Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Anny se umedeceu ao imaginá-lo.

-Não sei se poderei esperar até na quinta-feira de noite.

-Eu tampouco. Mas não o quero destruir tudo. Enquanto isso...

Inclinou-se e a beijou com fera posse na boca.

-Vejo-te no curral às sete e meia na quinta-feira de noite. -murmurou contra seus lábios.

-Farei-o.

Poncho se levantou apesar de seu intento por retê-lo e olhou a seu redor.

-Suponho que terá que trocar isto se por acaso aparece alguém de sua família.

-Suponho que sim, mas o instalarei outra vez se quiser.

-Oh, claro que quero! Temos um assunto pendente nesse quarto, um pouco relacionado com lenços de seda e luvas de pele.

Anny se estava voltando louca de desejo.

-Poncho, se conduzisse a caminhonete até o bar e voltasse, possivelmente...

-Não. -agarrou o pomo da porta antes de ceder à debilidade. -É melhor que vá. Tampouco quero que ninguém saiba que deixei a caminhonete toda a noite ao lado do bar. E pode que me veja alguém abandonar sua casa ao amanhecer. Se de verdade queremos manter isto em segredo todo o verão, será melhor que tomemos cuidado.

Ela suspirou.

-Suponho que tem razão.

-Não a tenho sempre?

-Não, não a tem, homem arrogante!

Riu e lhe lançou uma almofada, que ele apanhou com uma só mão.

-Perdeste pontaria, Anny. Deve estar destreinada. Quando foi a última vez que lançaste uma bola de beisebol?

-Não sei. Quer que pratiquemos na quinta-feira de noite em vez de ir para o rio?

-Não!

-Então sai daqui. Tenho mais que ler.

O comentário produziu o efeito desejado e fez que Poncho lhe inflamassem os olhos de desejo.

-De verdade que sabe como agarrar a um homem.

-Prometo-te te contar tudo o que leia.

Poncho esboçou um sorriso.

-Ah, de passagem, parabéns por seu novo estado.

-Obrigado. Acredito que vou gostar.

-Eu sei que a mim sim. Este é com diferença o melhor projeto do verão de toda sua vida.

Com uma piscada desapareceu no corredor.

Anny ouviu fechá-lo a porta principal. Então, levantou-se, colocou uma bata e se aproximou do corredor. Possivelmente trocasse de idéia e voltasse com tanta necessidade de amá-la como ela tinha dele.

Mas o ruído do motor se foi afastando ao mesmo tempo que seus faróis se desvaneceram pelo caminho.

Logo que podia suportar que se foi.

Tinha-a levado da inocência ao conhecimento e agora lhe desejava tanto, que era como uma obsessão. Possivelmente tivesse sentido o mesmo por qualquer homem que a tivesse desflorado, mas o duvidava.

Por uma parte, nenhum outro homem a tivesse conhecido o suficiente para fazer que aquela experiência fora tão cegadora.

Nenhum outro homem tivesse tido a ternura e carinho que Poncho tinha mostrado em cada passado do caminho.

E ela não se podia imaginar a outro homem mais belo no ato de fazer o amor.

E enquanto estava ali de pé escutando se desvanecia por fim o som do motor descobriu a debilidade fatal de seu plano. Se não podia suportar que se fora depois de passar uma noite fazendo o amor com ele, em que estado ficaria quando o verão chegasse seu fim?