Fanfic: Never Love A Higlander (FINALIZADA) | Tema: Herroni
Anahi tinha sido sua única amiga. A menina não só havia compreendido o jeito de ser de Maite, mas incentivado-a a praticar com o arco. Ela aplaudia cada vez que Maite atingia o centro do alvo. Exaltava a habilidade de Maite com uma faca, jurando que esta poderia derrotar um exército inteiro apenas empunhando um punhal. Maite tentou ensinar essas habilidades a Anahi, dizendo que as moças precisavam aprender como se protegerem. Mas Anahi riu e disse que não tinha habilidade para isso e que teria seu príncipe para protegê-la de qualquer forma. Bem, Anahi tinha conseguido o príncipe, e Maite tinha praticado suas habilidades para se proteger. Ela não tinha certeza quem tinha se saído melhor. Maite continuou ali, quanto tempo não saberia dizer. Congelaria se ficasse muito tempo, mas não estava pronta para o confronto que teria com o marido.
Alfonso atravessou a cozinha, a expressão sombria. Maite não devia ter saído do quarto ainda. Infernos, ela não deveria nem mesmo estar fora da cama. Ele pretendia mantê-la lá, por pelos menos mais quinze dias. Mas o que mais o preocupava além do fato dela estar fora da cama era o seu estado de espírito. O ataque tinha afetado Maite profundamente. Ela estava tranquila, reservada, tímida até. Maite não era uma moça tímida. Ele temia que o ataque a tivesse desnorteado para sempre. E ele não poderia fazer nada. Parou na porta que conduzia para fora, depois que as mulheres nas cozinhas informaram-no que ela havia saído.
Quando pisou na neve, Alfonso olhou e a viu sentada à distância, de costas para ele, olhando as montanhas. O nó que sentia na garganta apertou-se, uma sensação que tinha sentido tantas vezes desde o dia que retornou da caçada. Ficou observando a forma como o vento soprava seus lindos cabelos.
Ela parecia tão leve. Frágil. Era uma palavra que vinha a sua cabeça frequentemente, mas descrevia muito bem sua aparência. Maite parecia sozinha e vulnerável, como se não tivesse ninguém no mundo para protegê-la. Bem, ninguém a tinha protegido quando mais precisava. Era algo com o qual teria que conviver pelo resto de sua vida.
—Laird, não fique zangado. A roupa a conforta. Ela precisa disso agora.
Alfonso surpreendeu-se com as palavras de Sarah. A mulher parou atrás dele, observando Maite com olhos preocupados.
—Pensa que dou a mínima para o que ela veste? Estou mais preocupado com seu bem-estar.
Sarah assentiu com aprovação. Ele pisou suavemente através da neve, não querendo assustar ou incomodar Maite. Pensou que ela parecia uma corça, prestes a fugir ao menor ruído ou provocação. Mas conforme se aproximava, podia ver o olhar vago, distante em seus olhos. O ataque teria afetado sua moça tanto assim? Será que ela nunca seria como antes? Era cedo para se preocupar com tal possibilidade, já que nada podia fazer, mas perguntava-se quão profundas seriam as cicatrizes em seu interior.
—Maite— chamou em voz baixa. Maite ofegou, surpresa. Ela se virou, os olhos alertas, até que viu que era seu marido e acalmou-se. Estava quieta e continuou a olhar para ele de uma forma que o perturbou. Foi assustador. Estudou-o como se estivesse prestes a julgá-lo e condená-lo. Talvez, sua própria culpa estivesse lhe dando aquela sensação, mas ele não conseguia afastar o pensamento de que Maite estava com raiva. Muita, muita raiva. —Está frio. Você deveria ficar dentro de casa, onde está aquecido. Ele deslizou a mão sobre o ombro dela e apertou levemente, tentando trazer-lhe algum conforto. Para sua surpresa, ela riu. Não um som alegre, que borbulhava de sua garganta. Foi áspero e rouco. Parecia doer.
—Você provavelmente acha que eu sou maluca— disse ela.
—Não— ele disse suavemente. —Não acho.
—Deve estar pensando que eu sou um bichinho assustado agora, com medo de deixar meu quarto, com medo de sair e ser atacada novamente.
—Não, moça. Acho que o que precisa é tempo para se curar. Sua coragem voltará.
Ela virou-se então e fixou-o com aqueles olhos brilhando até que Alfonso sentiu-se perturbado.
—Eu não tenho medo, Laird. Na verdade, eu estou furiosa.
