Fanfics Brasil - Capítulo 9 - Interiores Um garoto com o seu olhar

Fanfic: Um garoto com o seu olhar


Capítulo: Capítulo 9 - Interiores

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Capítulo 9 - Interiores


                A casa era extraordinariamente bela, ornada com colunas e uma escada que levava para o primeiro andar. O corrimão da escada era todo em mogno, e os móveis eram de uma beleza sem igual. Podia até mesmo ser tombada como patrimônio público, de tão antiga que era a estrutura da casa.


Felipe: Aqui é a sala. O sofá foi trazido da Alemanha, minha avó ama esse estofado.


O sofá era de um marrom claro, quase marfim. Formava com a estante, a televisão, os aparelhos de som e vídeo um Home Theater. Logo ao lado encontrava-se uma biblioteca particular, na qual Felipe logo se acostumaria a passar horas conversando com o seu avô.


Amanda: Há quanto tempo vocês chegaram no Brasil?


                Felipe, mostrando-lhe a cozinha perfeitamente equilibrada que a sua avó tanto cuidava, disse que fazia apenas duas semanas que estavam de volta. Mas, por conta da casa e de alguns reparos que tiveram que fazer, inclusive a casa da árvore, pedira ao seu avô Schnell para que fosse à escola apenas quando estivesse tudo pronto. Em seguida, ele indicou a Amanda o caminho até o banheiro e os dois quartos de hóspedes. Subiram ao primeiro andar e ele mostrou o primeiro quarto. Estava se sentindo muito à vontade com a presença daquela estranha garota, o que era uma situação mais estranha ainda.


Felipe: Aqui é o quarto dos meus avós. Foi arrumado de acordo com o correspondente na Alemanha, pois minha avó é muito apegada a tradições, apesar de não possuir nenhuma religião. Você sabe, as pessoas mais religiosas é que tem mais apegos a certos costumes.


Amanda: Sei, sei. Esse quarto é muito lindo. Parece que tudo foi perfeitamente arquitetado.


Felipe: E foi! Minha avó pagou arquiteto, decorador, engenheiro. Gastou muito para ter essa cama que a gente só vê em filmes. E olhe lá.


                Felipe mostrou também o banheiro que havia no quarto, na verdade uma suíte, de seus avós. Saíram e ele mostrou à garota o quarto dele. Era muito bonito. Dava um ar de cultura japonesa, pois era repleto de vermelho, branco e preto. E tinha uma área de sol com plantas, especialmente uma com pequenas flores vermelhas. Dava para armar uma rede na área de sol, algo que Felipe curtia especialmente quando queria ver as estrelas e planetas pelo telescópio. Quando chovia, dava para barrar a entrada de chuva no quarto por meio de uma divisória de vidro. Era um quarto relaxante. As cores davam um ar ameno, de tranquilidade. Era um verdadeiro local de repouso. Possuía uma janela grande, mas Felipe raramente abria pelo fato de a área de sol iluminar o suficiente o interior do quarto. Ainda havia o banheiro, cujas cores seguiam o estilo do quarto.


Amanda: Você anda de skate?? – perguntou incrédula, como quem quer zombar, porém de uma forma engraçada.


                Ele, nesta hora, colocava uma blusa branca e uma camisa de mangas compridas de cor preta, que o deixavam mais lindo ainda, pois combinavam com os olhos, o cabelo, com ele por inteiro.


Felipe: É, de vez em quando eu arrisco a minha vida em umas manobras nada elegantes.


                Amanda riu. E depois ele riu também da própria piada, levando a mão à nuca e coçando-a em seguida, com um ar de quem diz uma coisa da qual todos riem.


                Ela viu que no quarto dele tinha de tudo: escrivaninha, computador, cadeiras, porta-retrato, quadros na parede, revistas, livros, prateleiras, alguns brinquedos colecionáveis, bola, skate, patins. Mas, não havia televisão. ‘Talvez ele não goste’, pensou ela. Saíram do quarto e Felipe foi mostrar-lhe a piscina, a qual ela já tinha visto de longe, quando estava na casa de árvore. Seu pai nunca a deixara tomar banho na piscina, pois nunca tinha água. Ela sempre pedia para o pai dela ligar algum motor, dar um jeito para que ela pudesse tomar banho. Depois de um mês reclamando, desistiu de pedir.


                Felipe mostrou a piscina. Ela contou que adoraria tomar um banho naquela piscina e ele disse que ela se sentisse à vontade para mergulhar em algum dia desses. Ele, então, vendo que ela estava próxima à borda da piscina, fingiu que ia empurrá-la. O susto foi grande e rendeu muitos sorrisos. Ele, definitivamente, estava muito bem com a presença daquela garota. Eis que ele nota um anel no dedo mindinho da mão direita dela.


Felipe: Que anel bonito, posso ver?


Amanda: Claro. Toma, olha de perto. Ele tem um significado muito importante para mim. Ganhei da minha mãe quando eu tinha onze anos, foi meu último aniversário com meus pais ainda juntos.


                Ela, então, olhou para a piscina com  olhos vazios e distantes. Felipe percebera que ela estava triste e fez questão de tirá-la daquele estado. Já bastava ele com tristeza em excesso.


Felipe: Oba! Coube no meu dedo mindinho!


Amanda: O quê? Você só pode estar louco!


                Felipe, então, correu. Ela seguiu atrás dele. Ele se escondia atrás da árvore que possuía a casa de árvore e ficava enganando-a, fingindo que ia para um lado, mas corria para o outro. Mas, num vacilo dele, ela alcançou-lhe e, desequilibrado, Felipe caiu, arrastando a garota com ele em direção ao chão. Ela estava sobre ele. Era uma bela noite de lua cheia.



***



 




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