Fanfic: Never Love A Higlander (FINALIZADA) | Tema: Herroni

Sentia uma urgência frenética. Seu corpo ficava cada vez mais tenso. O prazer floresceu e tornou-se quase doloroso, através de seus seios e seu ventre e concentrando-se no ponto pulsante que ele impiedosamente provocava. Maite sentia que estava flutuando, mas cada vez que pensava que não suportaria mais, a pressão e o prazer indescritível só aumentavam, levando-a  a loucura.

—Alfonso! Por favor, eu não sei o que fazer. Ele beijou o botão novamente e então levantou a cabeça, os olhos brilhando com uma luz febril.

—Apenas deixe acontecer, moça. Está lutando contra o inevitável. Eu não vou machucá-la, juro. Relaxe agora e me deixe te amar. Suas palavras a acalmaram, relaxando os músculos tensos. Quando sua boca tocou-a mais uma vez, Maite estremeceu e fechou os olhos, quando o prazer explodiu novamente.—Você tem gosto de mel. Nunca provei nada tão doce. Você me deixa louco.É tudo que uma mulher deve ser, Maite. Nunca esconda ou se envergonhe disso.

Lágrimas correram por suas pálpebras. Ela tremia da cabeça aos pés, e não apenas pelo prazer, mas pelas emoções que jorravam em seu peito. Emoções que ele desencadeou. Sentia-se mulher. Sentia-se bonita e desejada. Como uma noiva deveria se sentir. Como deveria ter se sentido no dia de seu casamento... A língua de Alfonso circundou sua entrada e depois deslizou para dentro, chocando-a com a intensidade das sensações que provocou. Maite arqueou-se em direção a boca dele, e finalmente explodiu em ondas de prazer, libertando-se daquela tensão inexplicável. Foi a mais desconcertante, mais poderosa experiência de sua vida. Ela voou.  Subiu muito acima e depois, desceu mansamente.

 Maite fechou os olhos, tão relaxada que tinha certeza de que não conseguiria mover sequer um dedo. Seu corpo ainda estremecia e pequenas faíscas ainda corriam por seu sangue, os ouvidos zumbindo. Havia ainda um pulsar entre as pernas, uma suave dor, um lembrete das sensações que Alfonso tinha provocado com sua boca. Maite nunca imaginaria uma coisa dessas. Certamente isso não era normal. Ela nunca tinha ouvido outras mulheres falarem sobre isso. Ele não apenas a beijou, como tinha prometido. Ele a lambeu. Ele a chupou. Certamente não havia ato mais íntimo que um marido poderia fazer por sua esposa. Uma satisfação espalhou-se por seu corpo inteiro e ela sorriu, maravilhada com a felicidade que sentia naquele momento. Não importava o que o amanhã trouxesse, sempre se lembraria desta noite. Ela sentiu Alfonso deixar a cama, mas não conseguia juntar forças para abrir os olhos e ver o que ele estava fazendo. Um momento depois, ele a cobriu com as peles e deitou ao seu lado, o corpo quente provocando um estrecimento.

Não tendo nenhuma experiência em tais assuntos, Maite não tinha certeza do que deveria fazer. Sua mãe e seu pai nunca dormiram no mesmo quarto. E certamente, não na mesma cama. Ela sabia que Dulce e Anahi dormiam com seus maridos todas as noites e estes não permitiam que fosse diferente. Talvez fosse um costume dos Herrera. Talvez fossem tão possessivos com suas mulheres que não podiam suportar a ideia de não telas a vista. Ou talvez fossem apenas protetores. Maite decidiu que isso não importava. O que poderia acontecer de pior? Levaria uma reprimenda de Alfonso? Ela já havia recebido várias nos últimos dias. Maite aconchegou-se no corpo do marido, apertando-se contra ele. Por um momento, preocupou-se de ter feito algo errado, pois Alfonso enrijeceu-se contra ela. Aos poucos, ele relaxou e depois deslizou um braço ao redor da cintura dela e puxou-a ainda mais perto, até que Maite encostou o rosto em seu pescoço.

—Caelen?

—Sim, moça?

—Você estava certo.

—Eu estava certo sobre o que?

—Beijar. É uma coisa maravilhosa. Ela podia sentir o seu sorriso. —E estava certo sobre outra coisa. Existem tantos outros lugares ... onde o beijo pode dar muito prazer. Desta vez, ele riu suavemente sobre sua cabeça.

—Vá dormir, Maite. Nós temos que sair no início da manhã. Temos uma jornada difícil pela frente. Ela suspirou e fechou os olhos e pouco antes de adormecer, pensou que essa coisa toda de consumação não era tão ruim, afinal.

