Fanfic: Fala Sério,Amor!(Terminada)
Um namorado e suas ex
O Serginho era daqueles meninos especiais. Gentil, cavalheiro, bem-humorado, bem vestido, bem cheiroso... Tinha certeza de que ele não seria só uma cosquinha no coração, mas sim um terremoto em todas as células do meu corpo. Pensava nele a todo minuto, falava com ele 37 vezes por dia e, quando estávamos juntos, irritávamos os outros, tamanha a nossa felicidade e a paixão que faiscava nos nossos olhos e nos beijos intermináveis. Estava com ele havia pouco mais de um mês, mas parecia que o conhecia há anos, décadas, milênios.
Um dia, ele quis ir comigo (atenção: quis ir comigo!) ao shopping (shopping!) no sábado (sábadoooo!) para comprar um presente de aniversário para o meu pai. Disse que mulheres não sabem escolher presentes para homens e que pais merecem presentes perfeitos, nada de meias ou pijamas. Por isso, ele quis me dar uma forcinha na escolha. Não era lindo o meu Serginho?
Pontualmente, como sempre, ele chegou lá em casa para me buscar.
— Nossa, como você está linda! — elogiou.
— Ah, pára! Peguei a primeira roupa que vi no armário — menti,
charmosa, para não entregar que fiquei três horas escolhendo a roupa, escovando o cabelo, fazendo a unha e me perfumando só pra ele.
A multidão de gente que anda em grupo e bem devagar nos shoppings normalmente me tira do sério, mas com o meu Serginho nada me deixava de mau humor. Antes de irmos às lojas, ele sugeriu que fôssemos à praça de alimentação. Eu odeio cheiro de praça de alimentação, ainda mais aos sábados, com aquela barulheira de gente comendo e falando, falando e comendo, crianças chorando, filas intermináveis. Mas com o Serginho eu não via ninguém à minha volta. Só tinha olhos para ele, que só tinha olhos pra mim.
Mas outras pessoas tinham olhos para ele.
— Oi, Serxinhuuu — cumprimentou-o uma morena simpática demais
para o meu gosto.
Serxinhuuu? Que é que é isso, minha gente? Que intimidade desnecessária!
Fiquei cabreira.
— Oi. Juju.
— Oi, quem? — retrucou ela.
— Oi... Xuxu... Tudo bem? — fez ele sem graça.
— Melhor agora, meu docinho...
— Essa aqui é a Jenni.
— Arrã. Tô com saudade. Serxinhuuu. Me liga, tá? — pediu insinuante.
— Quem é? — quis saber eu.
— Uma ex. Acho que ela ainda gosta de mim.
Tadinho... É isso que dá ser lindo, gostoso e especial. As meninas
não desapaixonam nunca.
Depois da primeira mordida no meu cheeseburguer...
— Serginho, meu ursão! Há quanto tempo não te vejo!
Ursão? Que apelido ridículo!
— Oi, Clara...
— Como é que tá a vida?
— Tá ótima. Essa aqui é a Jenni.
— Arrã. Me liga quando puder. Pra gente conversar e... ah... você
sabe...
Piscou o olho pra ele, ignorou minha presença e foi embora.
— Outra ex?
— É.
— Também apaixonada?
— Pois é... Fazer o quê, né?
Quase no fim do nosso lanche...
— Ora. ora, se não é o palhaço que nunca me dá carona?
Ufa! Até que enfim uma menina que não gostava dele. Já estava
achando esquisita essa história.
— Oi, Laura. Jenni essa é a Laura minha prima — ele nos apresentou. — Desculpa. Laurinha, mas saí de casa mais cedo. Tive que fazer um monte de coisas antes de vir pra cá.
— Olha como ele é, um fofo com todas e um palhação com a prima.
— Cuidado, hein, JenniXd!? — avisou ela antes de sair.
Não consegui responder. Fiquei pensando no "todas".
Aquilo continuava muito estranho.
Entramos numa loja. A vendedora veio nos atender sorridente cheia de dentes na boca.
— Até que enfim você veio me fazer uma visita... Tava com saudade... — derreteu-se.
— Oi... ai. Dara — disse ele tentando se esquivar do abraço oferecido e dos beijos ainda mais oferecidos da menina.
Meu Deus, o Serginho pegou a Tijuca inteira! E todas as ex são loucas por ele. Por quê?
Serginho parecia não se abalar. Continuava me tratando como se
eu fosse a única mulher do mundo e me apresentando pra todas.
— Dara, essa é a Jenni.
— Olha, uma nova amiga?
— É.
