Fanfic: Escrito Nas Estrelas (AyA) | Tema: Comédia , Romance.

Exatamente uma semana depois.

– Promete pra mim que nunca vai me esquecer?

– Prometo!

– Jura que vai lembrar de mim todo dia?

– Juro!

– E vai me mandar cartinhas? – dessa vez os olhos da pequena Marie brilharam pra mim.

Tornei a afirmar que sim. Ah, como eu vou negar um pedido desses pra uma criança de cinco anos de idade? Christopher me olha impaciente. Estávamos atrasados, mas eu não podia simplesmente viajar de volta pro México sem me despedir dessa gracinha que morou durante tanto tempo do lado da minha casa.

Christopher: Vamos Any?

Eu a olhei. Agora ela está fazendo uma carinha com bico e os olhinhos estão cheios de lágrimas. TADINHA DELA! É só uma criança... E nós somos amiguinhas. Agora me diz qual o problema em ser amiguinha de uma menininha de cinco anos? Nenhum, só o Christopher vê merda nisso. Por fim, a abracei, dei um beijinho nela e peguei minha mala, e aí vou eu...

Christopher: Até que enfim!

Insensível.

Anahí: Christopher, eu quero ter uma filha igual a ela.

Christopher: Fica querendo.

Eu ouvi bem? Ele ta pensando que não vai ter filhos comigo?

Anahí: Como é que é? – foi tudo o que eu consegui pronunciar, espero que ele tenha entendido.

Christopher: Só teremos um filho, e será um homem! – como o Christopher é machista, irritantemente machista. E fim.

Anahí: Em primeiro lugar – eu paro de falar e lhe olho séria. Adoro assustar! – Se quiser ter um filho comigo, vai ser a quantidade que eu quiser; em segundo, você não tem do quereclamar, quem vai gerar sou eu, quem vai criar sou eu e quem vai cuidar também sou eu, então se você não quiser, problema o seu, pois há quem queira – ele está assombrado me olhando – E você sabe desde o nosso primeiro namoro que eu sempre quis ter uma família grande, e nada vai me impedir de ter, entendeu? Nada.

Às vezes eu tenho medo de mim mesma. Enquanto ele fazia cara de mané, eu peguei minha mala e coloquei dentro do carro. As outras já tinham sido enviadas pra casa da minha mãe, e quando eu chegar lá, eu pego tudo e levo pro meu apê. Acabei de me dar conta. Se eu vou voltar pro México, eu vou morar sozinha ou com o Christopher?

Seja como for, peguei o táxi, chegamos ao aeroporto, pegamos o avião, levando em conta que a Zaza não estava nele porque só ia chegar ao México amanhã, foi tudo bem tranquilo, e silencioso... Não me estressei com as aeromoças, me deixaram ouvir meu Ipoid na santa paz e tudo o que eu bebi foi um capuccino quente. Então, umas horas depois, o piloto anunciou que estávamos para aterrissar em solo mexicano, aí sim eu fiquei nervosa. Minhas mãos começaram a suar e eu comecei a rezar desesperadamente pra que aquele momento não chegasse nunca.

Na pior das minhas apreensões, estariam lá apenas duas pessoas: o Poncho, e um repórter multiplicado por um milhão. Mal me aguento para levantar e descobrir o que houve.

Levantei. Saí. Desci a escada. Passei pra pegar a mala. Passo pelo portão de embarque. Olho em volta. E vejo várias pessoas conhecidas, sorrindo e acenando para mim. Por pura e simples simpatia, acenei também e sorri de volta. Olhei para ver quem estava. Christian, BJ, Dulce, Mai, Guido, mamãe... Cadê o Poncho...?