Fanfic: Dαяк●иιgнт

CAP.02-

Trancando a porta do banheiro, se encostou na pia. Cuspiu no espelho, no sangue que a pouco a assustara. A mensagem dizia claramente “Forever”, o para sempre que havia prometido antes do sepultamento de Christopher.
Começou a se desesperar, abrindo o armário de seu banheiro. Pegou três vidros de remédios, uma cartela de pílula calmante. Fez uma mistura e colocou num copo que ficava ao lado da torneira. Quando estava tomando, sentiu ser jogada contra parede e o copo se quebrar.
-O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?- O rugido era desesperado e doloroso. A mão de Christopher prensava o pescoço da garota na parede, que assustada, chorava com lágrimas de desespero e medo.
-Não vai se matar, Dulce- murmurou um pouco mais baixo- não antes de me vingar...
-P... Por que Christopher?Eu não sei o que eu fiz - a voz saiu sufocada. O garoto lhe soltou o pescoço e Dulce cambaleou, caindo sentada na tampa do sanitário.
-Já chega de conversa Dulce, daqui a pouco não vai mais agüentar e pulará deste prédio.
-Eu... Tenho... Que trabalhar... - gaguejou pensando na possibilidade
-Não vai hoje, já liguei para seu chefe. Aliás, Alfonso continua o mesmo cr*etino de sete anos atrás.
-Poncho não é um cr*etino, Christopher!
-Ah, sim, esqueci que ele foi seu casinho furado antes de mim, e depois também, não?
-Cale a boca - levantou-se e jogou sua mão contra o rosto do garoto, que passou direto.
-Não defenda o namoradinho, sabe que ele ama Anahí. E não dá a mínima para você.- o rugido de raiva a fez pular para traz.
-Ele é somente meu amigo, muito diferente de você com Belinda!
-Belinda, Belinda... Aquela sim os anos favoreceram, mas já você - sibilou negando. Mas na verdade sabia muito bem que ela foi linda. E ainda era, mesmo que tão branca como um papel como se encontrava agora.
-O que quer que eu faça?- perguntou a ruiva com ciúmes
 -Por enquanto nada. Só se considere morta para todos- e o sorriso da noite anterior tomou o rosto de Christopher- sabe o que seria útil? Umas massagens, esses anos todos te vigiando não me fizeram muito bem...
-E-Eu preciso me vestir... O roupão está frio.
-Tem cinco minutos, Dulce.
Correndo, saiu do banheiro quando ouviu a porta do quarto ser fechada. Vestiu-se em tempo recorde e amarrou os cabelos com um palito.
Saindo do quarto, encontrou Christopher encostado na parede, os braços cruzados. Era a mesma imagem de anos atrás, a mesma imagem que gostava de guardar. Só que agora dissolvida: ele tinha presença maligna.
-Você não é o mesmo, Chris - sussurrou para si.
-O que disse?- a voz seca não escondia a curiosidade.
-Já me vesti - aumentou o tom de voz, como se fosse realmente aquilo que havia falado.
-Eu não estava brincando quando disse que queria que me fizesse uma massagem - Christopher falou ao deitar-se no sofá. -O creme está na terceira gaveta à direita, dentro do guarda-roupa. - e finalizou fechando os olhos e se virando de bruços. Dulce voltou com o pote na mão e se inclinou para levantar a camisa de Christopher.
Suspirando, massageou o corpo rijo. Quando estava se ajeitando para voltar ao quarto, sentiu ser puxada para o sofá. Seu corpo entrou em contato com o do loiro e ela deixou escapar um gemido.
-Eu estava mentindo quando insinuei que você não era atraente... - murmurou em êxtase beijando os lábios da garota que já estava levada à loucura.