Fanfic: Fala Sério,Amor!(Terminada)
13 Anos
Mamãe e meus namorados
— Mãe esse é o Paulinho.
— Paulinho? — reagiu, com uma fisionomia que beirava o nojo.
— É, mãe, Paulinho.
— Paulinho de quê?
— Só Paulim, tia.
— PAULIM? Paulim tá fora de questão, Paulo. E tia também. Dona Dulce , por favor.
— Desculpa.
— É Paulo puro?
— É Paulo Silva.
— Meu Deus do céu, Jennifer Maria(kkkkkk), o nome do menino é esse? Paulo Silva? Paulo Silva e ponto? Ai, tadinho! — exclamou, sinceramente com pena dele. — Não podia ser Paulo Emílio, Paulo Ernesto, Paulo Afonso ou Paulo Sérgio? Adooooooooro Paulo Sérgio.
— Mãe!.
— Eu gosto de nome duplo,Jennifer Maria , você sabe disso. Passa seriedade, nobreza, comprometimento com a verdade e com o trabalho. Passa felicidade.
— Eu não gosto de nome duplo não, dona. Tô feliz com o meu.
— Ah, isso é porque você é bobo. Garoto é bobo, não tem jeito.
— Eu não sou bobo. Estou bobo é com a beleza da sua filha, a Jenni.
Ela quase teve um ataque. Fechou os olhos, meditou por alguns segundos, tremelicou os lábios como se tivesse ouvido a maior ofensa do mundo.
— Eu não conheço nenhuma Jenni, Paulo Silva. A minha filha se chama Jennifer Maria.
Caraca, a minha mãe sabia ser antipática quando não ia com a cara de um garoto — o que acontecia dez entre dez vezes que eu apresentava um pra ela.
— Mãe, eu tô saindo com o Paulinho.. quer dizer, com o Paulo, há uma semana.
— Uma semana? Espero que não tenha acontecido nenhum tipo de saliência entre vocês dois.
— Que isso, dona Dulce? Eu sou muito respeitador.
— Tem quantos anos?
— Quinze.
— Quinze? Um homem praticamente, não é,Jennifer Maria ? Não podia ter 13, que é a sua idade?
— Mãe! Já, já faço 14. E o Paulinho tem uma cabeça ótima!
— De onde vocês se conhecem?
— Ele é da minha sala.
— É re.. é re .. é repetente?
— Arrã... — respondi.
— Mas o garoto ainda por cima é burro,Jennifer Maria ?
— Manhê!
— É virgem?
— Quê?! — Paulinho ficou roxo, roxo, roxo.
— Escuta bem uma coisa, Paulo Silva: Jennifer Maria é virgem. Super virgem. E eu não acho nada bacana a minha filha perder a virgindade com um garoto de nome simples, repetente, que sai com ela há uma semana. Ok? Entendido?
— Ô, mãe! Você tá assustando o menino! — Estrilei — Ela tá brincando, Paulinho.
— Dona Dulce, antes de a gente se pegar a gente já era amigo, então não precisa se preocupar, eu gosto mesmo da Jenni. De verdade.
Ela respirou fundo. Pareceu usar sua tática de contar até 36 quando ficava tremendamente irritada.
— Paulo Silva Repetente, quer dizer que você.. v-você.. você e a minha filha.. estão se pegando? Que palavreado é esse? — quis saber, absolutamente indignada.
— Mãe, todo mundo pega todo mundo hoje em dia!
— Eu não sou mãe de todo mundo. Eu sou sua mãe! E ninguém pega filha minha! As pessoas namoram filha minha!
— Pegar é modo de dizer.. A gente ficou.. — tentou corrigir, suando frio.
— Fala sério, amor! — Soltei, desesperadamente, antevendo a reação materna.
— Ah, então vocês estão `ficando`? Quer dizer que nem namoro é?
— Não é isso, mãe...
— Quais as suas reais intenções com a minha filha, Paulo Silva?
— Eu gosto dela. Gosto muito.
— Gosta? Gostar eu também gosto. O pai dela gosta, os irmãos gostam, o jornaleiro gosta, até o açougueiro gosta dela. Você tem que Amar a Jennifer Maria . Amá-la acima de todas as coisas, respeitá-la, fazê-la feliz, ensinar a ela matemática. Você é bom em matemática?
— Ótimo.
— Enfim uma coisa boa em você, Paulo Silva.
— Eu também jogo xadrez muito bem, modéstia à parte. Estou ensinando pra Jenni.