Raiva era uma resposta apropriada às circunstâncias, e ela parecia furiosa. Faíscas chispavam em seus olhos e seu corpo todo tremia. Pela primeira vez ele relaxou, com um alívio repentino e feroz. Sabia como agir com uma Maite irritada. Mas a mulher frágil que tinha ocupado o seu corpo na última semana o deixou perplexo e confuso.
—Que bom que está com raiva— ele disse, sabiamente. Maite levantou-se bruscamente e andou em torno dele, os punhos apertados ao lado do corpo.
—Mesmo que esteja furiosa com você?
Não estava preparado para aquela pergunta. Ele franziu a testa, sabendo que tinha que ter calma. A moça não estava bem ainda. Suas emoções estavam confusas, e não queria aborrecê-la ainda mais.
—Lamento não estar aqui para protegê-la, Maite. É algo que vou me arrepender pelo resto da minha vida. Eu deveria ter cuidado de você. Não vou cometer este erro novamente. Um som distorcido de raiva saiu de sua garganta. Ela olhou-o, como se quisesse arrancar os cabelos do marido.
—Não, você não deveria ter me protegido, marido. O que deveria ter feito era permitir que eu me protegesse!
—Você está dizendo coisas sem sentido, moça. Acalme-se. Vamos para dentro. Deveria estar em seu quarto.
—Sabe o que aconteceu antes daqueles homens me atacarem?— Perguntou ela, ignorando a sugestão para voltar para dentro —Vou lhe dizer o que aconteceu. Hugh tomou a minha espada, porque ele não queria que eu me machucasse e “empunhar uma espada não é feminino”. Ele disse que qualquer guerreiro que treinasse comigo, responderia a ele. Maite avançou sobre Alfonso e enfiou um dedo em seu peito. —Se eu tivesse a minha espada, aqueles miseráveis nunca teriam chegado perto de mim. Não teriam me derrubado. Eles não teriam me tocado. Eles não teriam me espancado. Ah, ver a moça num acesso de raiva era impressionante. Envergonhado, estremeceu com a luxúria que o invadiu ao ver a esposa desafiando-o, como um guerreiro prestes a desferir um golpe mortal. Controlou-se ao máximo para não jogá-la na neve e tirar sua túnica e aquelas odiosas calças. —Se você quisesse uma esposa dócil, com todo o traquejo social, apropriada para a reprodução e para ser a anfitriã perfeita, então deveria ter pensado antes de casar-se comigo em lugar de seu irmão. Ele sabia o que estava levando. Ela plantou as mãos nos quadris e aproximou-se mais, até que seu peito estava pressionado contra o tórax de Alfonso.
—Eu não sou nenhuma dessas coisas. Não tenho nenhuma vontade de ser. Tinha pensado em ceder e ser a esposa perfeita, antes daqueles homens me atacarem e me dominarem como a uma criança. Que bem eu faço para você ou para o meu clã, se não consigo nem me defender? Como devo proteger minha família? As crianças? As outras mulheres do castelo? Ficarei de pé sobre as sepulturas do meu povo e direi que era uma boa esposa, submissa e dócil? Isso vai dar conforto para suas famílias? Será que vão me perdoar por permitir que seus parentes morressem só porque o meu marido queria uma esposa que pudesse sorrir lindamente e fazer reverência sem tropeçar?
Alfonso lutou contra o sorriso que ameaçava surgir. Ele mordeu o lábio e tentou esconder a diversão, porque se risse agora, ela poderia atacá-lo com seu punhal.
A verdade é que ele deveria estar com raiva por seu desrespeito. Deveria repreendê-la. Mas foi o primeiro sinal de vida que tinha visto nela desde o ataque, e verdade seja dita, era gloriosa em sua raiva.
—Pensa que isso é engraçado?— ela exigiu. Ela empurrou-o com toda a força, surpreendendo-o com sua mudança repentina. Alfonso tombou na neve, pousando com um baque. Alfonso olhou-a, perplexo, enquanto limpava a neve de suas pernas. Maite estava de pé sobre ele agora, observando-o com seu olhar ardente. Em seguida, sua expressão tornou-se magoada, e as sombras voltaram aos seus olhos. —Deixe-me ser quem eu sou, Alfonso. Eu não gostaria de lhe pedir para mudar. Eu posso ajudá-lo, se me deixar. Não me relegue as sombras, trazendo-me de volta somente quando for conveniente para você. Talvez as coisas sejam assim, mas não tem que ser deste jeito conosco.
Alfonso suspirou quando o apelo emocionado provocou um aperto em seu coração, que ele acreditava morto há muitos anos.
