Fanfic: Fases da Lua | Tema: luan santana,luan,santana,fazenda,escreve ai
Luan some na escuridão ate que volta com algumas sacolas de coisas. Pietra come tudo que pode. Ele acompanha, mas sempre deixando o melhor para ela. Depois de lamber os dedos, Pietra olha no relógio e vê que muito tempo já passou. Apesar dela dormir bem tarde, não se sente muito a vontade em ficar até tarde com um homem que não é seu namorado.
– Eu acho que tenho que subir pro meu quarto... esta ficando tarde.
– Tarde? Hora dessas meu show ainda nem começou...
– Eu também não acho que esta tão tarde, mas acho melhor eu subir.
– É por causa do seu compromisso né... não quer ficar com outro cara ate tarde, não é mesmo?
– Não... não se ofenda. Eu sei que você não é nenhum tarado. – diz ficando em pé.
– Mas tem medo de mim. – diz olhando pra ela.
– Não...
– Então olha pra mim.
– Estou olhando, Luan. – diz olhando pra ele.
– Porque sente medo de mim?
– Não é medo de você. É... precaução.
– Precaução de que? – diz se levantando.
– De... deixa pra lá.
Pietra sai correndo e sobe as escadas, como quem foge de um perigo. Luan fica parado sem reação. Ele fica meio anestesiado e se deita no sofá, que tem uma visão direta da lua. Ele dorme.
Cerca de 2 horas depois, Luan se revira no sofá, abre a metade dos botões da camisa branca que usava, ele esta suando muito. De repente ele se senta assustado como quem consegue sair de um pesadelo.
– Meu Deus... o que esta acontecendo comigo? – diz após um respirar fundo.
Ele sente o corpo pegando fogo, e na mente passa e repassa o mesmo filme: Pietra. Ele se sente extremamente afetado por um desejo louco de ter aquela garota em seus braços. Seu corpo esta reagindo a cada pensamento de forma extrema. Ele sente vontade de subir e encontrar ela, mas naquela situação em que esta, ele a assustaria. Seu cabelo esta encharcado de suor.
Ele não pensa duas vezes, vai até o carro, pega sua mala de roupa, caça um banheiro, acha e toma um banho gelado. No banheiro é possível ver a lua gigante iluminando tudo. Ele sente que o desejo que arde, que corre em suas veias não passou nem com água gelada.
Sua vontade de invadir o quarto de Pietra é definitiva. É como um extinto animal, incontrolável. Ele tenta se segurar como um possuído que luta contra o demônio.
Luan se tremulo, sem controle. Ele reluta contra sua vontade, mas acaba indo até o quarto onde esta Pietra. Ele foi exatamente no quarto onde ela estava, como se tivesse farejado seu cheiro.
Ele bate a porta. Pietra que ainda estava acordada entra em um silencioso pânico, ele chama ela pelo nome, mas ela não consegue falar absolutamente nada. Esta em choque.
– Pietra... abre a porta. – diz ele ofegante.
– Meu Deus, o que ele quer? – sussurra Pietra.
– Abre a porta Pietra. Por favor...
– O que quer Luan? Esta com algum problema? – diz ela.
– Acho que sim. Se você não abrir essa porta acho que morro.
– Ahn? – diz ela abrindo a porta imediatamente.
Quando ela abre a porta, Luan agarra Pietra num abraço apertado, aconchegantemente apertado. Ela não consegue se desencaixar do corpo dele nem querendo.
– Luan, que isso? – diz ela sentindo a respiração dele no seu pescoço.
– Seu cheiro é tão bom... eu precisava disso. – diz cheirando o pescoço, o rosto, os cabelos de Pietra.
– O que esta acontecendo, isso esta estranho! Me solta! – diz juntando forças para afasta–lo. E consegue.
– Não me empurre... eu só quero sentir você.
– Não pode! Eu não posso! Eu namoro. Meu Deus que isso... você esta suado feito, parece arder em febre!
– Febre por você... eu preciso de você.
– Não se aproxima de mim garoto! – diz ameaçando ele com um pincel de maquiagem.
– Não nota que eu não tenho mais controle de mim? Isso é forte demais! Eu... preciso de você. Agora.
– Você esta estranho. Parece um lobo faminto!
– Eu estou faminto! Por você... seu gosto. Eu preciso sentir você!
– Se controla Luan! Eu vou buscar ajuda. Você não esta normal.
Em um lapso de consciência Luan começa a dizer coisas que começam a fazer sentido.
– Você esta certa! Corre! Mas corre de verdade, corre rápido! Pega meu carro, toma a chave! Foge!
Pietra sai correndo, ate encontrar o carro, a ultima vez que ela pegou um carro pra dirigir faz uns 3 anos. Ela não tem habilitação, mas consegue tirar o carro do lugar com um pouco de dificuldade. Ela sabe exatamente quem procurar, a cozinheira. Ela dirige ate achar a cabana de madeira que a velha mora, e chega fazendo gritaria.
