Fanfic: Algun Día - Reescrita e Reeditada | Tema: Rebelde, RBD,Ponny, Los A, AyA,Vondy,Trendy,Barken,Chaverroni

            Estevan foi até o sofá e jogou sua mala sobre ela com raiva olhando para os pais – Já é a segunda vez que vocês nos esquecem no colégio.

            Luna arregalou os olhos ao ver a reação de Estevan – Estevan não brigue com os nossos pais.

            – Eles quase deixaram você congelar lá fora Luna. Quando saimos de casa ainda é de manhã e deveriamos voltar pra casa de dia, não de noite. Saimos com roupas frescas e se eu não tivesse esquecido a minha jaqueta na escola você estaria doente. Se não fosse pela Anny e pelo Chris que ficaram com nós até tarde no parquinho, ficariamos sozinhos de volta. Com frio esperando vocês que nunca chegavam.

Alfonso levantou da cadeira irritado – Estevan é melhor você parar com essa birra, ou você irá ficar de castigo.

– Eu não vou parar com essa birra, garanto que se meus pais fossem a Anahí e o Christopher eles seriam pais muito melhores que vocês dois. Tenho certeza disso.

Alfonso levantou e começou a tirar o cinto de sua calça para poder surrar Estevan.

– Não papai não surra o Estevan– Luna começou a chorar olhando para o pai com os olhos arregalados.

– Você não vai encostar no meu filho, quem você pensa que é? – Dulce María se colocou na frente do garotinho.

– Quem eu penso que sou? EU SOU O PAI DESSE MENINO! E se você não o educa, alguem tem que educar.

Luna olhou para Estevan e o empurrou escada à cima, para ele fugir de Alfonso e em seguida foi até o pai olhando para ele com carinho – Papai, não precisa ficar bravo. Ele só está chateado. Não precisa bater nele.

Alfonso olhou para os olhos claros de Luna e lembrou-se dos olhos doces de Anahí, os olhos que o acalmavam quando ele estava irritado ou em uma fase explosiva. Ainda bem que tinha Luna, ainda tinha um pedacinho de Anahí com ele, um pedacinho que o deixava calmo. Um pedacinho somente para ele.

– Vem papai, vem me ajudar com a lição de casa, eu não sei nada de matématica e o senhor sabe tudo! – Luna segurou a mão de Alfonso e puxou ele carinhosamente até a mesa onde estava a sua mala e de lá tirou seu caderno.

Dulce María deu um suspiro aliviada ao ver que Alfonso estava se acalmando, nos ultimos dias ele estava muito irritadiço, se irritava por qualquer coisa, e ver Anahí mais cedo só fez com que tudo aquilo piorasse. Dulce María subiu as escadas e observou Estevan na cama com os braços cruzados, seria melhor para ele ficar ali um pouco sozinho.

– Paizinho, porque o senhor não pede desculpas para o Estevan? Ele ia gostar que o senhor lesse com ele – Luna tirou da mala uma historia em quadrinhos que Davi havia emprestado para Estevan e ela havia guardado.

– Você acha que eu deveria fazer isso? – Alfonso perguntou olhando para o livro e depois para a garotinha.

– Sim papai, ele ficará feliz e já esquece da briga.

Alfonso abriu os braços e Luna o abraçou, ele pegou a historia em quadrinhos e subiu lentamente até o quarto do garoto. Ele abriu a porta e viu Estavan na cama com os braços cruzados, emburrado.

– Posso te fazer companhia? – Alfonso perguntou chegando até a cama.

Estevan somente balançou a cabeça sem olhar para Alfonso.

– Filho, me desculpa, o papai anda muito irritado com o trabalho e acabou descontando em você.

– Tá tudo bem.

– O que acha de ler “O arqueiro verde e o caçador Esmeralda com você”?

Estevan deu espaço para que Alfonso deitasse na cama com ele. Afinal era o Arqueiro Verde e ele precisava ler aquela historia em quadrinhos, ainda mais com o pai que sempre se divertia junto.

Luna tomou banho e vestiu o pijama, se sentando em frente a penteadeira e pegando a escova de cabelo das princesas. Logo ela viu Dulce María na porta e deu um sorriso. – Mamãe, pentea o meu cabelo?

Dulce María pegou um puff e colocou atrás da cadeira da menina começando a pentear os longos cabelos loiros dela.

