Fanfic: Algun Día - Reescrita e Reeditada | Tema: Rebelde, RBD,Ponny, Los A, AyA,Vondy,Trendy,Barken,Chaverroni

Christopher deixou os gêmeos na casa de Angelique e Stevan, não queria voltar para o hospital ainda mais sabendo que Anahí passaria a noite toda dormindo, por conta dos analgésicos que havia em seu soro.

            Christopher entrou na casa e jogou a chave na mesinha perto da porta. Observando a casa que ele dividia com Anahí, ele foi andando calmamente no meio da escuridão até o seu quarto, onde se jogou na grande cama de casal.

            Christopher pegou seu smartfone e foi a procura do seu aplicativo de playlists, sempre gostara de viver em função da música e gostava de pensar na vida enquanto escutava alguma música. Colocou na playlists que ele vinha escutando com tanta frequência, “Pensativo”.

            Ao escutar os acordes de “Sobre o tempo da banda Pato Fu”, ele se esticou na cama ajustando o volume do som que tocava. Sentindo cada palavra que aquela cantora com a voz doce tinha.

            “Tempo” , essa palavra ecoava na  cabeça de Christopher, seu coração amargurado já teve todo o tempo que precisava?

            Ele estava pronto para saber o que levou o amor de sua vida a lhe trair com o seu melhor amigo e confidente?

            Ele finalmente ficaria com o filho, que havia sentido tanta saudades nesses anos?

            Eram tantas perguntas na mente de Christopher, todas  elas, ele não tinha a resposta. Ele não sabia.

            A vida havia pregado tantas peças em Christopher que ele tinha medo que ela fizesse isso novamente. Ele queria sim saber a verdade, mas tinha medo de não aguentar a verdade, preferia inventar uma desculpa para a traição de Dulce e Alfonso, mesmo sabendo que todas elas não tinham fundamentos.

            Se afundou em pensamentos, tão macabros, seu passado era macabro para ele. Seu passado era cheio de sofrimento, por mais que ele negasse, ele havia sofrido por estar longe de Dulce María, quantas vezes procurou por mulheres que a lembrava?

            Um sorriso parecido, cabelos vermelhos intensos, olhos castanhos claros, até mesmo o modo que uma desconhecida falava lembrava Dulce, no outro dia acordar do lado de uma desconhecida sentia nojo de si mesmo, nojo por ser fraco, nojo por também a trair.

            Mesmo não sendo oficial para Christopher ele traia Dulce quando se deitava com aquelas desconhecidas, ele não era mais casado com ela, mas sabia que o seu coração ainda era casado com o coração de Dulce.  Sentia que a cada bombada de sangue ele chamava o coração de Dulce, gritava para tê-la perto de si, até que se cansou e simplesmente parou de sofrer.

            Christopher nos últimos anos em Nova York vivia no automático, não sentia mais nada, ou ao menos evitava sentir, vivia somente para o seu trabalho e havia entendido a fixação que Anahí também tinha em trabalhar.

            Trabalhar o distraia da dor que poderia sentir, das saudades que poderia voltar, da dor que seu coração podia sentir. Não era somente o coração que sofria ao se lembrar todo o seu corpo doía e ele não tinha vontade de mais nada somente ficar jogado no sofá sem fazer nada, esgotado.

            Ao Anahí falar que iria voltar para o México ele concordou sem pestanejar e sem pensar, ele não pensava mais em nada, somente em trabalhar, trabalhar e trabalhar.

            Christopher não sabia o quanto mexeria com ele ver Dulce María e seu filho. Não sabia que aquilo traria a ele tantas emoções enterradas no fundo de sua alma. Ele só queria uma coisa, e ele teria essa coisa. Seria a única forma de se salvar, de se curar.

            Ele precisava da verdade, por mais dura que ela fosse.

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            Dulce María entrou em baixo da água quente do chuveiro, desejava que aquela água levasse embora todas as impurezas dentro daquele corpo humano e fraco, fraco por não resistir a um desejo insano.

            Ela colocou o rosto dentro da agua e fechou os olhos com força, poderia jurar que ainda conseguia sentir o cheiro do perfume de Christopher. Podia ouvir o som daquela risada tão gostosa. E seu coração já voltava a bater mais rápido, mais vivo. Como uma fênix ele havia renascido das cinzas.

            Dulce María divagou, sonhando acordada embaixo da água quentinha. Queria que Christopher entrasse pela porta de sua casa e falasse que a amava que nunca a abandonaria que ele sempre estaria ali para ela.

            Ela sabia que isso não havia acontecer, ela havia acabado com tudo, com a chance da sua vida, a chance de ter o homem que amava ao seu lado. Sentiu pesadas lagrimas se misturarem com a água que caia do chuveiro.

            Parecia que seu coração estava com um buraco pelo tamanho da falta e da dor que sentia por estar longe de Christopher, ela saiu do banho e vestiu um roupão e uma pantufa saindo pelo corredor da casa indo a passos leves, quase flutuantes até o quarto de Estevan.

            Dulce María encostou a porta com cuidado para não acordar o garotinho e foi se aproximando d puff de bola de futebol que tinha ali e se sentou sentindo a maciez daquilo.

            Ela olhou o filho dormindo tão serenamente, e o silêncio do quarto fez com que ela pensasse em outra pessoa ali. Quando estava com Christopher havia criado o costume de ficar o observando enquanto dormia, ela não podia entender como seu filho poderia ser tão parecido com o pai. Ela olhava para Estevan, mas para ela quem estava ali era Christopher.

            Sempre que a saudade apertava ela entrava de fininho pela porta do quarto do garotinho e ficava ali naquele puff somente o observando, ela levantou e chegou perto do garotinho e fechando os olhos, tentando lembrar-se do perfume e do cheiro que Christopher exalava do cheiro que somente ele tinha.

            Lembrou-se do dia em que traiu tão miseravelmente Christopher, ainda conseguia se lembrar da dor que aqueles olhos tão belos expressavam, era uma mistura de dor e de confusão. Dulce nunca esqueceria aquele olhar. Por mais que Christopher não tivesse dito nada, ela conseguiu escutar a voz dele em sua mente, falando tudo aquilo que sentia, toda a dor e decepção que tinha dentro de si.

            Dulce odiava se perder em memorias, se ohar no espelho era um desastre, ela via uma mulher fraca, que adorava destruir o coração das pessoas, ainda mais aquelas que ela mais amava.

Sempre que fechava os olhos ela percebia que o seu amor ainda não havia acabado, sentia o seu coração palpitar por Christopher, como se contasse os minutos para que eles se encontrassem novamente. Para ela não havia acabado e nunca acabaria, amaria Christopher até o dia em que morresse.

            Sentiu aquelas lágrimas teimosas querendo cair novamente por seus olhos, ela se sentou novamente no puff e sussurrou:

            — Me perdoe, eu te amo tanto. Eu me arrependo tanto. Me desculpe.

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            Christopher que adormeceu acordou um tanto quanto assustado, havia escutado a voz de Dulce, e por isso acordou, as palavras ainda martelavam em sua cabeça

            “Me perdoe, eu te amo tanto. Eu me arrependo tanto. Me desculpe.”