Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

-Inclusive comigo?

Ela assentiu.

-Especialmente contigo. Sei que tem um nível muito alto. E se te desepciono

Ele se estirou e lhe agarrou a mão. Mas foi diferente que qualquer outra vez que lhe tivesse tomado a mão. Esperou até que ela o voltou a olhar.

-Não há possibilidade de que me descepcione.

A insegurança apareceu nos olhos azuis dela.

-Obrigado.

Poncho lhe apertou a mão e a soltou.

-Estamo-nos pondo nervosos aqui sentados falando disso. Será melhor que vamos antes de que comecemos aqui mesmo.

-Pode que tenha razão. Lá vou. -deu-se a volta e começou a agachar-se para poder encaixar no chão. -Joga uma olhada e te assegure de que não nos viu ninguém.

Poncho olhou a seu redor.

-Não vejo ninguém. A maioria da gente deve estar jantando, não vimos o tempo passar já é noite.

Anny se acomodou na manta azul.

-Adiante, vaqueiro.

E assim começou. Poncho inspirou com força e colocou a marcha atrás.

Fazia muitas coisas selvagens em sua vida, mas essa vez esperava não ter mordido mais do que poderia tragar.

Ajoelhada na manta do chão, Anny se sentia mais selvagem e louca que em muitos anos. Tinha desenvolvido o gosto pela aventura à força de jogar com seus irmãos e com o Poncho e ultimamente tinha sentido falta da adrenalina.

Apoiou os braços no assento e a cabeça neles. Tinha duas opções, ou olhar à porta ou à coxa do Poncho a sua direita. Com a sensação de aventura que a embargava, olhou à direita.

A musculosa perna do Poncho se flexionou ao apertar o acelerador fazendo que o tecido de seu jeans se apertasse de forma tentadora justo ao lado estava o bordo da cremalheira.

Acelerou-lhe o pulso ao contemplar as conseqüências de sua decisão. É obvio se descobriam que não pareciam um para o outro, teria que interromper todo o programa.

Poncho conectou a rádio e uma suave música country alagou a cabine. Anny tinha ido centenas de vezes com ele escutando música e inclusive cantando-a a todo volume para despertar aos vizinhos quando eram adolescentes. Agora compreendia que se encontrava sempre mais viva ao lado do Poncho.

-Vamos entrar em uma estrada de terra em um momento. -advertiu Poncho. -Assim que tenhamos saído dela, provavelmente possa te sentar outra vez.

-Aonde vamos?

-A uma pequena estrada que descobri faz um par de anos. Vai até o bordo de uma pequena meseta onde há uma vista maravilhosa do pico Anvil. Aqui chega o cruzamento.

Apertou o freio e o tecido da calça se esticou de novo.

Contemplar Poncho conduzir, desde aquele ponto de vista avantajado era uma experiência bastante erótica, decidiu Anny.

Poncho sujeitou o volante com uma mão e a Anny pelo ombro com a outra enquanto olhava para trás. Quando apartou a mão, ela desejou que não o tivesse feito. Possivelmente seu abraço não fora a lhe resultar tão inquietante como tinha temido.