– Mamãe, porque eu sou loira e você tem os cabelos vermelhos?

Dulce María olhou para ela pelo espelho e sorriu – A mamãe pinta o cabelo filha.

– Porque meus olhos são azuis?

Dulce María iria inventar uma mentira, mas já estava farta de tudo aquilo. Só queria que tudo fosse mais fácil, que a vida fosse mais fácil.

– Um dia, você vai entender tudo. Só promete uma coisa para a mamãe?

Luna deu um grande sorriso – Qualquer coisa mamãe.

– Que você nunca vai esquecer que eu te amo? Mesmo depois que souber de tudo, que poderemos ser amigas para sempre.

– Nós vamos ser amigas para sempre, mamãe. Eu prometo. Mamãe, canta para mim?

Una mañana común despeinada

Una nota en el espejo, un recado

Yo lo pude ver y nadie más

Fue el inicio de un llamado fascinante loco

Uma manhã comum, despenteada

Um aviso no espelho, um recado

Eu podia ver e ninguém mais

Foi o início de um chamado fascinante louco

Dulce María começou a cantar aquela música, mas não era para Luna que ela estava cantando, era para ela mesma. Ela sentia que ao ver Luna perguntando algo assim para ela, era um aviso. Um aviso de que a mentira que havia criado iria se acabar.

Pasaba el tiempo lo vi en mi cintura

En la sonrisa fingida, mirada triste

Esta obsesión de la perfección

Que nublaba por completo toda la razón

Me negaba a escuchar la voz de mi interior

Que a gritos me pedía "escúchame una última vez"

Passou-se o tempo e eu vi em minha cintura

No sorriso falso, olhar triste

Essa obsessão pela perfeição

Que nublava completamente toda a razão

Me recusei a escutar a voz do meu interior

Que gritando me pedia "me escute uma última vez"

Ela estava perdida ao ver o erro que havia cometido, estava desesperada, com medo. Ela sabia que o sua voz interior gritava : ”Não faça isso, seja verdadeira, não se esconda atrás de uma mentira.”. Mas Dulce estava cega pelo medo. Pelo medo de errar novamente de não conseguir ser a mãe que seu filho precisava.

Creo en tus ojos, creo en tan profundamente

Creo, no hay motivo alguno para vernos hoy vencidas

Acredito em seus olhos, acredito tão profundamente

Acredito que não há nenhuma rezão para nos ver vencidas hoje

Ela se olhou no espelho e ficou ali, observando a mulher que havia se tornado. A mentira que havia se tornado.

Creo en tus ojos, no creo en la mujer perfecta

Creo, ya fue suficiente, vuelve a casa

Es tiempo de recuperar tu vida, amiga

Acredito em seus olhos, não acredito na mulher perfeita

Acredito que isso já foi o suficiente, volte para casa

É a hora de recuperar sua vida, amiga

Ela sabia que tinha que escutar a voz de seu coração. A voz que dizia desesperadamente que ela precisava recuperar a sua vida, se recuperar de tudo aquilo que criara, e viver novamente uma verdade.

Poco a poco se agotaba mi cuerpo

En este infierno disfrazado, mil excusas

Con pretextos voy al baño, abro la llave

Para confundir el llanto devolviendo todo

Pouco pouco meu corpo se esgotava

Neste inferno disfarçado, mil desculpas

Dando pretextos vou ao banheiro, abro a toneira

Para encobrir o choro, devolvendo tudo

Quantas vezes ela ficou no banheiro, deprimida. Pensando em tudo que havia feito. Lembrava-se no começo de sua amiga, de Anahí e olhar que ela havia dado para Dulce, do brilho nos olhos de Anahí que havia se esvaido.  Dulce María muitas vezes foi atrás de noticias de Anahí e de Christopher e cada vez que descobria mais sobre o mostro que Anahí havia se transformado, mais ela chorava. Era tudo sua culpa

Algunos meses después

Vomitaba un poco más de la cuenta

Me pregunto ¿qué ha pasado aquí? ¡dime mamá!

Que te grito y no me escuchas

¿Hacia dónde vamos?

Veo un hospital, no llores por favor

No todo está perdido, escucháme una última vez

Alguns meses depois

Vomitava um pouco mais que o necessário

Me pergunto `o que aconteceu aqui? Diga-me mamãe!

