Fanfic: You're So Dark | Tema: One Direction/ Personagens Originais

     Desde quando eu era pequena, sempre me interessei muito pelo trabalho do meu pai. Sempre me inspirei em tudo o que ele fazia; Tanto que, mesmo que ele não tivesse um filho homem, ele decidiu que eu "era aquele filho homem".

     Tudo o que eu deveria saber sobre os negócios da família, eu sabia - ou achava que sabia, pelo menos -, até que o meu pai morreu - e, bom, eu já não tinha minha mãe faz tempo -, eu percebi que estava muito perdida. Mal podia imaginar o que estaria por vir.

     Eu não imaginava que seria fácil, claro que não, mas as minhas brincadeiras de atirar com armas de mentira com o meu pai; ou quando eu ficava toda alvoroçada correndo com ele no seu carro bem rápido ( imaginando estar num racha), não, ele não era louco, mas todas essas brincadeiras pareciam tão mais interessantes agora, do que quando eu era pequena. Ser filha única às vezes é complicado, mas até que tem seus lados bons.

     Apesar de tudo na minha vida acontecer de uma hora para a outra, eu estava adorando essa vida.

     Toda essa adrenalina era tão excitante; os ventos nos meus cabelos enquanto eu corria em carros velozes, a emoção de apertar o gatilho... Nada disso era novo para mim, mas cada vez que eu os fazia novamente, era como se fosse a primeira vez. Às vezes eu até esquecia que o meu pai tinha morrido. Tento superar isso e viver a minha vida, pois neste estilo de vida, você não pode mostrar sentimentos, ao menos senti-los. Essa era a regra, e eu a seguia na risca.

     O dia havia acabado de raiar, eu já estava de pé, já olhando o que eu teria que fazer no resto do dia.

     - Hoje eu tenho que me matricular nessa escola, procurar o filho de um mafioso que está devendo grana alta pra mim. É isso. - falei para mim, já imaginando táticas para isso.

     Terminei de fazer mais algumas programações e me direcionei ao banheiro, afim de tomar um banho na banheira, bem relaxante.

     Se por algum  acaso você está se perguntando o porquê de eu precisar me matricular em uma escola só para procurar um filhozinho insignificante de um filho da puta, eis aqui a resposta: Bom, eu tenho que virar "amiguinha" do filho do "Senhor Fitzgerald" ou Gerard, tanto faz, e, para isso, preciso estudar onde ele estuda. É o meu estilo de pegar uma presa. Não gosto de transparecer obviedade nos meus planos. Não importa se o Fitzgerald participa da máfia russa, ele vai me pagar! Onde é que ele imagina estar se metendo quando não paga-me milhões de dólares? O atestado de óbito do filhinho dele já está assinado, meu bem!

    Após terminar minha deliciosa e relachante ducha, fui até o closet e escolhi uma roupa: uma calça jeans preta; uma blusa cavada branca, de estampa inexplicável e uma jaqueta de couro preta. Típica adolescente de ensino médio.

     Calcei meus Chuck Taylors azuis, escovei meus dentes, passei uma maquiagem não muito pesada e arrumei meus cabelos. Após passar perfume, como eu já havia comido, peguei minha bolsa, meus documentos falsos - afinal, eu nem poderia mais estudar com 18 anos, nem posso mostrar minha real identidade -, e fui em direção à garagem. Me toquei de que tinha esquecido-me  de pegar as chaves e voltei correndo lá pra cima.

     Depois de descer, peguei meu carro menos chamativo, um Audi R8 preto, fui em direção à escola, já odiando por essa missão precisar desse "detalhe", mas amando também porque irei poder mostrar que com "America Gardner", não se brinca.

     - America Gardner! - falei e comecei a rir desse nome ridículo que eu teria que usar por uns meses ( até eu conseguir matar o garoto ).

     Mesmo sendo um nome falso, esse é o tipo de nome que não seria investigado, aparentemente, por isso o escolhi. 

     Quem desconfiaria de uma pessoa chamada "America Gardner"?