Fanfics Brasil - Mamãe, me empresta o carro? Fala Sério,Mãe!(Terminada)

Fanfic: Fala Sério,Mãe!(Terminada)


Capítulo: Mamãe, me empresta o carro?

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Mamãe, me empresta o carro?

Assim que fiz 18 anos passei os dias a atormentar minha mãe. Era chegada a hora de aprender a dirigir. Pertubei tanto que ela logo me matriculou na auto-escola no primeiro dia de aula, pontualmente na hora marcada, Jurandir, meu instrutor, me esperava na portaria. Jurandir era uma figura. Logo na primeira aula fiz uma pequena confusão com os pedais e tentei me justificar: “Desculpa, foi um lapís”. Ao que ele retrucou: “Lápis, não, Malu! Isso foi uma caneta!” Engraçadérrimo!
Assim, entre “lápis” e “canetas”, em poucos meses aprendi a guiar um carro. No dia em que tirei carteira, cheguei em casa louca para experimentar com o carrinho da minha mãe a deliciosa sensação de dirigir pela Cidade Maravilhosa.
- Mãe, me empresta o carro?
- Não.
Não?
- Como não? Você prometeu que me emprestaria o carro assim que eu tirasse carteira.
- Prometi, foi? Mudei de idéia.
- Mudou de idéia? Não pode! Ninguém muda de idéia depois que promete uma coisa.
- Mães mudam.
- Por quê?
- Por que mães podem tudo, ué.
- Que injustiça, cara!
- Não acho que você esteja segura para dirigir, Jennifer Maria, só isso. Não esqueça que acompanhei uma aula e vi tudo.
- Que foi? Acho que eu não dirijo bem só porque o carro morreu sete vezes numa ladeira?
- O nome daquilo é rampa, ladeira é outra coisa, queridinha. E era rampa pequena, de garagem. Alem disso você parou três vezes na faixa de pedestres.
- Porque me distrai.
- Pois é. Motoristas não se distraem. Uma pequena distração pode causar um estrago horroroso.
- Mas aquela aula foi a séculos, eu hoje dirijo bem melhor, é só me dar a chave do carro que eu te mostro.
- Não, não e não. Você ainda não está apta para dirigir, Jennifer Maria.
- Essa é boa! O governo me considera apta para dirigir, você não. É piada, não é?
- Não, não é piada. Por isso, decidi que nos primeiros sete meses você só dirige acompanhada por mim ou por seu pai e sempre aqui pela vizinhança.


- O quê? Você não pode fazer isso.
- Claro que posso. Você só vai dirigir sozinha quando eu sentir que você está segura no volante. Mas fique tranqüila, eu sou uma ótima companhia.
- Eu não quero a sua companhia! Que saco!
- Não imagino o porquê, mas prefiro registrar essa frase, dita de forma doce, meiga e suave, sem o “não”. Então fica assim a minha reação a ela: você quer a minha companhia? Que bom, querida! Agora estou ocupada, mas quando eu terminar este release posso pensar em dar uma volta de carro com você no quarteirão.
- Eu não quero ir com ninguém, quero saber qual é a sensação de dirigir sozinha! E pela cidade, não pelo quarteirão e pela vizinhança né, mãe?
- Que cidade, Jennifer Maria, que cidade? Sobre dirigir pela cidade conversaremos daqui a um, dois anos.
- Enlouqueceu? E se eu passar para uma faculdade longe de casa?
- Eu me organizo para ir com você, fazer o quê? Você vai para a aula e eu espero a hora da sua saída para voltarmos juntas para casa.
- Mãe, isso não está certo. Assim você está anulando a minha autoconfiança. Eu preciso dirigir sozinha, pegar estrada, estacionar.
- Estacionar. Ainda bem que você tocou nessa questão. Para que tanta ânsia para dirigir quando temos a melhor vaga do Grajaú, que esta ocupada por mim há duas semanas e quatro dias? Nunca fiquei tanto tempo estacionada numa vaga tão boa! Veja se dirigir é mais importante do que ter o carro parado em frente ao prédio?
- Mãe, é uma espécie de maluquice você ir de táxi para o supermercado porque não quer tirar o carro da vaga. E é uma maluquice completa você não querer que eu dirija só para você não tirar o carro dessa bendita vaga!
- Bendita mesmo, filha. Daqui de cima eu vejo como está o carro, os porteiros vigiam, eu vigio... sem contar que para dar uma limpada nele é só descer e atravessar a rua. Aí aproveito para botar papo em dia com o flanelinha, vejo se algum passarinho mal-educado fez meu pará-brisa de banheiro...
- Você prefere vê-lo dirigi-lo. Percebe a maluquice de que te falei?


