Fanfics Brasil - Fase IV Fases da Lua

Fanfic: Fases da Lua | Tema: luan santana,luan,santana,fazenda,escreve ai


Capítulo: Fase IV

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Luan some na escuridão ate que volta com algumas sacolas de coisas. Pietra come tudo que pode. Ele acompanha, mas sempre deixando o melhor para ela. Depois de lamber os dedos, Pietra olha no relógio e vê que muito tempo já passou. Apesar dela dormir bem tarde, não se sente muito a vontade em ficar até tarde com um homem que não é seu namorado.


– Eu acho que tenho que subir pro meu quarto... esta ficando tarde.


– Tarde? Hora dessas meu show ainda nem começou...


– Eu também não acho que esta tão tarde, mas acho melhor eu subir.


– É por causa do seu compromisso né... não quer ficar com outro cara ate tarde, não é mesmo?


– Não... não se ofenda. Eu sei que você não é nenhum tarado. – diz ficando em pé.


– Mas tem medo de mim. – diz olhando pra ela.


– Não...


– Então olha pra mim.


– Estou olhando, Luan. – diz olhando pra ele.


– Porque sente medo de mim?


– Não é medo de você. É... precaução.


– Precaução de que? – diz se levantando.


– De... deixa pra lá.


 


Pietra sai correndo e sobe as escadas, como quem foge de um perigo. Luan fica parado sem reação. Ele fica meio anestesiado e se deita no sofá, que tem uma visão direta da lua. Ele dorme.


Cerca de 2 horas depois, Luan se revira no sofá, abre a metade dos botões da camisa branca que usava, ele esta suando muito. De repente ele se senta assustado como quem consegue sair de um pesadelo.


– Meu Deus... o que esta acontecendo comigo? – diz após um respirar fundo.


Ele sente o corpo pegando fogo, e na mente passa e repassa o mesmo filme: Pietra. Ele se sente extremamente afetado por um desejo louco de ter aquela garota em seus braços. Seu corpo esta reagindo a cada pensamento de forma extrema. Ele sente vontade de subir e encontrar ela, mas naquela situação em que esta, ele a assustaria. Seu cabelo esta encharcado de suor.


Ele não pensa duas vezes, vai até o carro, pega sua mala de roupa, caça um banheiro, acha e toma um banho gelado. No banheiro é possível ver a lua gigante iluminando tudo. Ele sente que o desejo que arde, que corre em suas veias não passou nem com água gelada.


Sua vontade de invadir o quarto de Pietra é definitiva. É como um extinto animal, incontrolável. Ele tenta se segurar como um possuído que luta contra o demônio.


Luan se tremulo, sem controle. Ele reluta contra sua vontade, mas acaba indo até o quarto onde esta Pietra. Ele foi exatamente no quarto onde ela estava, como se tivesse farejado seu cheiro.


Ele bate a porta. Pietra que ainda estava acordada entra em um silencioso pânico, ele chama ela pelo nome, mas ela não consegue falar absolutamente nada. Esta em choque.


– Pietra... abre a porta. – diz ele ofegante.


– Meu Deus, o que ele quer? – sussurra Pietra.


– Abre a porta Pietra. Por favor...


– O que quer Luan? Esta com algum problema? – diz ela.


– Acho que sim. Se você não abrir essa porta acho que morro.


– Ahn? – diz ela abrindo a porta imediatamente.


 


Quando ela abre a porta, Luan agarra Pietra num abraço apertado, aconchegantemente apertado. Ela não consegue se desencaixar do corpo dele nem querendo.


– Luan, que isso? – diz ela sentindo a respiração dele no seu pescoço.


– Seu cheiro é tão bom... eu precisava disso. – diz cheirando o pescoço, o rosto, os cabelos de Pietra.


– O que esta acontecendo, isso esta estranho! Me solta!  – diz juntando forças para afasta–lo. E consegue.


– Não me empurre... eu só quero sentir você.


– Não pode! Eu não posso! Eu namoro. Meu Deus que isso... você esta suado feito, parece arder em febre!


– Febre por você... eu preciso de você.


– Não se aproxima de mim garoto! – diz ameaçando ele com um pincel de maquiagem.


– Não nota que eu não tenho mais controle de mim? Isso é forte demais! Eu... preciso de você. Agora.


– Você esta estranho. Parece um lobo faminto!


– Eu estou faminto! Por você... seu gosto. Eu preciso sentir você!


– Se controla Luan! Eu vou buscar ajuda. Você não esta normal.


Em um lapso de consciência Luan começa a dizer coisas que começam a fazer sentido.


– Você esta certa! Corre! Mas corre de verdade, corre rápido! Pega meu carro, toma a chave! Foge! 


 


Pietra sai correndo, ate encontrar o carro, a ultima vez que ela pegou um carro pra dirigir faz uns 3 anos. Ela não tem habilitação, mas consegue tirar o carro do lugar com um pouco de dificuldade. Ela sabe exatamente quem procurar, a cozinheira. Ela dirige ate achar a cabana de madeira que a velha mora, e chega fazendo gritaria.


