Fanfic: Fala Sério,Mãe!(Terminada)
Minha primeira vez
Arrumei um bico de vendedora num shopping perto de casa para dar uma reforçada na mesada. Começou como um trabalho de férias, mas a gerente gostou de mim e eu fui ficando. Estou lá há cinco meses, levo jeito para a coisa e ganho um bom dinheirinho no fim do mês.
Chamei minha mãe para almoçar, tudo por minha conta. Mas eu tinha segundas intenções. À mesa, os pratos já na nossa frente, ela elogiou o programinha mãe e filha.
- Que chique você me convidar para almoçar. Estou tão orgulhosa da minha boneca...
- Que nada, mãe, você merece.
- Bem cheio esse restaurante, hein?
- É sempre assim. Lotado.
- O problema são as mesas, muito perto umas das outras.
- É para criar um clima intimista, mãe...
- Hã...
- Passa o sal? – pedi.
- Claro.
Enquanto salgada a salada, pensei: “é agora!”. Enchi os pulmões e dei a noticia:
- Rolou minha primeira vez.
- O quê? – reagiu ela, os olhos arregalados, para logo depois engasgar. Muito.
Findado o ataque de tosse materno, continuei tentando aparentar total tranqüilidade. Conversar sobre sexo com a minha mãe sempre foi muito difícil. Agora, então, que o sexo tinha relação direta comigo... ui!
- Você... você não é mais virgem?
- Não, mãe, é exatamente isso que estou querendo te contar. Não é bacana?*Vê se pode???*
- Não, Jennifer Maria, não é bacana. É tudo, menos bacana. Quem deixou você transar?
- Fala sério, mãe!
- E quem é esse aproveitador de meninas indefesas? Onde ele mora? Qual o nome da família dele? Quantos anos ele tem?
- É só um garoto, mãe. Ele se chama Lucas Teixeira Pinto, tem 18 anos...
- 18? Um homem, santo Cristo! Já dirige, já pode beber, já pode ser preso se cometer algum crime... um homem formado saindo com a minha menininha...
- Arrã – ignorei. – Bom, ele é vendedor na loja e modelo nas horas vagas.
- Modelo, Jennifer Maria? Modelo? O cara não podia ter uma profissão normal? Não podia ser médico, advogado ou engenheiro? É sempre bom ter um advogado na família, sabia?
- Quem falou em família, mãe? Não viaja! Posso continuar? – estrilei. – O Lucas é gente boa, já foi campeão de natação e está saindo comigo a três semanas.
- Três semanas? Só três semanas e os dois apressados já... Ah, Jennifer Maria, que oferecida! – ela me criticou, cheia de desgosto no olhar.
- Oferecida? Que coisa mais antiga! Como você é antiga!
Dessa vez, ignorou-me e quis inteirar-se do assunto:
- Vamos ao que interessa. Foi... tudo nos conformes?
- O que você quer dizer com isso? Quer saber se foi bom?
- Não,Jennifer Maria, de jeito nenhum! Estou querendo saber se vocês usaram cami...
- Vou te contar como foi.
- Não! Não precisa! Não quero saber! – chiou, tapando os ouvidos com as mãos e cerrando os olhos, mantendo-os completamente fechados por alguns segundos.
É ela não queria mesmo saber, percebi. Mas resolvi continuar:
- Vou contar mesmo assim, preciso. A primeira vez foi mais ou menos, a segunda boa e a terceira uma de-lí-cia. Pronto, falei. Ai, que alivio.
- Três vezes! Três vezes e só agora eu fico sabendo, Jennifer Maria?
- Mãe, não se exalte, estamos num restaurante...
- Ah! Então me trazer aqui foi uma tática?
- Claro. Num lugar publico você jamais teria coragem de fazer escândalo, de gritar para todo mundo ouvir que eu perdi a virgindade. Isso te mataria de vergonha. Se essa conversa tivesse rolado lá em casa você estaria gritando comigo até agora.
- Muito espertinha. Só me diz uma coisa: três vezes em três semanas? Hum... até que não é tão ruim...
- Claro que não, mãe! Como eu não sou oferecida, nas duas primeiras semanas não rolou nada, só beijos e outras coisinhas. As vezes rolaram ontem, anteontem e antes de anteontem.
- Três dias seguidos?
- É, mãe.
- Meu Deus! E você está apaixonada?
- Não, mãe.
- Então Lucas Teixeira Pinto, 18 anos, não é nem de longe o homem da sua vida...
- Claro que não, mãe!
- Então... Por quê? – perguntou, dramática.
- Porque estava na hora! Porque deu muita vontade. Porque o cara é tudo de bom. E, cá entre nós, porque eu era a ultima virgem das minhas amigas.
- Esse motivo é ridículo. Transar só por causa disso é a maior bobagem do mundo.
- Claro que não foi por causa disso. É que deu mesmo, muita, muita vontade. Sabe quando o corpo fica todo quente?
- Sei, sei, mas pode pular essa parte.
- O Lucas é muito belo, por dentro e por fora, rolou o maior clima gostoso, pensei ‘por que não?’. E não me arrependo. Foi ótimo, tem sido ótimo.
- Mas esse menino quer ser vendedor pelo resto da vida?
- Não, ele quer ser piloto de avião.
- Piloto de avião? Que coisa perigosa! Será que você vai ficar viúva novinha? Ah, não, minha filha merece um futuro melhor...
