Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Como se houvesse sentido seus olhos cravados nele, Poncho se deu a volta antes de entrar no Nugget.

-Te danificou o carro?

-Decidi vir andando.

-Mas estamos em junho!

-Já me dei conta. Tenho que admitir que tenho um pouco de calor.

Ao aproximar-se, Anny cheirou sua loção de barbear e viu que não tinha barba. Por algum motivo, o fato de que se barbeou para lhe produziu um comichão no estômago.

Poncho a olhou de cima abaixo depois dos óculos e sacudiu a cabeça.

-Pensei que te tinha ensinado algo. Agora, depois do passeio, esse ar condicionado gelado te sentará fatal.

-Por Deus! Parece minha mãe. Não poderia ao menos haver dito que fica bem este vestido? Pus-me isso porque sei que você gosta das margaridas.

-O vestido está muito bem. Mas vais pegar um resfriado.

Cada vez mais irritada, compreendeu que em segredo tinha esperado a típica reação dos filmes quando uma garota que é um pouco muito chique aparece com um vestido.

Poncho abriu a porta para ela e as campainhas soaram.

-Olhe, se for manter essa atitude, possivelmente seja melhor que nos esqueçamos do assunto.

-E então o que?

-Olha, vós dois! Não queremos refrigerar a todo o povo. -gritou Janice, a garçonete que levava toda a vida trabalhando no Nugget.

Poncho deixou que a porta se deslizasse e se deu a volta para Anny com expressão impassível.

-O que fazemos?

Ela não queria abandonar seu plano. Necessitava a Poncho e, além disso, ele se tinha arrumado e tomado banho para o jantar.

-Vamos comer um pouco de cilindro de carne.

Poncho manteve a porta aberta para ela pela segunda vez e tentou não aspirar seu aroma ao passar.

Quando a tinha visto chegar com aquele coquete vestido de flores, quase lhe tinha secado a garganta. Então, ela se tinha aproximado o suficiente para poder ver a transpiração em seu decote, justo onde descansava a pérola.

Tinha tido que fazer um esforço por não agachar-se a lamber a umidade que desaparecia no vale de seus seios. Devia ter perdido a cabeça!

Aquelas fantasias não foram com Anny, a garota que montava a bicicleta sem mãos pela Colina Suicida ou atirava a bola de beisebol com tal força que lhe machucou na mão. Mas essa garota era uma mulher agora!

Já não podia ignorar a verdade por mais tempo.

Fixou-se alguma vez nisso, como a primeira vez que a tinha visto em biquíni e tinha notado que enchia as taças do prendedor. E a vez do baile em que tinha estado a ponto de beijá-la, mas tinha recuperado a razão antes de cometer uma estupidez.

Seguiu-a ao interior do restaurante até o fundo, o sítio que sempre ocupavam no Nugget. Pelo caminho conseguiu devolver as saudações de gente a que conhecia de toda a vida, mas toda sua atenção estava cravada na forma em que os quadris do Anny rebolavam sob o tecido de margaridas.

O vestido se grampeava nas costas e se imaginou que não levaria mais que uma calçinha debaixo.

Maldição! Tinha que, deixar de pensar daquela maneira.