Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Anny desabotoou o cinto de segurança.

-Suponho que será melhor que me esconda no chão da cabine agora.

-Espera um minuto. Isso está muito sujo. Manchará-te o vestido. -abriu sua porta e saiu fora a tirar uma manta que sempre guardava depois do assento. -Ponha isto primeiro.

-Lembro-me desta manta! Era a que usávamos para fazer a loja em seu jardim!

-Sim, é a mesma.

Anny a estendeu a seus pés.

-É como encontrar a um velho amigo. E segue tão azul e suave, embora o bordo está um pouco desgastado. Para que a usa agora?

-Hum... para coisas diferentes.

De repente não queria lhe contar que tinha durmido com várias garotas sobre aquela manta. Guardava-a sempre na caminhonete se por acaso o tempo era bom e a mulher estava desejosa.

E agora, por muito tolo que parecesse, parecia-lhe uma traição a Anny havê-la usado daquela maneira.

Ela o olhou com intensidade.

-Não se preocupe, Poncho. Já sei que estiveste com muitas mulheres.

Ele se agitou no assento.

-Eu não diria tanto.

-Pois então meus irmãos devem estar mentindo. Segundo eles, deitaste-te com mais mulheres que...

-Importa isso?

Poncho não estava gostando do roteiro daquela conversação.

-Suponho que não. Em certo modo, é uma vantagem. Assim terá muita experiência, ou seja que suponho que saberá o que terá que fazer.

-E se não sei, você poderá me ensinar.

Ela o olhou com os olhos entrecerrados.

-Você não gosta de muito a idéia, verdade, Poncho?

Maldição, Anny podia ler em sua mente como em um livro aberto. Era a única mulher que tinha podido fazer aquilo em toda sua vida.

-Não, sempre estou aberto às coisas novas!

-Eu te conheço bem. Sei que é dos que gostam de ter todas as respostas..

-Isso não é verdade. Posso aceitar uma sugestão tão bem como qualquer.

-Todos os peritos asseguram que o sexo é um tema muito sensível, sobre tudo para os homens. Possivelmente seja melhor que não mencione algumas das coisas que aprendi. Não queria te complexar.

Aquilo lhe tocou uma fibra sensível.

-Me complexar? Maldição, pode fazer todas as sugestões que queira. Meu ego poderá aceitá-lo!

-Vê-o? Já está zangado.

-Não estou zangado.

Anny sempre parecia saber quando deixar de discutir e só o olhou em silêncio.

Por fim, ele esboçou um tímido sorriso.

-De acordo, sinto-me um pouco intimidado.

-Você não gostaria de aprender mais se pudesse?

-Sim. Só um tolo não quereria.

-Bem. -Anny parecia extremamente satisfeita de si mesma -Então, eu poderei contribuir a algo, depois de tudo.

Aquilo lhe fez sorrir.

-Cree que a melhor contribuição que vais fazer vai ser a de um livro?

Ela se ruborizou como um tomate.

-Bom, suponho que não.

-Eu tampouco acredito.

Ela o olhou um momento antes de desviar a vista turvada.

-Estou assustada, Poncho.