– Raimunda!!! Raimunda!!! – diz dando socos na porta.
– Mas que diabos é isso menina? – diz a velha abrindo a porta.
– Pelo amor de Deus, porque isso tá acontecendo???
– Do que esta falando menina?
– Para de fazer de boba! Porque ele esta daquele jeito???
– Não sei do que esta falando!
– Velha bruxa! Eu sei bem que você sabe! O Luan, o cara que alugou a fazenda, tá tremendo, suando e querendo me agarrar! Ele esta sem controle!
– Ele foi o escolhido...
– Escolhido? Por quem?
– Pela Lua... a cada 21 anos isso acontece. Um dos homens das terras de seu futuro sogro, é escolhido pela Lua.
– Escolhido? Escolhido pra que???
– Pra fazer todos os sacrifícios necessários para purificar essa terra. Isso só acontece nas terras do pai do seu namorado.
– A lua escolheu o Luan para...
– Virar servo da Lua. Para garantir as próximas plantações. Luan se transformará em um lobo. Em um lobisomem.
– O que??? E o que acontece no final?
– Será morto pelos caçadores. Como todos foram. Essa é a única forma de parar esse ser, essa lenda, depois de transformado definitivamente em lobo.
– Não! Ele não tem culpa das loucuras dessa fazenda maldita. Ele não vai virar lobo! Tem que ter um jeito de impedir isso!
– Fique calma, pois tem um jeito. Um único jeito.
– Qual? Diz velha! Fala logo! – diz choaqualhando a pobre velha.
– Tire esse moço da cidade, e vai ter que obriga–lo a usar um amuleto no pescoço, pra sempre.
– Isso não parece tão difícil.
– Mas o amuleto terá que ser produzido ainda. Preciso de cabelo virgem e sangue de uma mulher que ainda não tenha sido mãe. A fabricação demora cerca de uma hora. Mas preciso dos ingredientes.
– Cabelo? De gente? Sangue? Isso é o que? Vudu?
– Olha menina, se não quer salvar seu amigo, deixa pra lá!
– Eu não só quero como tenho obrigação. Ele não pode pagar por isso.
– Então consiga os ingredientes. Isso vai virar um diamante vermelho. Vai garantir a proteção do rapaz onde ele estiver.
– Pode usar o meu cabelo... corte tudo que precisar, só peço que não corte mais que na altura do ombro. E sangue... pode tirar de mim. – diz chorando.
– Nossa, você realmente gosta desse homem. Deixe seu namorado saber disso.
– Namorado? Aquele idiota mal manda noticias. Pouco me importo agora. Provavelmente ele saiu da cidade com medo que fosse escolhido, igual o velho fez. Agora tudo faz sentido.
– De onde quer que eu tire o sangue?
– Pode ser do meu braço. Pra que essa faca?
– Pra isso! – diz passando a faca sem dó no braço de Pietra e aparando o sangue com uma vasilha pequena.
– Ahhhhhhh!!! Não pensei que fosse assim!!! Que dor!!! – diz a garota caindo ao chão de dor. Nisso a velha já se aproveita para cortar o cabelo de uma vez só.
A velha some para dentro de uma das peças da casa. Pietra chora muito. Uma hora depois, a velha aparece com uma pedra vermelha, um tipo de diamante mal polido.
– Tome o amuleto. E cuide desse braço. Agora vá. Salve seu amado. – diz a velha.
Pietra sai em silencio. Logo chega novamente a fazenda, onde esta Luan. Procura ele, ate que o acha caído na cozinha. Ela tenta acorda–lo, até que consegue. Ela nota que a pupila dos olhos dele, já não é mais a mesma. Tremula ela tenta conversar com ele.
– Luan... você tem que sair da cidade. Eu dirijo se for preciso, mas vamos cair fora daqui. Agora. E coloca isso... deixa que eu coloco em você. – diz colocando ao redor do pescoço dele o amuleto.
– O seu cabelo... o que aconteceu? – diz ele com a voz fraca.
– Eu tive que fazer algumas coisas pra te salvar... depois eu explico.
– Seu braço... machucou?
– Não se preocupe. Vamos embora. Levanta.
– Estou cansado... cansado de me controlar.
– Para de insistir nisso, não vou me aproveitar dessa situação.
– Se aproveita de mim então.
– Ei, colabora né. Levanta.
– Estou esgotado.
– O que você fez afinal pra ficar acabado assim?
– Nem queira saber. – diz ele sorrindo.
Autor(a): Lost Angel
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Ela arqueia a sobrancelha ao imaginar do que se trata, mas decide ajuda–lo a se levantar. Ela leva ele até o carro com dificuldades, e dirige sem parar. Quanto mais distante, mais Luan se recupera. Ele dorme. Ela não dorme, vira a noite, e logo começa amanhecer. Eles chegam na cidade que é a capital do estado. No raiar do sol, Luan acorda e ...
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