—É tão importante para você se vestir como um homem e empunhar uma espada? Maite franziu o cenho e balançou a cabeça.
—Não é a maneira de me vestir que é importante. Se você puder me mostrar como empunhar uma espada com um vestido, eu não me vestirei mais como um homem.
—Você não pode lutar num vestido— Alfonso murmurou. —Vai tropeçar na bainha. Pela primeira vez ela sorriu, seus olhos brilhando.
—Então, tenho a sua permissão para usar essas roupas? Ele suspirou com desgosto.
—Quando você pediu minha permissão para alguma coisa, moça?
—Eu posso começar— defendeu-se. Alfonso revirou os olhos.
—Quando o inferno congelar, sim.— Então, olhou fixamente para ela. —Há condições, Maite. De agora em diante, meu comandante vai acompanhá-la a toda a parte. E eu quero dizer em todos os lugares. Você não vai a lugar nenhum sem escolta. Eu não vou me arriscar a que a ataquem novamente. Se houver necessidade de Gannon me acompanhar, então Hugh assumirá a sua escolta. Ela assentiu. —Em segundo lugar, vai treinar comigo e somente comigo. Não vai lutar com nenhum outro homem. Se quer aprender, vai ser treinada pelo melhor, e não vou facilitar as coisas porque é minha esposa. Ela sorriu, radiante.
—Eu não esperaria nada menos, marido.
—Você não vai amarrar seus seios. Maite arqueou uma sobrancelha e olhou, desconfiada, para ele. Alfonso sorriu preguiçosamente. —Não é somente para meu prazer e isso não é negociável. Eu posso deixá-la vestir-se como um homem, mas não vai tentar parecer-se com um.
—Alguma coisa mais, marido?— Ela perguntou, batendo o pé na neve.
—Sim, ajude-me.
Autor(a): taynaraleal
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Revirando os olhos, Maite estendeu a mão para ele. A moça nunca iria aprender. Ele agarrou seu pulso e com um puxão, derrubando-a na neve ao lado dele. Ela levantou-se, a neve cobrindo seu rosto, piscando para ele como se não tivesse idéia o por que dele ter feito aquilo. Alfonso apenas sorriu. —Vingança, moça. Vingan& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 135
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suenosurreal Postado em 22/08/2015 - 19:46:46
Ainda não to conseguindo lidar com 'Afonso Perroni' O QUANTO ISSO PODE SER REAL???? Foi tudo perfeito, adoro suas adaptações <333
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flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 18:59:37
AAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaahh não creio que acabou :/ fic Perfeitaaa demais
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Juh Santos Postado em 16/08/2015 - 16:49:56
Sei que não fui muito presente nos comentários dessa fanfic, mas você sabe, Tay, sabe que arrasa e que eu quase nunca tive tempo esses dias. Mas olha, queria dizer que terminei agora de ler e vou se sentir muita falta dessa fanfic, porque... FOI MARAVILHOSA KRL, EU RI, CHOREI, QUASE ME JOGUEI NO CHÃO. Maite ninfomaníaca sempre, Alfonso o Laird mais lindo de todos, não adianta. SÃO PERFEITOS! Eu simplesmente fiquei apaixonada por essa trilogia (sério) assim como In Bed With A Higlander, essa e agora Seduzida. Você sempre escolhe os melhores livros para adaptar e assim como suas fanfics são maravilhosos! Eu já te disse que você é minha inspiração e eu te quero muito! Obrigada por trazer mais uma vez, mais uma história linda para o nosso querido trauma! Parabéns, muitos beijos, tqmm <3
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luana herroni souza Postado em 16/08/2015 - 15:30:16
Acabou :(
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Postado em 16/08/2015 - 12:26:36
Cooontinuua ameeei o finaaaal
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taynaraleal Postado em 16/08/2015 - 11:19:23
Gente, fico feliz que estejam gostando, de verdade, aconteceu alguns problemas com quem postava sedizida pelo Higlander, e ela não vai poder postar, então irei postar essa como outras que a Nara_Herroni me pediu, então vou finalizar hoje :)
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flavianaperroni Postado em 16/08/2015 - 02:31:14
caraaaacaaaaa mano que tenso..Finalmente a desgraça morreu..Poncho a May vivos ebaa..continua
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chaverronis2forever Postado em 15/08/2015 - 15:57:46
Coooontinuuua amandooo achei lindooo o último capítulo no finall
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mepherroni Postado em 13/08/2015 - 15:54:50
CONTINUAAAA
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mepherroni Postado em 13/08/2015 - 15:46:28
Sério que está perto?