Alfonso estava com um humor negro. Ele não tinha dormido nada. Havia finalmente desistido, sem poder suportar nem mais um minuto a tortura do corpo nu de Maite colado ao seu. Tinha uma ereção violenta, e mesmo depois de levantar-se da cama e procurar privacidade para resolver o assunto, ainda estava duro e dolorido. O sabor dela ainda estava em sua língua. Seu perfume ainda estava em suas narinas. Seu corpo suave e as curvas exuberantes ainda o perseguiam. Mesmo fechando os olhos,  não conseguia se livrar da imagem dela contorcendo-se contra sua boca.

—Doce Jesus— ele murmurou. Suspirar por uma mulher já havia causado muitos problemas para ele e seu clã. Ele a levaria para a cama assim que chegassem ao castelo Perroni e, em seguida, se afastaria. Uma boa trepada era do que precisava. Tinha passado um longo tempo sem uma mulher. Sim, essa era a questão. Ele precisava de alívio e então iria recuperar sua lucidez e pensar sem ser guiado por seu pau. Sabendo que os outros não chegariam por algum tempo, ele desceu as escadas e dirigiu-se ao pátio. A neve tinha caído durante a noite, barrando as passagens. Ele amaldiçoou enquanto olhava o pesado manto branco que havia descido sobre os campos. Pelo menos tinha parado e o céu estava limpo. A lua e incontáveis estrelas brilhavam, refletidas pela neve, tanto que parecia quase dia .

 —Bom dia, Alfonso.

Alfonso voltou-se para ver Gannon de pé a uma curta distância.

—Está frio, Gannon. Onde estão suas peles? Gannon sorriu.

—Eu não quero molhá-las antes de nossa viagem. Vamos congelar até o castelo Perroni. Alfonso estudou o guerreiro que tinha servido por muito tempo a Crhistopher. Era o homem mais leal que tinha conhecido. Ele estava feliz por tê-lo a seu lado, mas também preocupado.

—O que acha de Crhistopher mandar você comigo? Gannon olhou ao redor, ao castelo e o pátio onde eles treinaram durante tantos anos.  Observou as paredes, ainda em ruínas que agora estavam sendo reparadas, graças ao dote de Dulce.

—Vai ser difícil deixar a casa que conheço há tanto tempo. Mas as coisas estão mudando. Crhistopher está recém-casado e rumará para Neamh Alainn assim que Isabel estiver forte o suficiente para a viagem. Cristian se tornará o laird. Sim, as coisas estão mudando, e  a verdade é que estou ansioso por um novo desafio. Partir com você para o castelo Perroni me proporcionará isso.

—Estou feliz por ter você ao meu lado— disse Alfonso. —Vai ser uma tarefa difícil treinar os Perroni para se tornarem guerreiros a altura dos Herrera. Não temos muito tempo para colocá-los em forma. Crhistopher está impaciente para se livrar de William Levy de uma vez por todas.

—Como o nosso rei.

—Sim, por diferentes razões, mas sim, David está ansioso para se livrar de Levy também.

—Uma vez que estejamos de acordo, talvez devêssemos aprontar os cavalos para a viagem. Eu fiz alguns dos homens carregarem as carroças na noite passada. Você vai esperar a senhora sua esposa despertar para partirmos? Alfonso fez uma careta. A senhora sua esposa tinha dormido como um bebê, enquanto ele ficou acordado e dolorido.

—Eu vou acordá-la, uma vez que já preparou as carroças e os homens. Quero dizer adeus aos meus irmãos e suas esposas.

—Esta é uma nova página em sua vida que está se iniciando— Gannon disse com um tom sábio. —Há duas semanas atrás, você poderia imaginar que seria laird do seu próprio clã, recém-casado com uma moça bonita e a caminho de uma vida longe dos Herrera? Por um momento Alfonso não prestou atenção a pergunta de Gannon. Sentiu-se desconfortável. A verdade era uma coisa feia, implacável. Sempre lá. Nunca mudaria.

—É minha culpa termos lutado durante tantos anos como tivemos que fazer— Alfonso disse calmamente. —Devo a meus irmãos mais do que posso retribuir. Minha aceitação  a esse casamento deu a Cristian o que ele mais queria no mundo, e contribuiu para a segurança de Crhistopher, sua esposa e filha. Não me importaria se Maite Perroni  fosse uma prostituta crivada de doenças. Casaria com ela e nunca me arrependeria.

—Que sorte para você que eu seja uma prostituta crivada de doenças.