Amiga? Como assim amiga?, quase perguntei.
Saímos da loja o mais rápido possível e eu quis saber:
— Serginho, qual é o seu problema, hein? Eu achei que fosse mais
que sua amiga.
— Ah... é isso? É que... é que eu não posso dizer pra elas que você é minha namorada...
— Por que não? — enfezei-me.
— Porque... como é que eu vou explicar... porque...
Enquanto ele caçava as melhores palavras, uma morena peituda agarrou sua cintura e lhe tascou um selinho. Selinho!
Fiquei chokita.
— Inho, seu safadinho! Tô esperando você me ligar! Quando vou te ver de novo?
— Nunca! Porque ele agora tá namorando comigo.
— Namorando?! Que é isso, Serginho, semana passada a gente
tava namorando.
— Como é que é? — estrilei.
— Calma, meninas, eu posso explicar...
— Explica rápido, Serginho — ordenei, irritadíssima.
— Eu estava tentando dizer exatamente isso pra você, Jenni... Eu,
eu... Eu não gosto de terminar.
— Eu também não, e daí?
— Eu não sei terminar.
— Ninguém sabe! Qual o problema?
— Nenhum problema. Justamente para não ter problema, quando
eu não quero mais namorar uma menina, eu simplesmente dou uma sumida.
— Odeio garoto que pára de ligar. Que covarde!
— Não é covardia.
— É fofura — completou a morena, toda derretida.
— Isso! É fofura! Obrigado, Lorena.
— Me diz o que é que tem de fofo em parar de ligar? Eu acho o
cúmulo da covardia.
— Lorena, linda, mais tarde te ligo, agora preciso resolver um problema aqui.
— Tá bom, Inho. Mas liga mesmo, tá? — pediu, antes de dar nele um selinho de despedida.
— Quer me explicar direito essa história de parar de ligar?
— Eu paro de ligar para não dar um fim ao namoro.
— Ah, é? Então é como se você não terminasse com elas!
— Isso, Jenni! Por isso, quando elas ligam querendo sair, eu saio.
Não gosto de fazer ninguém sofrer, entende?
Eu estava boquiaberta.
— Você sai com as suas ex?
— Saio.
— Por quê?
— Porque, na verdade, na verdade, elas não se sentem ex. Pra mim
elas são, claro, mas na cabeça delas é como se nós continuássemos juntos.
— Sei...
— Então, pra não deixar nenhuma magoada, porque não é da
minha natureza magoar ninguém, eu fico com elas de vez em quando.
— Você fica com elas? Com todas elas que a gente encontrou no
caminho? Fala sério, Serginho!
— É ficada sem importância, Jenni. É ficada de amigo. É quase uma ficada por obrigação.
— Deixa eu ver se entendi... você fica com elas e comigo, é isso?
— Isso! Isso mesmo! Mas você é a oficial, as outras são meninas que às vezes eu chamo de amigas, outras de ex... Não na frente delas porque senão elas ficam...
— Magoadas. Entendi.
— Que bom que você entendeu, Jennizinha.
— Tô indo pra casa.
— Por quê?
— Porque tô magoada.
— Não! Não faz isso comigo, não agüento ver mulher magoada!
Jenni! Jenniiii!
Saí do shopping e fui pra casa. Pensando em como a gente se engana com as pessoas.
Comentemmmmmmmmm Plixxxxxxxxxx
Bjs Miranda ^^
Autor(a): mrbdlove175
Este autor(a) escreve mais 9 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
"Isso é com o seu pai""Isso é com sua mãe"Quando estou namorando a pior coisa é conseguir sair á noite com o dito namorado. De dia,tudo bem, sempre pude ir para qualquer lugar, mas a noite... Meus pais devem ter feito o curso "Como infernizar a filha em poucos minutos", quando eu comecei a beijar na boca, com uns 12 anos.Sair de casa nunca ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
rufleskari Postado em 19/11/2009 - 13:45:58
Adorei
Posta mais -
mione Postado em 19/11/2009 - 02:16:38
muito boa a sua web
-
writer Postado em 19/11/2009 - 01:26:47
Pô, muito boa! Depois passa na minha webnovela, me cadastrei ontem.
Minha webnovela é 'Um garoto com o seu olhar'. Não tem nada a ver com RBD, é criação minha mesmo. ^^
Parebéns, continue postando! Tá ficando legal! -
ponchitoydulcita Postado em 19/11/2009 - 01:06:45
adorei tudinho posta mais
-
ponchitoydulcita Postado em 19/11/2009 - 00:31:56
adorei posta mais