Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

-Estiveste falando com a mãe de Anny disso?

Poncho sentiu um forte ardor no rosto.

-Para ser sincera, muita gente do povo tinha suas suspeitas. Perguntavamo-nos se Anny decidiria ficar em casa depois de tudo. E quando se foi, senti-o muito por ti.

-Sabia. -Armando atirou o guardanapo na mesa e apartou a cadeira -Isto era tudo por uma mulher. Se Anny tivesse tido o bom julgamento de ficar no Coppervile, poderiam ter se casado e não estaria comparando o rancho com um maldito elefante.

-Não jogue a culpa em Anny! -em sua agitação, Poncho se levantou -Sempre senti o mesmo. Os dois o havemos sentido, Anny e eu. Passavamo-nos horas desde pequenos falando dos lugares que veríamos e das coisas tão excitantes que faríamos assim que fôssemos de Copperville.

-Muitos pirralhos falam assim, mas depois se fazem maiores e se dão conta de que o que têm aqui é muito melhor que o que possam encontrar por aí fora.

Poncho olhou a seu pai e tentou ficar em sua pele.

Depois de quase trinta anos de trabalhar por criar uma herança para seu filho, agora aquele filho rechaçava seu legado. E Poncho odiava machucar seu pai.

-Pode ser que seja melhor, papai, mas nunca o apreciarei se não ver algo do resto do mundo.

-É obvio que deve. -interveio sua mãe.

-Então possivelmente deveríamos vender o rancho já. -disse Armando -Não vale a pena nos matar a trabalhar se não o vamos passar a ninguém..

-Oh, Armando! Por Deus bendito! -Ruth parecia zangada -Esquece seu orgulho ferido por um minuto e escuta o que seu filho está dizendo. Necessita tempo para explorar o mundo. E precisa estar com a mulher a que...

A Poncho isso lhe fez um nó em à garganta.

-Mamãe, não tire conclusões tão pre...

-Tiro as conclusões que eu queira, muito obrigado. -olhou-o zangada -E Anny sente o mesmo por ti, a menos que esteja muito equivocada. E também acredito que os dois terão saudades e em seguida voltarão à Copperville e criarão a seus filhos aqui.

-Filhos? -Poncho quase se engasgou -Quão último sei é que Anny não tinha nenhuma intenção de casar-se, quanto menos de ter meninos. Acredito que esta vez te equivocaste um pouco.

Sua mãe sorriu.

-Não, eu acredito que é você o que se equivocou. Vai a Nova Iorque e faça essas perguntas. Olhe-a e ver que respostas te dá. -Ruth olhou para seu marido -Quão único precisamos é contratar a alguém uma temporada até que estes dois voltem para casa.

Armando franziu-lhe cenho.

-E se não voltarem? Então tudo será para nada.

-Isso é a maior tolice que te ouvi dizer Armando. Nada? Este rancho foi o sonho de sua vida. Esperava poder deixar a seu filho, mas também o queria para ti mesmo. Passaste maravilhas vivendo a vida do rancho e não te atreva a dizer que só estava fazendo um sacrifício por seu filho.

Pouco a pouco, a expressão de Armando foi suavizando-se.

-Suponho que tem razão, Ruth. A verdade é que não imagino outro lugar para viver. Por isso não posso entender que alguém em seu são julgamento queira ir-se viver a esse ninho de ratos que é Nova Iorque.

-Cada pessoa é diferente, mas estes dois voltarão, já o veras.

-Mamãe, não posso fazer nenhuma promessa.

Mas Poncho não pôde evitar baralhar umas poucas fantasias.

Possivelmente poderia ter tudo, uns quantos anos de aventuras com Anny e uma família e a segurança ali em Coppervile com a única mulher a que queria.

Mas Anny poderia não lhe interessar aquele plano. Depois de tudo, havia-lhe devolvido o pendente.

-Não tem que nos fazer nenhuma promessa. -disse sua mãe -Mas suponho que terá que fazer alguma a Anny.