Fanfic: O Tempo passa | Tema: tempo

Minha situação não era nada agradavel e minha vida uma completa decepção, culpa dos meus livros, um vicio que não conseguia largar, a unica forma de fugir deste mundo com seus demônios. Johny e eu tinhamos nos casado, foi um belo casamento, mas a meu pedido, nada que se tornasse um evento público, como seria do feitio dele, algo porem , mais reservado, numa praia, somente nossos parentes e nada mais. Meu vestido era lindo feito com um tecido que esvoaçava pelo ar, quando me viu ficou completamente atônito, foi dificil dizer se era porque eu estava absolutamente estonteante, como eu ouvi algumas vezes, falsidade tem limite, ignorei isso, ou se era porque meu vestido era preto e branco, com detalhes em roxo brilhante. Jamais seria uma noiva normal! Seus olhos brilharam quando me viram, e uma lágrima caiu de seu rosto, esperavam que eu fizesse o mesmo, mas não era minha vontade chorar.

É triste porem que a vida nem sempre se resume á uma cena brilhante e romântica como essa. Podia tambem se transformar em pensamentos tristes como por exemplo o fato de já não poder mais suportar a existência , contudo eu seguia em frente pois um fio de esperança sempre insiste em queimar em nosssa alma.

Eu estava desolada, fiquei doente e não podia trabalhar, meu coração estava mais angustiado que peixe fora de seu aquário, explicação alguma vinha á minha mente , o porque eu estar passando por tudo isso, de garota insensivel passei á mulher deprimida, como acontece com várias, porem diferente de todas elas as brigas não me incomodavam mais, elas sempre se iniciavam pelo mesmo motivo de forma que chegava a ser tedioso, na verdade.

Johny chegou apressado em casa, sorridente como sempre , o sorriso dele caiu de seu rosto assim que me viu, aquele sombra monstruosa de negatividade emergindo do meu ser.

Institivamente , como sempre , ele falou:

-Por que esta triste de novo?- estava irritado, a situação era irritante, nossa vida, tudo.

-Porque não estaria? É terrivel continuar assim! Sinto que o mundo esta contra mim!

- Pare de exagerar! O mundo não esta contra você, quem esta contra você é esse seu negativismo!- Oh olá veia pulsante.

Ao mesmo tempo que ele era compreensivo, também conseguia mudar de humor rapidamente, de uma forma intrigante. Como ele já me disse antes , o meu problema era não aceitar o mundo como ele é e ser feliz; afinal , é claro que é facil ser feliz , principalmente quando o mundo parece personificar um lutador de mma pronto para arrancar seus dentes e lhe imobilizar no chão.

-Você e seu positivismo besta! Estamos empilhados de dividas e você sempre chega sorrindo como se vivesse no Pais das Maravilhas!- minha irritação era uma mistura de raiva e ressentimento, porque ele estava trabalhando . Eu não estava.

Olhando para mim ele cerrou a mão, e como havia acabado de entrar assim também ele se foi. E assim ficou por aquela noite, como em algumas outras. Meu principe encantado não se transformou em um sapo, o que acontece é que ; normalmente a princesa fica rabugenta por não poder sair do seu lindo palácio.

Fiquei ali sentada pensando se devia segui-lo ou não, mas por mais que o amasse ficava impossivel entender toda aquela situação, toda a minha logica foi por agua abaixo, todo meu senso de direção desapareceu. Juntamente com o maravilhoso feliz J.

Enquanto estava absorta em meus pensamentos rodeados de negativismo como ele costumava dizer, um barulho como de varios raios emanava por fora da janela, não era aconselhavel ir até á sacada, mas eu não tinha nada a perder , então peguei um taco de madeira que tinha em casa e abri as janelas, que eram grandes como portas. Pronta para dar um soco no primeiro engraçadinho que tentasse me eletrocutar, porque obviamente, deveria ser um ladrão ou pestinha que adquiriu uma daquelas armas de choque, absurdo, mas somente isso poderia explicar aquele som que era baixo, ouvindo da parte de dentro de casa.

Assim que abri as cortinas das janelas me deparei com algo que deixou até eu mesma de boca aberta, nenhuma explicação lógica poderia haver para aquilo, nem mesmo um rastro de raciocinio critico, muito menos meu cerebro conseguiu captar o que estava havendo ali pois era algo fora do natural. E o som se tornou intenso, assim como minha respiração.