Fanfic: Pura Tentação *AyA*Ponny* | Tema: Ponny,AyA

Saiu correndo à porta, abriu e deu um pulo.

Poncho ia disfarçado de sheik do deserto, com roupas de ricos tecidos e um turbante branco com um adorno de ouro na cabeça. Quando a viu, ele também ficou com a boca aberta.

-Uau! Esta telepatia já é de assustar.

-Sim. -disse ela sem deixar de olhá-lo com o coração desbocado -Dá um medo mortal.

-Vai a alguma festa?

-Não. Bom, possivelmente. Convidaram a uma e estava tentando decidir se queria ir ou não, assim que me pus a fantasia para ver se podia levá-lo. -tragou saliva -Mas não posso. Bom, passa. Tem bagagem? Quanto tempo vais ficar te? Quando há...?

-Não trouxe bagagem. Deixei-o no hotel.

As esperanças de Anny caíram pelo chão.

-Ho... hotel? Ou seja que não vai ficar... comigo?

Poncho entrou e fechou a porta atrás dele entre o rangido dos tecidos. Então, deu-se a volta para olhá-la.

-Não queria te impor minha presença. Suponho que terá uma vida bastante agitada e que lhe estarão acontecendo todo tipo de coisas.

Ou seja que só tinha ido de visita, pensou com uma profunda decepção.

-Bom, é obvio eu adorarei estar contigo. Se me houvesse dito que vinha, poderia havê-lo arrumado para tomar um par de dias livres, mas agora, com tão pouca antecipação, não estou segura.

Poncho agitou uma mão como se não lhe importasse.

-Não quero que interrompa seu trabalho por mim. -vacilou -Disse que lhe tinham convidado a uma festa. -sua voz se fez rouca -Tem algum encontro?

Por um momento considerou lhe mentir, mas não o tinha feito nunca com Poncho e não ia começar agora.

-Não. É de gente de meu trabalho. Não é nenhum tipo de festa de casais nem nada desse tipo.

-E pensava ir com isso?

Uma coisa era que ela não tivesse podido suportá-lo pelas lembranças e outra muito distinta que ele o perguntasse com aquele tom. Não tinha direito a fazê-lo.

-E por que não?

-Porque é indecente!

-Não pensava isso a noite que dancei para ti. -soprou-se com impaciência o véu da cara -Você gostou tanto que tinha a língua fora, cavalheiro!

-E a sigo tendo. E a todos os homens que estejam nessa festa lhes passará o mesmo.

Anny elevou o queixo.

-E a ti o que te importa?

Ele se adiantou e a agarrou.

-Importa-me tudo..

Anny ficou sem fôlego e o espaço pareceu contrair-se quando se sentiu perdida em seu olhar.

-Maldição! Não pensava em levar assim. Queria ir devagar, averiguar primeiro se tinha algum namorado.

Anny sentiu outra quebra de onda de desejo.

Que dia tão maravilhoso! Um dia glorioso, para falar a verdade, pensou.

-Bom, acredito que se...

-Que se o que? -baixou a vista para ela com o cenho franzido -Que tipo de resposta é essa?

Anny se alegrou de não haver-se tirado o véu para poder ocultar o sorriso.

-Não está sendo muito claro a respeito de suas intenções, assim é difícil para mim saber se for meu namorado ou não. Mas estou bastante segura de que o é.

Poncho franziu ainda mais o cenho.