– Raimunda!!! Raimunda!!! – diz dando socos na porta.


– Mas que diabos é isso menina? – diz a velha abrindo a porta.


– Pelo amor de Deus, porque isso tá acontecendo???


– Do que esta falando menina?


– Para de fazer de boba! Porque ele esta daquele jeito???


– Não sei do que esta falando!


– Velha bruxa! Eu sei bem que você sabe! O Luan, o cara que alugou a fazenda, tá tremendo, suando e querendo me agarrar! Ele esta sem controle!


– Ele foi o escolhido...


– Escolhido? Por quem?


– Pela Lua... a cada 21 anos isso acontece. Um dos homens das terras de seu futuro sogro, é escolhido pela Lua.


– Escolhido? Escolhido pra que???


– Pra fazer todos os sacrifícios necessários para purificar essa terra. Isso só acontece nas terras do pai do seu namorado.


– A lua escolheu o Luan para...


– Virar servo da Lua. Para garantir as próximas plantações. Luan se transformará em um lobo. Em um lobisomem.


– O que??? E o que acontece no final?


– Será morto pelos caçadores. Como todos foram. Essa é a única forma de parar esse ser, essa lenda, depois de transformado definitivamente em lobo.


– Não! Ele não tem culpa das loucuras dessa fazenda maldita. Ele não vai virar lobo! Tem que ter um jeito de impedir isso!


– Fique calma, pois tem um jeito. Um único jeito.


– Qual? Diz velha! Fala logo! – diz choaqualhando a pobre velha.


– Tire esse moço da cidade, e vai ter que obriga–lo a usar um amuleto no pescoço, pra sempre.


– Isso não parece tão difícil.


– Mas o amuleto terá que ser produzido ainda. Preciso de  cabelo virgem e sangue de uma mulher que ainda não tenha sido mãe. A fabricação demora cerca de uma hora. Mas preciso dos ingredientes.


– Cabelo? De gente? Sangue? Isso é o que? Vudu?


– Olha menina, se não quer salvar seu amigo, deixa pra lá!


– Eu não só quero como tenho obrigação. Ele não pode pagar por isso.


– Então consiga os ingredientes. Isso vai virar um diamante vermelho. Vai garantir a proteção do rapaz onde ele estiver.


– Pode usar o meu cabelo... corte tudo que precisar, só peço que não corte mais que na altura do ombro. E sangue... pode tirar de mim. – diz chorando.


– Nossa, você realmente gosta desse homem. Deixe seu namorado saber disso.


– Namorado? Aquele idiota mal manda noticias. Pouco me importo agora. Provavelmente ele saiu da cidade com medo que fosse escolhido, igual o velho fez. Agora tudo faz sentido.


– De onde quer que eu tire o sangue?


– Pode ser do meu braço. Pra que essa faca?


– Pra isso! – diz passando a faca sem dó no braço de Pietra e aparando o sangue com uma vasilha pequena.


– Ahhhhhhh!!! Não pensei que fosse assim!!! Que dor!!! – diz a garota caindo ao chão de dor. Nisso a velha já se aproveita para cortar o cabelo de uma vez só.


A velha some para dentro de uma  das peças da casa. Pietra chora muito. Uma hora depois, a velha aparece com uma pedra vermelha, um tipo de diamante mal polido.


– Tome o amuleto. E cuide desse braço. Agora vá. Salve seu amado. – diz a velha.


Pietra sai em silencio. Logo chega novamente a fazenda, onde esta Luan. Procura ele, ate que o acha caído na cozinha. Ela tenta acorda–lo, até que consegue. Ela nota que a pupila dos olhos dele, já não é mais a mesma. Tremula ela tenta conversar com ele.


– Luan... você tem que sair da cidade. Eu dirijo se for preciso, mas vamos cair fora daqui. Agora. E coloca isso... deixa que eu coloco em você. – diz colocando ao redor do pescoço dele o amuleto.


– O seu cabelo... o que aconteceu? – diz ele com a voz fraca.


– Eu tive que fazer algumas coisas pra te salvar... depois eu explico.


– Seu braço... machucou?


– Não se preocupe. Vamos embora. Levanta.


– Estou cansado... cansado de me controlar.


– Para de insistir nisso, não vou me aproveitar dessa situação.


– Se aproveita de mim então.


– Ei, colabora né. Levanta.


– Estou esgotado.


– O que você fez afinal pra ficar acabado assim?


– Nem queira saber. – diz ele sorrindo.


 



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Autor(a): Lost Angel

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Ela arqueia a sobrancelha ao imaginar do que se trata, mas decide ajuda–lo a se levantar. Ela leva ele até o carro com dificuldades, e dirige sem parar. Quanto mais distante, mais Luan se recupera. Ele dorme. Ela não dorme, vira a noite, e logo começa amanhecer. Eles chegam na cidade que é a capital do estado. No raiar do sol, Luan acorda e ...


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