- Mãe! Vira essa boca pra lá! Que idéia! E quem disse que o Lucas está no meu futuro? Nem pensei nisso, já te disse! Ele é só um namorado. Que vai ficar na minha memória como o primeiro homem da minha vida. Se vamos dar certo ou não, aí já é outra história.
Muito silencio. Ela balançou a cabeça afirmativamente umas 77 vezes, olhou para a toalha, para os vizinhos de mesa, para os garçons. Um deles, inclusive, parecia gostar bastante da nossa conversa.
- Já foi ao médico?
- Já.
- No doutor Hermógenes?
- Não, na médica da Angel.
- Por que não foi no nosso médico da família, Jennifer Maria? Ele é tão bom!
- Porque achei que teria vergonha, sei lá. Preferi ir numa especializada em adolescentes. Fiz direitinho, fui numa semana antes de rolar.
- Ótimo, mas foi pedir recomendação justo à Angel? Aposto que o hímem daquela ali já deixou de existir faz tempo!
- Isso não é da sua conta. E que jeito vulgar de falar!
- Vulgar é essa Angel! Eu sempre soube que essa menina é uma solta, fácil, largada no mundo.
- Não vamos entrar no assunto “Angel”, por favor! Não tenho paciência. Em vez de me perguntar se estou feliz, se o Lucas é bacana, se me trata com carinho... você só pensa e diz coisas chatas.
Ela ouviu cada palavra que eu disse, respirou, deu umas garfadas e limpou a boca com o guardanapo. Em pouco tempo, reconheceu:
- Você está coberta de razão, mil desculpas. Você... está feliz?
- Muito.
- E... ele é...
- Bacana? Bacanésimo.E, sim, ele é muito carinhoso, não tem com o que se preocupar. O Lucas é todo amorzinho, um dia eu te apresento. É muito bom estar com ele.
Eu e minha mãe nos entreolhamos com carinho e cumplicidade. Ela me pediu novamente desculpas, dessa vez com os olhos; aceitei dando um beijo nas suas mãos. O clima era de paz novamente. Um tanto esquisito, mas de paz.
- Precisamos arrumar uma maneira de contar para o seu pai.
Oh- oh!
- É... assim, ó... ele já sabe.O papai não ficou nada ciumento ou zangado. Me deu um abração e conversou horas comigo, fomos dormir com o sol raiando.
- O quê? Poupe-me desses detalhes, Jennifer Maria! Não acredito que eu sou a ultima a saber! Pior do que ser traída pelo marido é ser traída pelos filhos. Preferia ter morrido ser saber que seu pai soube primeiro. Que desgosto! Achei que nós fossemos melhores amigas! Mas agora acho que seu pai é seu melhor amigo, né? Você gosta mais do seu pai do que da sua mãe, Jennifer Maria? Responda, não se faça de sonsa – surtou ela.
Reclamou e resmungou com todas as forcas, cada vez mais alto, mais estridente. Acabou fazendo um pequeno escândalo no restaurante. Ficou bem mais indignada com a história do papai do que com a minha primeira vez. Vai entender as mães!
À noite, quando eu já estava deitada, ela entrou no quarto para me dar um beijo. Cobriu-me, sentou-se na minha cama e começou a me fazer cafuné.
- Jennifer Maria, eu queria te dizer uma coisa... estou muito orgulhosa de você.
- É, mãe?
- É filha. Muito – disse emocionada.
- Mas por quê? Pelo que eu te contei hoje?
- Por você ser quem você é. Durma com os anjos – encerrou o assunto.
Depois levantou, saiu e fechou a porta.
Apaguei a luz, virei de lado e dormi. Profundamente feliz.
Comentemmmmmmmmmm PLixxxxxxxxxxxxx
Bjs Miranda ^^
Autor(a): mrbdlove175
Este autor(a) escreve mais 9 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
17 ANOSUma viagem a PuntaMamãe reuniu os três filhos na sala depois do jantar. Tinha uma importante proposta a fazer. E não ficou de nhenhenhém, não. Disse na lata:- Que tal uma viagem em família para passarmos o réveillon juntos?- Oba, mãe! Que barato! - gritou Miranda, que ainda está naquela fase em que viajar c ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 9
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
ametrine Postado em 23/11/2009 - 19:45:31
LINDA,MARAVILHOSA WEB,QUASE CHOREI TAMBEM NO FINAL,TAVA OUVINDO UMA MUSICA TRISTE...!!!!!!!!!!!!!!!!!! PARABENS!!!!!!!!!!!!!!1
-
ametrine Postado em 22/11/2009 - 08:09:00
eeee mae chata,posta ++++++++++++++++++++++++++++++
-
ametrine Postado em 21/11/2009 - 13:53:09
adorei!!!!!!!!!!
-
ametrine Postado em 21/11/2009 - 08:12:07
POSTA +++++++++++++++++++++++++++
-
ametrine Postado em 20/11/2009 - 14:54:29
posta +++++++++++ que menina atirada!!!!!!!
-
ametrine Postado em 20/11/2009 - 06:59:42
ai! que isso! eu tenho 12 anos,e minha mãe nunca precisou fazer isso comigo,eu to amando,posta +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
-
ametrine Postado em 19/11/2009 - 18:08:13
se fosse eu,botava essa menina no carro,mandava pra casa com o pai,assistia 300 filmes no shopping e ela ficava sem shopping por 1 ano,que menina abusada!
POSTA ++++++++++++++++++++++ -
rufleskari Postado em 19/11/2009 - 13:49:48
Adorei!!!
Posta mais!!!!! -
mione Postado em 19/11/2009 - 02:17:56
adorei