Fanfics Brasil - Beijo de lingua Fala Sério,Amor!(Terminada)

Fanfic: Fala Sério,Amor!(Terminada)


Capítulo: Beijo de lingua

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12 anos



Beijo de lingua


Quer bala?
U-hu!, urrei por dentro. O primo da Angel está dando muuuuito mole!, comemorei internamente.
O cara tinha acabado de fazer 15 anos, morava em Friburgo e estava aqui no Rio de passagem. Ou seja, perfeito para um primeiro beijo.
Toda vez que a gente se encontrava rolava aquele clima purpurina. Clima diferente. Clima bom à beça.
A Angel achava que o clima era só na minha cabeça e que eu continuaria BV (Boca Virgem) se dependesse do Nando.
Ele não está a fim de você, Jenni! Meu primo é bobão, nem pensa em namorar.
Eu não quero namorar! Quero beijar!
A despeito da descrença da Angel, eu tinha certeza: estava vivendo meus últimos momentos de virgindade bucal. Dentro de pouco tempo, eu entraria pra o time dos que beijam. Eu, a mocinha da novela das oito, Madonna, Ronaldinho...
Saímos da bombonière do cinema rumo à sala de projeção. O filme escolhido por ele: O massacre das serras assassinas VIII.
É para eu ficar com medo e agarrá-lo no cinema, assustada.
Não é nada disso, Jenni! É porque ele é um débil mental que só pensa em sangue, crimes violentos e terror.
Tá com frio, Nando? perguntei, fofa.
Eu não estou, se quiser meu casaco te empresto.
Tô a fim não, Jefi. Valeu.
Jefi! O cara me chamou de Jefi! A purpurina tinha visivelmente ficado em carnavais passados.
Jenni, Nando. Jen-ni!
corrigi, indignada.
Claro, desculpa, Jenni. É que tenho uma amiga em Resendo que se chama Jeffi. Ela é amiga da Ritinha, da Gabi...
Tô nem aí pra essas meninas, nunca vi essas meninas. Eu sou Jenni! Jenni!
Você... Você tem medo de filme de terror?
Tenho! Tenho! Tenho!
foi o que consegui responder.
Virei-me na hora para Angel e comemorei baixinho a volta da purpurina.
Caraca, ele está completamente apaixonado por mim! Você viu? Veio com papinho de querer me proteger do medo...
Ele só te perguntou se você gosta de filme de terror.


Se eu tenho medo de filme de terror! Para quê? Para eu ficar com medinho e ele me dar o ombro para me acolher dos horrores do filme.
Viajou!
A Angel me irritava nessas horas.
Fiz questão de ignorá-la.
Sinistro! Meu poder de sedução é muuuito bom! Conquistei o garoto com meu charme e com a minha beleza interior em pouquíssimos segundos. Eu sou ótima!, pensei.
Na sala 12 do multiplex, sentamos lado a lado. Assim que apagaram as luzes, a Angel, a Zora e a Demi zarparam com o Eddy e o Diego para umas filas na frente. Suuuper discretinhos.
Aí rolou aquele clima estranho. Aquele clima olha-não-olha, beija-não-beija, conversa-não-conversa.
O coração bateu numa velocidade que eu nem achei que ele poderia atingir. Parecia querer sair do meu corpo.
Tem pipoca aí ainda?


Essa pergunta era claramente um suuuuuper primeiro passo. Que fofo o Nando! Afinal, dividir pipoca é sinal de carinho, amizade, de companheirismo, de energia boa. Definitivamente ele está muito a fim de me beijar, vibrei por dentro.
Como pensamos bobagens quando temos 12 anos...
Tinha pipoca. Ele comeu pipoca, eu comi pipoca, a gente encheu a cara de pipoca. Nunca comi tanta pipoca. No cinema, eu jurava que o som do nosso mastigar era mais alto que o das serras assassinas em ação.
Acabou a pipoca.
E começou aquela desconfortável sensação de milho no dente.
Posso dar um gole na sua Coca?
Uau! Isso sim é um primeiro passo decente!, surtei. Afinal, beber no mesmo canudo é praticamente um beijo de língua, surtei mais ainda.
Ele deu um gole e eu dei um logo depois. Eu era charme puro.
E a cada minuto que passava ficava com mais vontade de jogar mais charme, só para dar um beijo na boca daquele friburguense. Friburguense meio devagar, vamos combinar! Meio não, totalmente devagar! Eu dando aquele mole descarado e ele nada! Depois aprendi que muitos meninos são devagar, independe da idade. Eles são simplesmente muito lerdos na arte de conquista.