Que te gritei e você não me escutou

Para onde vamos?

Vejo um hospital, não chore por favor

Nem tudo está perdido, me escute uma última vez

Depois de alguns meses ela se acostumou com a vida, se acostumou com Alfonso a ajudando e os dois resolveram oficializar a relação e mudar os sobrenomes dos filhos no cartório, para eles que tinham dinheiro, tudo era possivel. Tudo sempre seria mais fácil.

Creo en tus ojos, creo tan profundamente

Creo, no hay motivo alguno para vernos hoy vencidas

Creo en tus ojos, no creo en la mujer perfecta

Creo, ya fue suficiente vuelve a casa

Es tiempo de recuperar tu vida, amiga

Acredito em seus olhos, acredito tão profundamente

Creio que não há nenhuma rezão para nos ver vencidas hoje

Acredito em seus olhos, não acredito na mulher perfeita

Acredito que isso já foi o suficiente, volte para casa

É a hora de recuperar sua vida, amiga

Estava na hora de Dulce voltar a viver, acordar para a vida e dar um jeito nela, antes que fosse tarde demais, antes que não houvesse mais o que se fazer. Era hora de recuperar a sua vida. Era hora de recuperar a sua dignidade.

Si te crees vencida, no te rindas

Es la fuerza que te eleva,

Fuerza que te lleva

De la mano y no te miento

Sientete segura que en la esquina

Espera un corazon....

Se você acha que são espancados, não desista

É a força que levanta você

Força que leva você

Mão e não mentir

Sinta-se seguro no canto

Espere um coração

Dulce María sabia e muito bem, que iria sofrer muito que iria cair e que iria apanhar da vida ao resolver fazer isso. Mas ela merecia, ela merecia por tudo que fez. Por um unico ato ter matado sua amiga. Por um unico ato ela ter espancado o psicologico de uma pessoa que sofria tanto quanto ela.

Creo en tus ojos, creo tan profundamente

Creo, no hay motivo alguno para vernos hoy vencidas

Creo en tus ojos, no creo en la mujer perfecta

Creo, ya fue suficiente vuelve a casa

Es tiempo de recuperar...

Acredito em seus olhos, acredito tão profundamente

Creio que não há nenhuma razão para nos ver vencidas hoje

Acredito em seus olhos, não acredito na mulher perfeita

Acredito que isso já foi o suficiente, volte para casa

É a hora de recuperar sua vida...

Dulce teria que ter força e ela teria força para lutar contra tudo aquilo.

Creo en tus ojos, creo tan profundamente

Creo, no hay motivo alguno para vernos hoy vencidas

Creo en tus ojos, no creo en la mujer perfecta

Creo, ya fue suficiente vuelve a casa

Es tiempo de recuperar tu vida, amiga

Acredito em seus olhos, acredito tão profundamente

Creio que não há nenhuma rezão para nos ver vencidas hoje

Acredito em seus olhos, não acredito na mulher perfeita

Acredito que isso já foi o suficiente, volte para casa

É a hora de recuperar sua vida, amiga

Estava na hora e ela sabia disso. Estava na hora de tomar uma atitude e agir como uma mulher, como uma guerreira e não como uma rata que foge de tudo. Ela só pensou nela e porque? Só por se achar feia depois de uma gravidez?

Quantas vezes olhou para Luna e viu Anahí, agora ela conseguia ver que não era somente ela que havia sofrido. Ela havia ficado com seu filho, mas e Anahí?

Dulce María nunca teria sobrevivido longe do filho. A dor seria tão grande que ela nao sobreviveria. Anahí sobreviveu por um tempo, mas somente porque havia encaixotado todos os seus sentimentos e colocado em um canto bem escondido de sua alma.

Dulce sabia que precisava viver, e que precisava reparar todos os seus erros. Ela só não sabia por onde começar. Estava sozinha e perdida mais uma vez.

– Agora está na hora da senhorita dormir. – Dulce sorriu olhando para Luna, sabia que precisava fazer o certo por aquela garotinha, e por seu filho.

Luna sorriu e abraçou Dulce María – Obrigada mamãe, por tudo– Luna deu um beijo na bochecha de Dulce e correu para a cama abraçando seu funko da Dinker Bell.