Fanfic: Escrito Nas Estrelas (AyA) | Tema: Comédia , Romance.

E acabou. Vi todos aplaudindo de pé, enquanto eu, subitamente nervosa, estava lá em cima, sorrindo. Vi Mai e Guido profundamente felizes e emocionados, e Christian, Chris e Dulce indo ao encontro deles... Antes eu tivesse ido, não iria imaginar o que ia acontecer, hum... depois.

Poncho: Você contou pra ela o que aconteceu? – e bem, digamos que a boca dele estava perto do microfone, hum... ligado.

Dá vontade de dar na cara do Poncho quando ele faz essas merdas. Como é que ele me fala ISSO no microfone, assim, na maior cara de pau? MEU DEUS, agora ta todo mundo nos olhando. Ainda bem que a imprensa já não está mais aqui, a festa já está quase acabando, porque se não, amanhã na manchete “Anahí e Alfonso chegam de mãos dadas na igreja, estariam eles se comendo? Curioso não!”, vão acrescentar a notinha: “De fato, estávamos certos, eles estavam se comendo e a tia sabia!”.

Bom, se o Poncho queria de fato que a imprensa inteira soubesse de como eu e ele já conhecemos as partes intimas um do outro, por que não terminou com a Miss Ruiva primeiro? ÉÉÉ, aí eu terminava com o Christopher também... ia ser legalzão, eu ia chegarpro Chris e ia dizer:

Anahí: Christopher, temos que conversar.

Christopher: Conversemos então.

Anahí: Tenho que terminar com você, eu sinto muito... – na verdade, não ia sentir porcaria nenhuma...

Christopher: Mas por quê? – cara de bebê chorão, ou talvez cara de franguinho da sadia que foi deixado no supermercado porque a dona de casa gostosona prefere comer perdigão.

Anahí: Porque o Poncho vai falar no casamento da Mai no microfone que eu tive um caso com ele em Cancún, porque ele vai achar que eu contei pra minha tia... – dáááá-lhe mãe Anninha! PÊ, PÊ, PÊ Ô!

É, seria bem interessante, se tivesse acontecido.

Bom, voltando a festa de casamento, eu puxei o Poncho pelo braço e nós demos uma desculpinha esfarrapadérrima de que estávamos de palhaçada, acho que nem a Tinky acreditaria nessa... E acho que ninguém aqui vai acreditar, o que é uma merda, mas fazer o que, eu não to com criatividade hoje, o Poncho me chamou de gostosa, cantou Este Corazón, dançou Deixo comigo, e de quebra ainda teve nossos queridos pais nos botando contra a parede, e olha que eles mal sabem que a gente já transou e muito...

Fomos para um pouco longe dali, e aí finalmente pudemos conversar.

Anahí: Vem cá, Poncho, você tem problema mental, ou o quê? A minha tia e o resto do mundo vão me infernizar pra saber do que você tava falando! Por que diabos você falou aquilo no microfone?

Poncho: Como é que eu ia saber que o microfone tava ligado?

Anahí: Será que não dava pra esperar a gente descer do palco?

Poncho: Ah sim, e se você tivesse contado pra sua tia do nosso casinho, como você acha que eu ia olhar pra cara dela, caso ela falasse alguma coisa perto dos nossos pais? – é, é verdade... – E além do mais, se eu falasse alguma coisa com você ali, ninguém ia notar, tava todo mundo olhando lá pra baixo, então seria menos bandeira do que te puxar quando você estivesse em evidência.

Anahí: Sei... Se quiser saber, não, não contei nada pra ela – A essa altura, eu já olhava pra baixo, sem graça, com os braços cruzados. Eu sempre fico sem jeito quando falamos de Cancún... Parecemos dois estranhos. Nem ele superou essa história, e embora eu goste de me fazer de forte, e fingir algumas coisas (não tantas como a Mai diz...), eu não posso negar que também não superei nadinha, aqueles dias ainda mexem demais comigo.

Poncho: Por que afinal fizemos tanto segredo sobre essa história?

Ah Poncho, você ainda não percebeu que, assim, eu não quero falar sobre Cancún? Talvez ele esteja esperando eu escrever uma plaquinha escrito ‘não fale sobre Cancún’. Ou talvez já tenha a plaquinha, mas ele não enxergue, pois só os inteligentes podem ver. E o Poncho não é inteligente. Ele escolheu logo a Miss Ruiva pra casar... Mas enfim, será que não podemos falar sobre como o céu é azul, e como o Elvis Presley morreu, e como a lua é redonda, ou como o Tom Cruise é gostoso...

Anahí: Porque eu não queria que a imprensa ficasseficasse enchendo o saco, tocando toda hora nesse assunto, não ia fazer bem nem pra mim, nem pra você.

Poncho: E não te faz bem, falar disso? – o rumo dessa conversa não ta muito legal... – Hein, Any? Às vezes você parece preferir que nada tivesse acontecido. É isso mesmo? Você se arrepende de ter ficado comigo?

Deus, me tira daqui!

Anahí: É claro que não. Só me sinto mal às vezes por... Por ter acabado com tudo, não sei...

Poncho: Você não devia ter feito isso, sabia? Isso sim foi agir errado, fingir que nada aconteceu, não terminar uma coisa que devíamos ter terminado. Deixamos as coisas de lado, Any...

Anahí: Eu sei...

Poncho: A minha vontade às vezes é voltar no tempo, pra não ter deixado você acabar com tudo... – ele se aproximou de mim gradativamente, e eu comecei a tremer, meus olhos arregalaram e minha mão suou – Ter tentado ficar de verdade com você, a nossa história poderia ter sido tão diferente. Poderíamos ter sido felizes.

Anahí: Então você não é feliz?

 É agora ou nunca!