uma parte da minha vida e na do bebê.

A troca contínua de emoções entre seu pai e Dulce fez sentir como todo o ar na sala
tivesse sido sugado para fora. Bastava respirar para dentro e fora, que sentia como se um
lutador de sumô estivesse sobre ele. "Uma bela luz na vida do meu filho" ficava repetindo
uma e outra vez em sua mente. No fundo dele, uma pequena voz concordou com seu pai.

Dulce o fazia queimar com o desejo em um minuto e diverti-lo no próximo. A maneira
como ela interagiu com Beau e seus sobrinhos bateu fundo em seu coração.

Ela era o tipo de mulher que se tivesse fisicamente doente, ela estaria lá para cuidar
dele, e se ele caísse em tempos difíceis emocionalmente, ela seria sua rocha. Como ele
tinha sido tão fodidamente cego? O ohar de Ucker descontrolado esquadrinhava o quarto.

Não, ele só precisava sair do quarto de seus pais, da casa de seu pai, e então talvez ele
fosse capaz de pensar. Ele limpou a garganta.

- Eu odeio ser um desmancha-prazeres, mas realmente preciso ir. Eu tenho um
monte de coisas para cuidar após ficar fora o última mês.

Vitor balançou a cabeça.

- Eu entendo, filho. Estou tão feliz que você veio.

Ele sorriu para Dulce.