Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

O verão passou com muita rapidez para o gosto de Anny. Por cada forma criativa de fazer o amor que a ela lhe ocorria, Poncho aparecia com uma própria.

Anny sugeriu ficarem um dia em Phoenix onde ninguém os conhecia e se passaram o dia inteiro na cama de um motel. A seguinte vez, Poncho a levou no avião de pequeno porte ao Flagstaff, onde seguiram o arroio de uma montanha e fizeram o amor em um campo cheio de margaridas sob o brilhante céu azul.

As intensas horas que passava com o Poncho pareciam pintadas de brilhantes cores enquanto que o resto de suas atividades rotineiras se fazia cinza.

Nem sequer os planos da festa de seus pais lhe pareciam muito reais, porque não podia lhes contar a seus entes queridos o mais importante e significativo que lhe tinha passado esse verão, que se tinha apaixonado perdidamente por Poncho.

E desejava contar-lhe ao mundo inteiro. Sobre tudo morria por confiar em sua mãe e poder falar do Poncho diante de suas cunhadas como elas falavam de seus maridos.

Poncho parecia tão envolto com ela como ela com ele, mas nenhuma palavra de compromisso tinha saído de sua boca. Durante os ardentes dias compartilharam tudo, menos um futuro.

E embora compartilhar o segredo com Poncho lhe tinha parecido essencial ao princípio, agora estava farta. Mas a menos que ele aceitasse, não podia contar-lhe a ninguém.

E isso lhe doía na alma.

Por volta da primeira semana de agosto, Poncho tinha chegado à dolorosa conclusão de que devia romper com Anny. Deveria ter acabado sua relação muito antes, de fato.

Era evidente que ele era bom para a cama, mas não o bastante bom como para que Anny considerasse trocar seus planos profissionais nem para que o mundo soubesse sua relação.

Tinha tentado ver se sua decisão de ir-se vacilava, mas não tinha notado nenhum sinal.

Enquanto se dirigia a sua casa para outra noite de paixão, amaldiçoou entre dentes. Se não podia considerar o sexo com ele como uma rápida queda no feno, seria melhor acabar quanto antes.

De fato, isso seria o que faria. E essa mesma noite.

Não faria o amor com ela apesar do que lhe custasse. Sua prudência estava em jogo. Entraria em sua casa e lhe diria que aquela atividade lhe estava roubando muito tempo e tinha que ficar ao dia com os papéis do rancho, o que em parte era certo.

Chegou ao único semáforo do povo quando ficou vermelho e, a pesar do ser o único carro em chegar ao cruzamento, deteve-se. Enquanto esperava pelo verde, uma buzina apitou atrás dele.

Ao olhar pelo retrovisor viu o Ucker com o Eddy. Poncho elevou a mão para saudá-los e Ucker saiu da caminhonete e se aproximou do guichê do Poncho.

-Tudo bem? -saudou Poncho ao baixar o cristal.

-Dulce e Zoraida se foram ao cinema e Eddy e eu gostariamos de jogar uma partida de dardos. O que diz?

Poncho vacilou só um segundo. Se tinha algum lugar a ir custaria menos acabar com Anny.

-De acordo, mas tenho que ir a casa de Anny uns minutos, assim estarei ali em uma meia hora.

-Estupendo. Já está verde.

Poncho arrancou e pensou que o destino devia ter chegado em forma do Ucker e Eddy. Se acabava com Anny essa noite, seus irmãos nunca descobririam as atividades que tinham tido lugar diante de seus narizes.

E ela também necessitaria um tempo para recuperar-se antes de ir a Nova Iorque. Podia não dar-se conta ainda, mas também o passaria mal tentando esquecer o que tinham compartilhado esse verão.