Com medo de que Nando não tomasse atitude que eu esperava dele, resolvi meu futuro naquele instante.
Nando... a gente já dividiu um canudo, comeu pipoca do mesmo saco... O que você quer esperar mais para me dar um beijo?
É! Eu falei isso! Eu virei Jenni, a Cara-de-Pau! A que parte-pra-cima-mesmo-e-que-se-dane-o-que-outros-pensem.
E olha que eu nem era a fim do cara! Estava mesmo a fim de saber o gosto de um beijo e nada melhor do que com um garoto que eu conhecia desde pequena e que era um feinho (sempre gostei de garotos feios) bem charmosinho.
Você quer que eu te... que eu te... que eu te dê...
Um beijo, quero, mas eu posso dar um em você também.
Disse isso e, smack!, tasquei um beijo nele.
Eu estava impossível! E decididéssima!
Caraca!
Beijei.
Beijei. beijei, beijei.
Na boa, achei muito, muito melado. Uma baba só. Muito estranho. A língua dele rodava que nem uma manivela, parecia querer brigar com a minha!
Achei o beijo com gosto de tampa de caneta. Tampa de caneta ao molho de esmalte incolor.
É, não foi legal o nosso primeiro beijo. Foi bem desencaixado.
Mas pela cara do Nando ele tinha gostado bastante da beijação.
Jenni, menina! Você, hein? E pensar que eu nunca pensei em te beijar, nunca te olhei como uma garota.
Leso!, pensei. E as nossas conversas na lanchonete, na fila, nossa divisão de pipoca e carinho, nosso beijo no canudo?, eu tive vontade de perguntar, muito injuriada.
Mas não perguntei. Se ele era um menino que demorava a entender a intensidade de um clima purpurina como o nosso, problema dele. Eu, pelo menos, não era mais BV, nem BVL (Boca Virgem de Língua), muito menos BVBL (Boca Virgem de Beijo Longo).
Meu pensamentos foram surpreendidos pelo segundo beijo daquela tarde promissora. O Nando me beijou! E agora eu já estava no meu segundo beijo. Segundo! U-hu! E este não tinha gosto de tampa de caneta. Só de fita crepe. Tinha melhorado.
Beijamos mais uma, mais duas, mais cinco, mais nove vezes...
Nossa, foi muito beijo. Beijei muito! E cada vez melhor.


Ficamos um tanto babadinhos, mas super valeu a pena.
A gente... a gente... a gente tá...
Namorando?
perguntei.
É.
Fala sério, Nando! Claro que não! A gente só ficou. Mesmo porque eu moro aqui, você lá longe, quase nunca a gente ia se ver... melhor assim. A gente continua amigo e se der vontade a gente fica quando se encontrar.
Sério, Jenni? Caraca, você é demais! Concordo com tudo!
E assim eu decretei, maduríssima, que não ia namorar.
Depois de fofocar com as meninas na casa da Angel e contar detalhinhos do episódio primeiro beijo, fui para casa flutuando. Se aquele sucesso Tribalista já existisse na época, com certeza eu ia cantarolar: "Já sei namorar, já sei beijar de língua, agora só me resta sonhar"...
Assim que cheguei, resolvi me abrir com a minha mãe. Ela quase surtou, embora tenha tentando fazer uma cara de que achou tudo muito normal. Por isso não contei nem a metade da história para ela.
Uma semana depois, a Angel me contou que o palhaço do Nando chegou a Friburgo contando para todo mundo que passou o rodo geral no Rio, que as cariocas são muito fáceis.
Garotos... humpf!




Bjs Miranda ^^




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Autor(a): mrbdlove175

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • rufleskari Postado em 19/11/2009 - 13:45:58

    Adorei
    Posta mais

  • mione Postado em 19/11/2009 - 02:16:38

    muito boa a sua web

  • writer Postado em 19/11/2009 - 01:26:47

    Pô, muito boa! Depois passa na minha webnovela, me cadastrei ontem.
    Minha webnovela é 'Um garoto com o seu olhar'. Não tem nada a ver com RBD, é criação minha mesmo. ^^
    Parebéns, continue postando! Tá ficando legal!

  • ponchitoydulcita Postado em 19/11/2009 - 01:06:45

    adorei tudinho posta mais

  • ponchitoydulcita Postado em 19/11/2009 - 00:31:56

    adorei posta mais


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