- Não. Mas vamos deixar nossa conversa furada que daqui a pouco começa a minha novela. Depois agente papeia.
- Eu não estou papeando! Nem estou de conversa furada! Estou discutindo, irritada, o meu futuro como motorista.
- Ótimo. A gente volta a discutir irritadamente depois da novela, então.
- Vou trabalhar dobrado na loja e economizar o quando puder para comprar meu carrinho.
- Que ótimo, eu incentivo.
- Vou entrar num consórcio.
- Ótimo, mil vezes ótimo, Jennifer Maria. Acontece, filha, que você não percebeu... seu carro, meu carro... é tudo a mesma coisa. Eu não vou deixar você dirigir sozinha enquanto não sentir que você esta preparada. E está decidido.
- Pirou! Completamente. Você não pode controlar a minha vida desse jeito. Eu já tenho 18 anos, 18! Sou uma pessoa adulta, como você.
- Está bem, pessoa adulta. Pode ser do contra, não ligo. Eu só acho que estou fazendo é o certo e é assim que vai ser. Vamos assistir à novela juntas?
Essa legislação imaginaria que delega plenos poderes às mães me deixa enlouquecida. Baseadas nela, elas se sentem no direito de controlar como bem entender a vida dos filhos criando regras, dando sermões, mandando,desmandando, proibindo, liberando, implicando sem motivo aparente...
São as leis maternas mostrando seu vigor. Filho criança, filho adolescente, filho velho...todos, mais cedo ou mais tarde, têm de aprender a conviver com elas. Por quê? Porque é assim e ponto, como explicaria a minha mãe com a fisionomia mais plácida do mundo, dando o assunto por encerrado.



Comentemmmmmmmmm Plixxxxxxxxxxxxxxx



Bjs Miranda ^^



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Autor(a): mrbdlove175

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 9



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  • ametrine Postado em 23/11/2009 - 19:45:31

    LINDA,MARAVILHOSA WEB,QUASE CHOREI TAMBEM NO FINAL,TAVA OUVINDO UMA MUSICA TRISTE...!!!!!!!!!!!!!!!!!! PARABENS!!!!!!!!!!!!!!1

  • ametrine Postado em 22/11/2009 - 08:09:00

    eeee mae chata,posta ++++++++++++++++++++++++++++++

  • ametrine Postado em 21/11/2009 - 13:53:09

    adorei!!!!!!!!!!

  • ametrine Postado em 21/11/2009 - 08:12:07

    POSTA +++++++++++++++++++++++++++

  • ametrine Postado em 20/11/2009 - 14:54:29

    posta +++++++++++ que menina atirada!!!!!!!

  • ametrine Postado em 20/11/2009 - 06:59:42

    ai! que isso! eu tenho 12 anos,e minha mãe nunca precisou fazer isso comigo,eu to amando,posta +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

  • ametrine Postado em 19/11/2009 - 18:08:13

    se fosse eu,botava essa menina no carro,mandava pra casa com o pai,assistia 300 filmes no shopping e ela ficava sem shopping por 1 ano,que menina abusada!
    POSTA ++++++++++++++++++++++

  • rufleskari Postado em 19/11/2009 - 13:49:48

    Adorei!!!
    Posta mais!!!!!

  • mione Postado em 19/11/2009 - 02:17:56

    adorei


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