— Ah, Paulo Silva é repetente, mas tem um lado inteligente. Pelo menos isso. Olha, mão no peito neeeeeeem pensar! Na bunda, só se for de passagem, e por cima da calça jeans.
— Beleza! — Empolgou-se Paulinho.
— É brincadeira, Paulo Silva! Eu estava te testando, Paulo Silva, pra ver se você é o que eu estava pensando: um malandrinho aproveitador de meninas indefesas!
— Eu não sou nada disso! — defendeu-se Paulo Silva.
— Menino não presta, é impressionante. Mão só no cabelo e no rosto, e olhe lá!Jennifer Maria é uma criança!
— Tá certo.. Desculpa..
— E seus pais? Eles sabem do namoro?
— Sabem. A minha mãe, dona Anahí, que é a diretora da escola, adora a Jen.. a Jennifer Maria.
Nesse momento, minha mãe, Dulce Maria, mudou da água para o vinho e abriu seu melhor sorriso, já imaginando o desconto que teria na mensalidade da escola, certamente.
— Dona Anahí é sua mãe? Dona Anahí, diretora do colégio, é a sua mãe?
— É, sim senhora.
— E deixou você repetir de ano?
— Deixou sim, senhora.
— Que Profissional exemplar! Paulo Silva, porque você não me disse isso antes? A-do-ro dona Anahí! Ela é uma querida! Tá super aprovado esse namoro, viu?
— Oba! — Comemorei.
— Agora vou ter mais intimidade com a sua mãe e vou poder levá-la ao salão para conhecer a Célia, a melhor cabeleireira do mundo. Sua mãe precisa mudar urgentemente aquele corte de cabelo da década de 80, parece que ela saiu de Os embalos de sábado à noite.
— Manhê! — Bufei
— Eu também acho, mas nunca falei isso pra ela porque sou menino, e mulheres não dão muita bola pra nossa opinião,né?
— Muito bem. Tô gostando de Paulo Silva, Jennifer Maria ! — afirmou, dando tapinhas no ombro dele. — Quando eu for ao salão com sua mãe vou fazer muitos elogios a você, viu?
— É o mesmo salão da minha depiladora, Jenni?
— É o quê? Repete isso, filhinho.
— Eu me depilo no mesmo salão da..
— Pára o mundo que eu quero descer!!!! — Deu escândalo minha mãe. — Você se depila? Você se de-pi-la? Por quê, Santo Cristo? Pra quê? Depilar é coisa de mulher, não de homem, Paulo Silva! Você é macho, Paulo Silva!.. Diz pra mim.. Você tem tendências homossexuais, é isso? Pode dizer, eu não sou preconceituosa!
— Não, dona Dulce. É que eu nado. Quero ser nadador profissional e é melhor depilar os pêlos, aumenta a velocidade da gente na água.
— Atleta.. Veja você.. Paulo Silva é atleta. Ou seja, pobre. Você gosta de um pobre, né,Jennifer Maria ? Mas tudo bem. O rapaz parece de boa família. Tá liberado o namoro. Mas existe uma coisa chamada lâmina de barbear. Pára de depilar e passa a se raspar. É mais masculino e não dói.
— Mas coça.
— Deixa coçar Paulo Silva! Que é que tem uma coceirinha aqui, outra ali?
Quando ele foi embora, minha mãe voltou, cheia de si :
— Essa juventude tem muito a aprender comigo, sabe, Jennifer Maria? Você tinha que se orgulhar de ter uma mãe maravilhosa como eu. Aposto que o Paulo Silva saiu um menino melhor daqui de casa, depois da nossa conversa.
Não resisti, o momento urrava por um:
— Fala sério, mãe!
Bjs Miranda ^^
Autor(a): mrbdlove175
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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rufleskari Postado em 19/11/2009 - 13:45:58
Adorei
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mione Postado em 19/11/2009 - 02:16:38
muito boa a sua web
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writer Postado em 19/11/2009 - 01:26:47
Pô, muito boa! Depois passa na minha webnovela, me cadastrei ontem.
Minha webnovela é 'Um garoto com o seu olhar'. Não tem nada a ver com RBD, é criação minha mesmo. ^^
Parebéns, continue postando! Tá ficando legal! -
ponchitoydulcita Postado em 19/11/2009 - 01:06:45
adorei tudinho posta mais
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ponchitoydulcita Postado em 19/11/2009 - 00:31:56
adorei posta mais