Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

A idéia lhe esticou o corpo e sentiu uma palpitação que não tinha nada que ver com a amizade.

-Tem razão. -disse.

-Vamos sair daqui.

-E o que passa com seu jantar?

-A verdade é que não tinha fome, mas se quiser, podemos lhe pedir ao Janice que nos guarde isso em um recipiente.

-Não te incomode. Não durará com este calor.

Poncho tirou a carteira do bolso traseiro ao mesmo tempo que Anny abria a bolsa.

-Guarda o dinheiro, Anny.

-Mas sempre pagamos pela metade.

-Novo jogo, novas regras. É nosso encontro e o jantar corre de minha conta.

O gesto gostou mais do que se atrevia a admitir.

-Não te está tomando isto um pouco literalmente?

-Esperaria que qualquer homem em minha posição tivesse a cortesia de te convidar para jantar. E pagasse como expressão de gratidão.

Anny ficou sem fôlego ante aquela galanteria. Não se surpreendia por que as mulheres caíssem rendidas a seus pés. Ela nunca o tinha entendido, mas também era certo que nunca tinha desdobrado todo seu encanto com ela.

Janice se aproximou deles.

-Vão tão logo? -então olhou os pratos com surpresa-. Algo mau com o cilindro de carne?

-Não. -disse Anny -Nós...

-Meu deus, está toda sufocada. -Janice lhe tocou a bochecha. -Menina, está febril. Seguro que vai pegar a gripe.

-Isso acredito eu. -interveio Poncho. -Por isso decidimos ir.

-Meu Steve a pegou a semana passada. Qualquer pensaria que um micróbio não pode sobreviver com este calor, mas há uma boa epidemia. O melhor será que te meta na cama.

Anny sentiu mais ardor na cara e não se atreveu a olhar ao Poncho.

-Olha! -exclamou Janice-. Está ardendo! Será melhor que a leve a casa. Venha, parte já.

Embora Anny tivesse querido sair correndo, obrigou-se a caminhar como uma doente ao preceder ao Poncho para a entrada. Saíram entre um coro de bons desejos de outros comensais.

Poncho a ajudou a subir à caminhonete.

-Bom, ao menos não suspeitaram nada. Não podemos seguir com isto. Muito em breve, todo mundo no povo saberá que me levou a casa do Nugget e...

-E o que? -arrancou e conectou o ar condicionado. -Não suspeitam o mais mínimo. É sua consciência de culpabilidade.

-Está seguro?

-Por completo.

Mantém a frieza, disse-se Poncho a si mesmo. Supunha-se que ele era o perito.

Apertava o volante com bastante força, Anny não notaria que lhe estavam tremendo as mãos. E se notava que estava suando jogaria a culpa à temperatura.

Mas no que se colocou? Todo seu mundo estava transtornado.