Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

-Até fim. -exclamou sua mãe com um suspiro.

Poncho a olhou com surpresa.

-O que quer dizer?

-Sua mãe esteve morta de preocupação por ti desde que Anny se foi. E eu também um pouco, devo admitir. Estiveste te comportando como um robô, como se tivesse perdido a seu melhor amigo, que suponho que é o que passou.

Poncho sentiu ardor no pescoço.

Tinha estado tão absorto em si mesmo utimamente, que não se deu conta de que seu estado de ânimo tinha afetado a seus pais.

-Sinto ter estado insuportável.

-Estiveste. -admitiu seu pai.

-Não, não o foi, Armando. -Ruth dirigiu a seu marido um olhar de advertência. -Esteve um pouco sombrio, isso é tudo.

-Para mim é o mesmo. -disse seu pai.

-Estou de acordo. -aceitou Poncho -Mas estou a ponto de sê-lo mais. -inspirou com força -Sei que os dois trabalharam muito para levantar este rancho todos estes anos.

-Foi um trabalho por amor -disse Ruth.

Não o estava pondo fácil.

Poncho se esclareceu garganta.

-Agradeço-lhes o que têm feito e sei que o objetivo era me passar o rancho algum dia, mas...

-Não o quer. -terminou seu pai por ele.

Poncho olhou a seu pai nos olhos e sua resolução quase se derrubou ao ver a grande decepção em seu olhar.

-Poderia, -disse com suavidade -com o tempo, quando me tiver tirado esta ansiedade por percorrer mundo. Esta noite, comecei a compreender quão bonito é, mas agora mesmo para mim é como um elefante sentado em meu peito e me afogando.

-Quer ir a Nova Iorque, verdade? -perguntou sua mãe em voz baixa.

-Possivelmente.

Certamente que queria.

Não se tinha permitido a si mesmo seguir aquele roteiro em seus planos, mas agora que sua mãe tinha posto a idéia em palavras, soube imediatamente que começaria por Nova Iorque, embora não sabia como encontraria Anny.

-E que diabos faria em Nova Iorque?

O tom de seu pai traía a profundidade de sua decepção.

-Não estou seguro. Provavelmente tentaria encontrar um trabalho em alguma pequena companhia aérea ou em algum aeroporto. Já sabe que eu adoro os aeroplanos, papai. Sempre me gostaram.

-Já tem um maldito aeroplano! Pode voar com ele tudo o que queira!

-Armando! -Ruth apoiou uma mão no braço de seu marido -Essa não é a questão. Quer voar por sua conta como tem feito Anny. Além disso, a sente falta como um louco. Não sei se será algo mais que amizade, embora esteja começando a acreditar que sim. -olhou a Poncho -Não quis me entremeter, mas tive a forte sensação de que Anny e você transpassaram as fronteiras da amizade este verão. E Marichello também crê.